Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stanley Schettino
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Ana Carolina Pereira Ruas, Denise Lopes da Silva, Saulo Rodrigues Costa, Luciano José Minette, Denise Ransolin Soranso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-043
http://hdl.handle.net/1843/52962
Resumo: O trabalho florestal é classificado como de elevado risco de acidentes e desenvolvimento de doenças ocupacionais aos trabalhadores. Embora sob tal condição, os riscos biológicos quase sempre eram inexistentes ou muito baixos na totalidade das atividades florestais, não sendo necessária a aplicação de protocolos para sua mitigação. Tal realidade muda drasticamente com o surgimento da pandemia mundial do COVID-19, o que leva a situações que aumentam o risco de contágio nos locais de trabalho. Isso em um cenário onde os trabalhadores florestais são transportados em longas distâncias até seus locais de trabalho, se revezam em máquinas e veículos operacionais, realizam suas refeições em conjunto, bem como treinamentos e capacitações, ou seja, situações nas quais o distanciamento social não era uma rotina e as especificidades do trabalho eram contrárias aos protocolos de enfrentamento da pandemia. Deste modo, este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um protocolo de biossegurança para trabalho seguro em operações florestais, não expondo os trabalhadores a risco de contaminação pelo COVID-19, ou minimizando esse risco. Através do estudo e implementação de medidas de biossegurança aplicáveis a realidade do trabalho florestal, busca-se ações capazes de prevenir, controlar, mitigar ou eliminar os riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Assim, conforme a especificidade e a disponibilidade de recursos de cada empresa ou produtor florestal, são propostas medidas como: desenvolvimento e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos; utilização de tapetes com solução sanitizante; aferição da temperatura corporal dos trabalhadores antes e ao término da jornada de trabalho; distanciamento de 2,0 metros entre os trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades; transporte de trabalhadores em ônibus com metade dos assentos livres; flexibilização do horário de refeições; cabines de ozônio nas entradas das frentes de serviço; utilização de luz ultravioleta para desinfestação das cabines de máquinas e ônibus de transporte de pessoal, ou higienização das mesmas com pulverização manual de solução sanitizante; e, quando necessário e possível, a testagem rápida dos trabalhadores. Conclui-se que tais medidas de biossegurança, implementadas isolada ou conjuntamente, são fundamentais para conter uma possível disseminação do COVID-19 nos ambientes de trabalho florestal, de forma que estes não apresentem elevado grau de riscos biológicos aos trabalhadores e garantindo a preservação de sua saúde, bem como de seus familiares.
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Isso em um cenário onde os trabalhadores florestais são transportados em longas distâncias até seus locais de trabalho, se revezam em máquinas e veículos operacionais, realizam suas refeições em conjunto, bem como treinamentos e capacitações, ou seja, situações nas quais o distanciamento social não era uma rotina e as especificidades do trabalho eram contrárias aos protocolos de enfrentamento da pandemia. Deste modo, este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um protocolo de biossegurança para trabalho seguro em operações florestais, não expondo os trabalhadores a risco de contaminação pelo COVID-19, ou minimizando esse risco. Através do estudo e implementação de medidas de biossegurança aplicáveis a realidade do trabalho florestal, busca-se ações capazes de prevenir, controlar, mitigar ou eliminar os riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Assim, conforme a especificidade e a disponibilidade de recursos de cada empresa ou produtor florestal, são propostas medidas como: desenvolvimento e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos; utilização de tapetes com solução sanitizante; aferição da temperatura corporal dos trabalhadores antes e ao término da jornada de trabalho; distanciamento de 2,0 metros entre os trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades; transporte de trabalhadores em ônibus com metade dos assentos livres; flexibilização do horário de refeições; cabines de ozônio nas entradas das frentes de serviço; utilização de luz ultravioleta para desinfestação das cabines de máquinas e ônibus de transporte de pessoal, ou higienização das mesmas com pulverização manual de solução sanitizante; e, quando necessário e possível, a testagem rápida dos trabalhadores. Conclui-se que tais medidas de biossegurança, implementadas isolada ou conjuntamente, são fundamentais para conter uma possível disseminação do COVID-19 nos ambientes de trabalho florestal, de forma que estes não apresentem elevado grau de riscos biológicos aos trabalhadores e garantindo a preservação de sua saúde, bem como de seus familiares.Forestry work is classified as having a high risk of accidents and the development of occupational diseases for workers. Although under such a condition, biological risks were usually nonexistent or very low in all forestry activities, and it is not necessary to apply protocols to mitigate them. This reality changes dramatically with the emergence of the global pandemic of COVID-19, which leads to situations that increase the risk of contagion in the workplace. This in a scenario where forestry workers are transported over long distances to their workplaces, take turns in machines and operational vehicles, have their meals together, as well as training and qualifications, that is, situations in which social distance was not a routine and the specifics of the work were contrary to the pandemic coping protocols. Thus, this study aims to develop a biosafety protocol for safe work in forestry operations, not exposing workers to the risk of contamination by COVID-19, or minimizing this risk. Through the study and implementation of biosafety measures applicable to the reality of forestry work, actions are sought to prevent, control, mitigate or eliminate the risks inherent in activities that may interfere or compromise quality of life, human health and the environment. Thus, according to the specificity and availability of resources ofeach company or forest producer, measures are proposed such as: development and implementation of the Risk Management Program; use of carpets with sanitizing solution; measurement of the workers' body temperature before and at the end of the workday; 2.0 meters distance between workers during the development of their activities; transportation of workers on buses with half of the free seats; flexible meal times; ozone booths at the entrances to the service fronts; use of ultraviolet light for disinfesting machine cabins and personnel transport buses, or cleaning them with manual spraying of sanitizing solution; and, when necessary and possible, rapid testing of workers. It is concluded that such biosafety measures, implemented alone or together, are fundamental to contain a possible dissemination of COVID-19 in forest work environments, so that they do not present a high degree of biological risks to workers and guaranteeing the preservation of their health, as well as that of their families.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIASBrazilian Journal of Development,COVID-19 (Doença)Segurança do trabalhoMedicina do trabalhoBiossegurançaExposição a agentes biológicosBiosegurançaRiscos BiológicosSaúde do trabalhadorTrabalho florestalOperações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalhoForest operations in COVID-19 times: making the work environment safeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22572Stanley SchettinoAna Carolina Pereira RuasDenise Lopes da SilvaSaulo Rodrigues CostaLuciano José MinetteDenise Ransolin Soransoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52962/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALOperações florestais em tempos de COVID-19 tornando seguro o ambiente de trabalho.pdfOperações florestais em tempos de COVID-19 tornando seguro o ambiente de trabalho.pdfapplication/pdf817481https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52962/2/Opera%c3%a7%c3%b5es%20florestais%20em%20tempos%20de%20COVID-19%20tornando%20seguro%20o%20ambiente%20de%20trabalho.pdf5c1a7295aca4c2c51c10c3341ef0cec4MD521843/529622023-05-09 16:24:06.224oai:repositorio.ufmg.br:1843/52962TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-09T19:24:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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