Autoeficácia relacionada às quedas em idosos comunitários com dor lombar agudizada

• Autor(a) principal: Nayza Maciel de Britto Rosa
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-962FKH
• topic: Idosos; Autoeficácia em quedas; Dor Lombar; FES-I; Roland Morris; Fisioterapia para idosos; Dor lombar; Acidentes por quedas; Acidentes; Reabilitação; Envelhecimento

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e especificamente no Brasil, ele ocorre de forma acelerada. Além dessa transição demográfica, ocorre uma transição epidemiológica na qual as doenças infecto-contagiosas são substituídas pelas crônicas degenerativas e suas comorbidades. A Dor Lombar (DL) é uma das condições dolorosas mais incapacitante e terapeuticamente desafiadora que atinge os idosos, no entanto, ainda é pouco estudada. O conceito de autoeficácia é importante para o estudo das quedas, pois faz uma conexão entre confiança e desempenho na realização de atividades. Apresentar altos níveis de autoeficácia em realizar atividades do cotidiano sem cair está associado com melhores desfechos funcionais. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre os fatores clínicos e funcionais com a autoeficácia relacionada às quedas em idosos da comunidade com DL agudizada. Trata-se de um estudo observacional transversal com amostra de cento e vinte idosos (idade 65 anos) da região metropolitana de Belo Horizonte. Foi construído um questionário estruturado com dados sócio demográficos, clínicos e testes funcionais padronizados para a população idosa. A autoeficácia em quedas foi avaliada pela escala Falls Efficacy scale-International-Brasil (FES-I-BRASIL). A associação entre os fatores clínicos e funcionais com a autoeficácia em quedas foi avaliada pela Regressão Linear Múltipla, método Backward, sendo adotado um nível de significância de 5%. A média de idade dos idosos participantes foi de 71,1 ± 5,4 anos. O modelo de regressão linear que continha as variáveis explicativas idade, escolaridade, renda, intensidade da dor lombar, autopercepção de saúde, sintomas depressivos, incapacidade (Roland Morris), quedas (se caiu nas seis semanas anteriores e o número de quedas), nível de atividade física e velocidade da marcha foi significativo e demonstrou que as variáveis independentes explicaram 44,3% (R2=0,443, p<0,001) da variação da autoeficácia em quedas. O método Backward definiu que o melhor modelo para explicar a variação na autoeficácia em quedas era composto pelas variáveis explicativas intensidade da DL, incapacidade e escolaridade. Esse modelo foi significativo e explicou 42,4% (R2=0,424, p<0,001) da variável dependente. Este estudo proporcionou uma visão ampliada e aprofundada sobre a autoeficácia relacionada às quedas em idosos com DL, destacando que intensidade da dor lombar, incapacidade verificada pelo Roland Morris e escolaridade são as variáveis que mais explicaram a autoeficácia em quedas em idosos com DL. Identificar quais são os fatores que explicam e influenciam a autoeficácia tem o potencial de ajudar o fisioterapeuta na melhor forma de avaliar e direcionar o programa de exercícios de prevenção ou reabilitação para os idosos com DL que apresentam risco de cair.