Eficiência e rentabilidade: um paralelo entre cooperativas de crédito e instituições bancárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wanderson Rocha Bittencourt
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A59MDV
Resumo: As instituições financeiras são fundamentais em qualquer economia, fatores como a forte regulamentação do setor bancário, a mensuração e avaliação em termos de desempenho e eficiência vêm sendo fundamental, para as instituições financeiras. Após o processo de consolidação econômica, em 1995, as instituições bancárias, por intermédio das fusões e aquisições, buscaram aumentar seu ganho de escala e escopo, gerando a expectativa de aumento da eficiência. Contudo, o resultado foi aquém do esperado, quando não negativos. Estas mudanças contribuíram para que aumentasse, ainda mais, a procura por serviços prestados por cooperativas principalmente pelo valor dos serviços oferecidos, comparado com os bancos. Cabe destacar, que o avanço da tecnologia contribuiu para a redução do custo da obtenção de informação, diminuindo as vantagens competitivas promovidas pela proximidade dos clientes com as cooperativas. Neste sentido, para que as cooperativas e/ou bancos continuem a existir a longo prazo, é fundamental a capacidade de se adaptar ao ambiente em que atuam, buscando maior eficiência e rentabilidade. Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo realizar um paralelo da eficiência e da rentabilidade entre os bancos múltiplos e as cooperativas de crédito filiadas aos sistemas Sicredi, Sicoob e Unicred entre os períodos de 2009 a 2013. É importante frisar que as cooperativas de crédito e os bancos múltiplos possuem produtos e serviços parecidos e estão correndo riscos semelhantes. Para essa análise foi utilizada, para mensurar a eficiência, a metodologia de Análise Envoltória de Dados por meio do modelo de retornos variáveis à escala com orientação a produto. Possibilitou-se também, mensurar a ocorrência de progresso ou retrocesso tecnológico dos indicadores de eficiência ao longo dos anos, por meio do índice de Malmquist. Ao avaliar os fatores que influenciam a rentabilidade, utilizou-se a regressão múltipla com dados em painel. Nesse contexto estudado, as cooperativas apresentaram um score médio de eficiência de 82,33%. Foi possível destacar, que as cooperativas com os piores scores de eficiência utilizaram elevados volumes de alguns dos insumos, tais como os Depósitos Totais e as Despesas de Captação para geração das operações de crédito e sobras. Identificou-se que instituições as quais empregam maiores volumes em Ativos Totais na composição dos seus recursos, tendem a ter avanço na mudança de produtividade total dos fatores, influenciando, assim, a eficiência. Para o contexto bancário, a eficiência média foi de 89,71% e os bancos com os piores resultados de eficiência empregaram recursos mais onerosos, como Depósitos Totais e Despesas Operacionais para gerarem as operações de crédito e lucro. Os bancos múltiplos estudados apresentaram queda no indicador ROA em 2%, comparando o período de 2009 com o período de 2013. Já o outro indicador, ROE, apresentou aumento de 3,14% neste mesmo período. Para as cooperativas estudadas, a rentabilidade mensurada pelo indicador ROA, reduziu em 19,61%, saindo do patamar de 0,51% para 0,41%, comparando o período de 2009 com o período de 2013. O outro indicador, ROE, apresentou redução de 32,32% considerando esse mesmo período. O indicador, ROA é afetado pelas variáveis Empréstimos/Ativo Total e Selic. Já o indicador, ROE é influenciado pelas variáveis Depósitos Totais/Ativo Total, Selic, PIB, Inflação, Eficiência e Despesas Totais/Ativo Total. É importante ressaltar que os resultados, da amostra estudada, indicaram que não há diferença estatística pelo fato de ser banco múltiplo ou cooperativa de crédito se considerado o indicador de rentabilidade ROE. De maneira geral, as cooperativas apresentaram eficiência inferior aos bancos, em decorrência da maior oscilação para adequar-se às mudanças tecnológicas e os declines em eficiência de escala. No âmbito da rentabilidade, considerando o indicador ROA, as cooperativas apresentaram uma média geral de 0,52%, já para os bancos este índice foi em média de 1,03%. Analisando o indicador ROE, a média das cooperativas foi de 12,49%, e dos bancos a média foi de 14,10%. Essa inferioridade pode ser decorrente dos menores scores de eficiência das cooperativas, já que este é um dos fatores determinante para a rentabilidade. Outro ponto considerado às cooperativas que apresentaram maior score de eficiência. Estas obtiveram, em média, maior rentabilidade em ambos indicadores. No contexto bancário, o grupo de instituições com maior eficiência apresentou somente maior ROE. A rentabilidade maior medida pelo indicador ROA foi apresentada pelo grupo de instituições com eficiência entre 80% e 89%. Desta forma cabe destacar, que o foco das cooperativas não é a maximização das sobras, mas sim, atender às mais diversas necessidades dos cooperados.
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Cabe destacar, que o avanço da tecnologia contribuiu para a redução do custo da obtenção de informação, diminuindo as vantagens competitivas promovidas pela proximidade dos clientes com as cooperativas. Neste sentido, para que as cooperativas e/ou bancos continuem a existir a longo prazo, é fundamental a capacidade de se adaptar ao ambiente em que atuam, buscando maior eficiência e rentabilidade. Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo realizar um paralelo da eficiência e da rentabilidade entre os bancos múltiplos e as cooperativas de crédito filiadas aos sistemas Sicredi, Sicoob e Unicred entre os períodos de 2009 a 2013. É importante frisar que as cooperativas de crédito e os bancos múltiplos possuem produtos e serviços parecidos e estão correndo riscos semelhantes. Para essa análise foi utilizada, para mensurar a eficiência, a metodologia de Análise Envoltória de Dados por meio do modelo de retornos variáveis à escala com orientação a produto. Possibilitou-se também, mensurar a ocorrência de progresso ou retrocesso tecnológico dos indicadores de eficiência ao longo dos anos, por meio do índice de Malmquist. Ao avaliar os fatores que influenciam a rentabilidade, utilizou-se a regressão múltipla com dados em painel. Nesse contexto estudado, as cooperativas apresentaram um score médio de eficiência de 82,33%. Foi possível destacar, que as cooperativas com os piores scores de eficiência utilizaram elevados volumes de alguns dos insumos, tais como os Depósitos Totais e as Despesas de Captação para geração das operações de crédito e sobras. Identificou-se que instituições as quais empregam maiores volumes em Ativos Totais na composição dos seus recursos, tendem a ter avanço na mudança de produtividade total dos fatores, influenciando, assim, a eficiência. Para o contexto bancário, a eficiência média foi de 89,71% e os bancos com os piores resultados de eficiência empregaram recursos mais onerosos, como Depósitos Totais e Despesas Operacionais para gerarem as operações de crédito e lucro. Os bancos múltiplos estudados apresentaram queda no indicador ROA em 2%, comparando o período de 2009 com o período de 2013. Já o outro indicador, ROE, apresentou aumento de 3,14% neste mesmo período. Para as cooperativas estudadas, a rentabilidade mensurada pelo indicador ROA, reduziu em 19,61%, saindo do patamar de 0,51% para 0,41%, comparando o período de 2009 com o período de 2013. O outro indicador, ROE, apresentou redução de 32,32% considerando esse mesmo período. O indicador, ROA é afetado pelas variáveis Empréstimos/Ativo Total e Selic. Já o indicador, ROE é influenciado pelas variáveis Depósitos Totais/Ativo Total, Selic, PIB, Inflação, Eficiência e Despesas Totais/Ativo Total. É importante ressaltar que os resultados, da amostra estudada, indicaram que não há diferença estatística pelo fato de ser banco múltiplo ou cooperativa de crédito se considerado o indicador de rentabilidade ROE. De maneira geral, as cooperativas apresentaram eficiência inferior aos bancos, em decorrência da maior oscilação para adequar-se às mudanças tecnológicas e os declines em eficiência de escala. No âmbito da rentabilidade, considerando o indicador ROA, as cooperativas apresentaram uma média geral de 0,52%, já para os bancos este índice foi em média de 1,03%. Analisando o indicador ROE, a média das cooperativas foi de 12,49%, e dos bancos a média foi de 14,10%. Essa inferioridade pode ser decorrente dos menores scores de eficiência das cooperativas, já que este é um dos fatores determinante para a rentabilidade. Outro ponto considerado às cooperativas que apresentaram maior score de eficiência. Estas obtiveram, em média, maior rentabilidade em ambos indicadores. No contexto bancário, o grupo de instituições com maior eficiência apresentou somente maior ROE. A rentabilidade maior medida pelo indicador ROA foi apresentada pelo grupo de instituições com eficiência entre 80% e 89%. Desta forma cabe destacar, que o foco das cooperativas não é a maximização das sobras, mas sim, atender às mais diversas necessidades dos cooperados.Financial institutions are fundamental in any economy, factors such as the strong regulation of the banking industry, measurement and evaluation in terms of performance and efficiency have been key to financial institutions. After the process of economic consolidation in 1995, banking institutions through mergers and acquisitions, sought to increase their economies of scale and scope generating the expected increase efficiency. However, the result was below expectations, if not negative. These changes contributed to increase, even more, the demand for services provided by cooperatives mainly by the value of services offered, compared with banks. It should be noted that the advance of technology has contributed to reducing the cost of obtaining information diminishing the competitive advantages promoted by the proximity of customers with cooperatives. In this sense, to which cooperatives and / or banks continue to exist in the long term, it is essential the ability to adapt to the environment that act on, seeking greater efficiency and profitability. In this context, this study aimed to carry out a parallel efficiency and profitability across multiple banks and credit unions affiliated to Sicredi systems, Sicoob and Unicred between the periods from 2009 to 2013. It is important to note that credit unions and multiple banks have similar products and services and are running similar risks. For this analysis was used to measure the efficiency, data envelopment analysis methodology through the variable returns to scale model-oriented product. Also, it was possible to measure the occurrence of technological progress or retraction of performance indicators over the years through the Malmquist index. To evaluate the factors influencing profitability, we used multiple regression with panel data. In this study context, cooperatives had a mean score of 82.33% efficiency. You can highlight that cooperatives with the worst scores efficiency using high volumes of some inputs, such as Total Deposits and Funding to generate fees from credit and leftovers operations. It was identified that institutions that employ higher volumes in Total Assets in the composition of its resources tend to have breakthrough in changing total factor productivity, influencing efficiency. For the banking context, the average efficiency was 89.71% and the banks with the worst results of efficiency employ more costly features such as total deposits and operating expenses to generate the credit and profit operations. Multiple banks studied in ROA indicator decreased by 2% compared to the 2009 period with the period of 2013. The other indicator, ROE, increased by 3.14% over the same period. For cooperatives studied, profitability as measured by ROA indicator decreased by 19.61%, from the level of 0.51% to 0.41% compared to the 2009 period with the period of 2013. The other indicator, ROE decreased of 32.32% considering the same period. The ROA indicator is affected by variables Loans / Total Assets and Selic. But the ROE indicator is influenced by variables Total Deposits / Total Assets, Selic, GDP, Inflation, Efficiency and Total Expenses / Total Assets. Importantly, the results for the sample indicated that no statistical difference to be multiple bank or credit union is considered the ROE profitability indicator. In general, the cooperatives had lower efficiency to banks, which can be explained by greater sway in adjusting to technological changes and declines in scale efficiency. As part of the profitability, considering the ROA indicator, cooperatives showed an overall average of 0.52%, while for banks this ratio averaged 1.03%. Analyzing the ROE indicator, the average of cooperatives was 12.49%, and banks the average was 14.10%. This inferiority may be due to the lower scores efficiency of cooperatives, since this is a decisive factor for profitability. Another point to note was that the cooperatives had a higher score of efficiency were those who had, on average, higher profitability on both indicators. For the banking context, the group of institutions more efficiently presented only higher ROE. The higher profitability as measured by ROA indicator was presented by the group of institutions with efficiency between 80% and 89%. It is noteworthy that the focus of the cooperative is not maximizing the remains, but rather meet the various needs of members.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCooperativas de créditoAnálise envoltória de dadosRentabilidadeCooperativas de créditoAnálise Envoltória de DadosBancos múltiplosEficiênciaEficiência e rentabilidade: um paralelo entre cooperativas de crédito e instituições bancáriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_wanderson_rocha_bittencourt.pdfapplication/pdf3890951https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A59MDV/1/disserta__o_wanderson_rocha_bittencourt.pdf168c2ab6b17d8290dad6b02d7949984dMD51TEXTdisserta__o_wanderson_rocha_bittencourt.pdf.txtdisserta__o_wanderson_rocha_bittencourt.pdf.txtExtracted texttext/plain480037https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A59MDV/2/disserta__o_wanderson_rocha_bittencourt.pdf.txt05493f5e31841ca05e5283b30aa09762MD521843/BUBD-A59MDV2019-11-14 06:14:21.419oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A59MDVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:14:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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