Nos caminhos do Vale: O (des) envolvimento no Jequitinhonha
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9AHLXQ |
Resumo: | O Vale do Jequitinhonha, situado a nordeste de Minas Gerais, é uma região sobre a qual muitos estudos tem se debruçado, dado a singularidade desse espaço regional, que reúne em seu território dicotomias como riqueza e pobreza, abundância e escassez, ascensão e declínio econômico. Em termos históricos a gênese da formação deste território remonta às primeiras rotas de ocupação da Capitania das Minas dos Matos Gerais, antes mesmo de sua criação em 1720. Ao longo da segunda metade do século XX, o Vale do Jequitinhonha adquire o status de região problema, apesar de sua importância histórica para a economia mineira e de sua rica cultura. Dessa forma, pobreza, exclusão social e limitações naturais alavancaram diversosestudos e projetos políticos de desenvolvimento regional, em grande medida pautados por tentativas de geração de renda e melhoria das condições de sobrevivência dessa população. Mas em que consiste o Vale do Jequitinhonha? Quais são os elementos constitutivos da geohistória econômica desse lugar, que ao mesmo tempo é lembrado pelo abandono e pela riqueza cultural? Qual é o olhar do povo local sobre o espaço que ele ocupa? Em que medida há o envolvimento dos agentes locais no desenvolvimento regional? As interpretações e análises realizadas consistem em uma tentativa de captar o (des)envolvimento no Vale, por meio da elucidação de seu passado econômico, e dos impactos na organização espacial e social decorrentes da introdução de atividades econômicas forjadas no bojo da modernização conservadora desde a segunda metade do século XX. A ocupação econômica dessa região tão singular em Minas Gerais condicionou-se a Geografia: no Alto Jequitinhonha, o relevo montanhoso da Serra do Espinhaço, de onde se extraiu enorme quantidade de ouro e de diamante; no Médio Jequitinhonha, os solos ricos em sais, ocupados pela pecuária extensiva; no Baixo Jequitinhonha, as áreas de mata deram lugar às lavouras de subsistência, e aos morros ocupados com capim colonião, planta adaptada à escassez de chuvas típicas da região, às fazendas de criação de gado bovino. |
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Weber SoaresLuiz Claudio RibeiroRoberto do Nascimento RodriguesCelio Augusto da Cunha HortaRalfo Edmundo da Silva MatosLeonardo Caetano Miranda2019-08-11T15:08:02Z2019-08-11T15:08:02Z2013-05-10http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9AHLXQO Vale do Jequitinhonha, situado a nordeste de Minas Gerais, é uma região sobre a qual muitos estudos tem se debruçado, dado a singularidade desse espaço regional, que reúne em seu território dicotomias como riqueza e pobreza, abundância e escassez, ascensão e declínio econômico. Em termos históricos a gênese da formação deste território remonta às primeiras rotas de ocupação da Capitania das Minas dos Matos Gerais, antes mesmo de sua criação em 1720. Ao longo da segunda metade do século XX, o Vale do Jequitinhonha adquire o status de região problema, apesar de sua importância histórica para a economia mineira e de sua rica cultura. Dessa forma, pobreza, exclusão social e limitações naturais alavancaram diversosestudos e projetos políticos de desenvolvimento regional, em grande medida pautados por tentativas de geração de renda e melhoria das condições de sobrevivência dessa população. Mas em que consiste o Vale do Jequitinhonha? Quais são os elementos constitutivos da geohistória econômica desse lugar, que ao mesmo tempo é lembrado pelo abandono e pela riqueza cultural? Qual é o olhar do povo local sobre o espaço que ele ocupa? Em que medida há o envolvimento dos agentes locais no desenvolvimento regional? As interpretações e análises realizadas consistem em uma tentativa de captar o (des)envolvimento no Vale, por meio da elucidação de seu passado econômico, e dos impactos na organização espacial e social decorrentes da introdução de atividades econômicas forjadas no bojo da modernização conservadora desde a segunda metade do século XX. A ocupação econômica dessa região tão singular em Minas Gerais condicionou-se a Geografia: no Alto Jequitinhonha, o relevo montanhoso da Serra do Espinhaço, de onde se extraiu enorme quantidade de ouro e de diamante; no Médio Jequitinhonha, os solos ricos em sais, ocupados pela pecuária extensiva; no Baixo Jequitinhonha, as áreas de mata deram lugar às lavouras de subsistência, e aos morros ocupados com capim colonião, planta adaptada à escassez de chuvas típicas da região, às fazendas de criação de gado bovino.The Jequitinhonha Valley, located at the northeast of Minas Gerais, is a region on which many studies have been addressing, given the uniqueness of this regional space, which meets in its territory dichotomies such as poverty and wealth, abundance and scarcity, andrising economic decline . In historical terms the genesis of the formation of this area dates back to the first occupation of routes Captaincy of Minas dos Matos Gerais, even before its creation in 1720. Throughout the second half of the twentieth century, the Jequitinhonha Valley acquires the status of "problem area", despite its historical importance to the stateeconomy and its rich culture. Thus poverty, social exclusion and natural limitations leveraged several studies and political projects of regional development, largely guided by attempts to generate income and improve the living conditions of this population. But what is the Jequitinhonha Valley? What are the elements of "geo-history" of this economic place that is remembered while the abandonment and cultural wealth? What is the local people look on the space it occupies? To what extent is the involvement of local actors in regional development? The interpretations and analyzes consist in an attempt to capture the development based in the engagement in the Valley, through the elucidation of its economic past, and impacts on social and spatial organization of the introduction of economic activities forged in the wake of "conservative modernization" since the second half of the twentieth century. The economic occupation of this region so unique in Minas Gerais conditioned to Geography: High Jequitinhonha in the mountainous terrain of the Espinhaço, where hugeamount extracted gold and diamond; Middle Jequitinhonha, soils rich in salts, occupied by extensive cattle ranching; Low Jequitinhonha in the areas of forest gave way to subsistence crops, and occupied the hills with cropping grass, plant adapted to scarcity of rains typical of the region, the farms of cattle.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEconomiaMinas GeraisCultura Minas Gerais Cafe Minas GeraisGeografiaNos caminhos do Vale: O (des) envolvimento no Jequitinhonhainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__oleonardocaetano_2013.pdfapplication/pdf3356970https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9AHLXQ/1/disserta__oleonardocaetano_2013.pdfdafcd106a215fbeeb3d53c75fcad78b8MD51TEXTdisserta__oleonardocaetano_2013.pdf.txtdisserta__oleonardocaetano_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain304408https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9AHLXQ/2/disserta__oleonardocaetano_2013.pdf.txt8087012ff58a648ee1a789b728d4fa38MD521843/IGCC-9AHLXQ2019-11-14 03:42:05.786oai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-9AHLXQRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:42:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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