Genótipos da talassemia alfa e haplótipos do agrupamento de genes da globina beta como moduladores de gravidade na Doença falciforme em crianças do Programa Estadual de Triagem Neonatal de Minas Gerais matriculados no Hmeocentro de Belo Horizonte da Fundação Hemominas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andre Rolim Belisario
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MEDD-8E3HKJ
Resumo: Objetivo: verificar associações entre os genótipos de -Tal e os haplótipos do agrupamento de genes da S-globina com características clínicas e hematológicas em uma população de crianças triadas pelo Programa Estadual de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PETN-MG) e acompanhadas no Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) da Fundação HEMOMINAS. Métodos: coorte retrospectiva, com amostra aleatorizada, na qual foram incluídas crianças triadas pelo PETN-MG e encaminhadas ao HBH, com perfil eletroforético compatível com anemia falciforme (SS ou S0-talassemia), nascidas no período entre 01/01/1999 e 31/12/2006. Os dados foram coletados nos prontuários médicos do HBH. Os pacientes foram acompanhados por, no mínimo, dois anos e meio, até 30/06/2009. A genotipagem de -Tal foi realizada por PCR multiplex (alelos: -3.7; -4.2; --SEA; --FIL; --MED; -()20.5 e --THAI). Os haplótipos S foram determinados por PCR-RFLP. Resultados: Foram analisadas 221 crianças, sendo 119 (53,8%) do sexo feminino e 102 (46,2%), do masculino. A idade variou entre 2,5 e 10,4 anos. Duzentos e oito (94,1%) eram homozigotos para o alelo S e 13 (5,9%) possuíam o genótipo S0-tal. Dos 208 sujeitos SS, 58 (27,9%) eram heterozigotos (-3.7/) e três (1,4%) homozigotos para -Tal (-3.7/-3.7). Dos 13 sujeitos S0-tal, cinco (38,5%) eram heterozigotos (-3.7/). Entre os 208 sujeitos SS, havia 82 (39,43%) com o genótipo CAR/CAR, 69 (33,17%) Ben/CAR, 49 (23,56%) Ben/Ben, dois (0,96%) CAR/Atp, dois (0,96%) Ben/Atp, dois (0,96%) Árabe-Indiano/Ben e dois (0,96%) não puderam ser caracterizados. Dos 412 cromossomos S genotipados nos sujeitos homozigotos (Hb SS), 57% eram do tipo CAR, 41,5% eram Ben, 0,5% eram Árabe-Indiano e 1% eram atípicos. Nos sujeitos homozigotos, a presença de -Tal associou-se significativamente com a diminuição dos níveis de VCM, HCM, leucócitos e reticulócitos, e não influenciou os níveis de Hb total, Hb F e plaquetas. Não houve associação significativa entre haplótipos S e os níveis médios de Hb total, Hb F, VCM, HCM, leucócitos e reticulócitos. O nível de plaquetas foi significativamente maior no grupo com o genótipo Ben/CAR quando comparado com o Ben/Ben e CAR/CAR. Não houve associação significativa entre a presença de -Tal e a frequência de episódios de síndrome torácica aguda, transfusões sanguíneas e sequestro esplênico agudo. A presença de -Tal foi fortemente associada com a diminuição do risco de doença cerebrovascular (Doppler transcraniano alterado ou AVC clínico; P=0,007). Não xii houve associação significativa entre os haplótipos S e a frequência de episódios de síndrome torácica aguda, transfusões sanguíneas, sequestro esplênico agudo e doença cerebrovascular. Conclusões: A associação significativa mais importante encontrada foi a da -Tal com diminuição do risco de doença cerebrovascular. A presença ou não de -Tal bem como o haplótipo S não permitem prever as características clínicas da doença. Outros fatores moduladores devem ser estudados para definir subfenótipos da doença e, assim, serem utilizados em conjunto como ferramenta clínica no acompanhamento dos pacientes. Ressaltese que a amostra de crianças proveio de uma única fonte, foi aleatorizada e o acompanhamento seguiu o mesmo protocolo de tratamento num único hemocentro, o que reforça as conclusões do estudo.
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A genotipagem de -Tal foi realizada por PCR multiplex (alelos: -3.7; -4.2; --SEA; --FIL; --MED; -()20.5 e --THAI). Os haplótipos S foram determinados por PCR-RFLP. Resultados: Foram analisadas 221 crianças, sendo 119 (53,8%) do sexo feminino e 102 (46,2%), do masculino. A idade variou entre 2,5 e 10,4 anos. Duzentos e oito (94,1%) eram homozigotos para o alelo S e 13 (5,9%) possuíam o genótipo S0-tal. Dos 208 sujeitos SS, 58 (27,9%) eram heterozigotos (-3.7/) e três (1,4%) homozigotos para -Tal (-3.7/-3.7). Dos 13 sujeitos S0-tal, cinco (38,5%) eram heterozigotos (-3.7/). Entre os 208 sujeitos SS, havia 82 (39,43%) com o genótipo CAR/CAR, 69 (33,17%) Ben/CAR, 49 (23,56%) Ben/Ben, dois (0,96%) CAR/Atp, dois (0,96%) Ben/Atp, dois (0,96%) Árabe-Indiano/Ben e dois (0,96%) não puderam ser caracterizados. Dos 412 cromossomos S genotipados nos sujeitos homozigotos (Hb SS), 57% eram do tipo CAR, 41,5% eram Ben, 0,5% eram Árabe-Indiano e 1% eram atípicos. Nos sujeitos homozigotos, a presença de -Tal associou-se significativamente com a diminuição dos níveis de VCM, HCM, leucócitos e reticulócitos, e não influenciou os níveis de Hb total, Hb F e plaquetas. Não houve associação significativa entre haplótipos S e os níveis médios de Hb total, Hb F, VCM, HCM, leucócitos e reticulócitos. O nível de plaquetas foi significativamente maior no grupo com o genótipo Ben/CAR quando comparado com o Ben/Ben e CAR/CAR. Não houve associação significativa entre a presença de -Tal e a frequência de episódios de síndrome torácica aguda, transfusões sanguíneas e sequestro esplênico agudo. A presença de -Tal foi fortemente associada com a diminuição do risco de doença cerebrovascular (Doppler transcraniano alterado ou AVC clínico; P=0,007). Não xii houve associação significativa entre os haplótipos S e a frequência de episódios de síndrome torácica aguda, transfusões sanguíneas, sequestro esplênico agudo e doença cerebrovascular. Conclusões: A associação significativa mais importante encontrada foi a da -Tal com diminuição do risco de doença cerebrovascular. A presença ou não de -Tal bem como o haplótipo S não permitem prever as características clínicas da doença. Outros fatores moduladores devem ser estudados para definir subfenótipos da doença e, assim, serem utilizados em conjunto como ferramenta clínica no acompanhamento dos pacientes. Ressaltese que a amostra de crianças proveio de uma única fonte, foi aleatorizada e o acompanhamento seguiu o mesmo protocolo de tratamento num único hemocentro, o que reforça as conclusões do estudo.Objectives: To examine associations between the alpha-thalassemia (-Thal) genotypes and the S gene cluster haplotypes (S haplotypes) with clinical and hematological features in a population of children derived from the Newborn Screening Program of Minas Gerais (NSPMG) and followed-up at the Blood Center of Belo Horizonte (HBH) of HEMOMINAS Foundation. Methods: children with electrophoretic profile compatible with sickle cell anemia (SS or S0-thalassemia) screened by NSP-MG between 01/01/1999 to 12/31/2006 and followed-up at HBH were included in a randomized retrospective cohort study. Data were collected from patients medical records at HBH. All patients were followed-up for a minimum of two years and a half, up to 6/30/2009. Genotyping of -Thal was performed by multiplex PCR (alleles: -3.7; -4.2; --SEA; --FIL; --MED; -()20.5 e --THAI). S haplotypes were determined by PCR-RFLP. Results: 221 children were analyzed, 119 (53.8%) females and 102 (46.2%) males. The age ranged from 2.5 to 10.4 years. Two hundred and eight (94.1%) were homozygous for the S allele and 13 (5,9%) were S0-thal. Of the 208 SS subjects, 58 (27.9%) were heterozygous (-3.7/) and three (1.4%) homozygous for -Thal (-3.7/-3.7). Of the 13 S0-thal subjects, five (38.5%) were heterozygous (-3.7/). Among the 208 SS subjects, 82 (39.43%) were CAR/CAR, 69 (33.17%) Ben/CAR, 49 (23.56%) Ben/Ben, two (0.96%) CAR/Atp, two (0.96%) Ben/Atp, two (0.96%) Arab-Indian/Ben and two (0.96%) could not be genotyped. Of 412 S chromosomes genotyped in homozygous subjects for S hemoglobin (SS), 57% were CAR type, 41.5% were Ben, 0.5% were Arab-Indian e 1% were atypical. In homozygous subjects for S hemoglobin, the presence of -Thal was significantly associated with decreased levels of MCV, MCH, WBC and reticulocytes, and not with the levels of total Hb, Hb F and platelets. There was no significant association between S haplotypes and total Hb, Hb F, MCV, MCH, WBC and reticulocyte levels. Platelet count was significantly higher in the group with Ben/CAR genotype when compared with the Ben/Ben and CAR/CAR. There was no significant association between the presence of -Thal and the frequency of episodes of acute chest syndrome, blood transfusions and acute splenic sequestration. The presence of -Thal was strongly associated with decreased risk of cerebrovascular disease (abnormal transcranial Doppler or clinical stroke; P=0.007). There was no significant association between S haplotypes and the frequency of episodes of acute xiv chest syndrome, blood transfusions, acute splenic sequestration and cerebrovascular disease. Conclusions: The most important significant association found was between co-inheritance of -Thal and decreased risk of cerebrovascular disease. Neither the presence/absence of - Thal nor S haplotypes can alone predict the clinical course of the disease. Other modulating factors should be investigated to subphenotype the disease and thus be used together as a clinical tool in monitoring patients. It should be noted that the sample of children has come from a single source and was randomized; follow-up was uniform and done in a single blood center, what reinforces the conclusions of the study.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAnemia falciforme/genéticaBrasilGenótipoAnemia falciformeTalassemia alfaEstudos de coortesGlobinas/análiseGlobinas/genéticaHaplotiposAnemia falciforme/sanguePediatriaHemoglobinopatiasHaplotiposGenótipos da talassemia alfa e haplótipos do agrupamento de genes da globina beta como moduladores de gravidade na Doença falciforme em crianças do Programa Estadual de Triagem Neonatal de Minas Gerais matriculados no Hmeocentro de Belo Horizonte da Fundação Hemominasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final___andr__rolim_belis_rio.pdfapplication/pdf5271979https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MEDD-8E3HKJ/1/disserta__o_final___andr__rolim_belis_rio.pdf3aeb24b7b0ec87fa5967215e354b3df8MD51TEXTdisserta__o_final___andr__rolim_belis_rio.pdf.txtdisserta__o_final___andr__rolim_belis_rio.pdf.txtExtracted texttext/plain354559https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MEDD-8E3HKJ/2/disserta__o_final___andr__rolim_belis_rio.pdf.txta399c400831ccb3502bd390c0878756aMD521843/MEDD-8E3HKJ2019-11-14 06:48:36.5oai:repositorio.ufmg.br:1843/MEDD-8E3HKJRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:48:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Andre Rolim Belisario
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