O amargo humor da arte contemporanea

• Autor(a) principal: Juliana Silveira Mafra
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/EBAP-AQPGQ7
• topic: Contemporary art; Feminism; Latin america; Humor; Critica de arte; Arte moderna Séc XXI; Arte Aspectos políticos; Arte Humor, sátira, etc; Humorismo

Nesta tese se encontra uma pesquisa sobre o humor na arte contemporânea, abordando-o em três aspectos: no tema do excremento recorrente desde Piero Manzoni, que pode ser verificado nos trabalhos de Paul McCarthy, Win Delvoye, Andres Serrano, Paulo Nazareth, etc, que nos aproximam dos conceitos de grotesco e de cinismo, fazendo uma crítica à ideia de civilização; nas obras de artistas latino-americanos que se debruçam sobre as questões políticas e de poder estabelecidas desde o período colonial até os dias de hoje, em trabalhos de Nadín Ospina, Luis Camnitzer, Héctor Zamora, Javier Téllez etc, que buscam estratégias para enfraquecer poderes autoritários e opressivos; e nos trabalhos das artistas que se identificam com uma identidade feminista, como Judy Chicago, as Guerrillas Girls, Melanie Bonajo, entre outras, tentando se inserir na história da arte, com suas particularidades que envolvem também seus humores. Faz parte também deste trabalho, a apresentação da história de Elinor, uma boneca de pano que viveu alguns dias do mês de novembro de 2016, com os estudantes secundaristas acampados em suas escolas em protesto contra as mudanças na educação propostas pelo governo de Michel Temer, presidente do Brasil, desde o golpe que retirou Dilma Rousseff de seu cargo. O amargo humor da arte contemporânea não tenta definir tipos de humores, mas sim, observar as contradições que o conformam, tentando entender sobre a arte e o nosso tempo.