Ômega-conotoxina MVIIC e/ou dantrolene no trauma medular agudo de ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flaviani Emilia dos Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-BATH8C
Resumo: O trauma medular agudo (TMA) ocasiona danos aos tecidos neuronais por mecanismos primários e secundários. A hiperconcentração intracelular de íons cálcio é um elemento chave no desenvolvimento da lesão secundária e ocorre por diversos mecanismos, dentre eles, influxo de cálcio através dos canais de cálcio voltagem dependentes presentes na membrana celular e por mobilização de reservas intracelulares localizadas no retículo endoplasmático. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito neuroprotetor da associação de bloqueadores de canais de cálcio, a ù-conotoxina MVIIC e o dantrolene, em ratos submetidos ao TMA. Vinte ratos machos adultos, linhagem Wistar, foram divididos aleatoriamente em cinco grupos: CN (controle negativo), CP (controle positivo), T (ù-conotoxina MVIIC), D (dantrolene) e T+D (ù-conotoxina MVIIC + dantrolene). Os animais do grupo CN foram submetidos à laminectomia em T12 e injeção de PBS por via intratecal (i.t.). Os demais grupos foram submetidos à laminectomia em T12 e trauma medular compressivo com a queda da haste de 10 gramas a uma altura de 25 mm no sistema indutor de trauma espinhal MASCIS Impactor. O grupo CP recebeu injeção de PBS por via i.t., o grupo T recebeu 20 pmol/10µL de ù-conotoxina MVIIC por via i.t., o grupo D recebeu 10 mg/kg de dantrolene por via intraperitoneal (i.p) e o grupo T+D recebeu 20 pmol/10µL de ù-conotoxina MVIIC por via i.t. e 10 mg/kg de dantrolene por via i.p. Os animais foram submetidos à avaliação clínica durante os sete dias subsequentes ao trauma, para observação da função motora em campo aberto e classificação conforme escala proposta por Basso, Beatie e Bresnahan, 1995. Oito dias após o tratamento, os animais foram eutanasiados e foram coletadas amostras de sangue para avaliações hematológica e bioquímica plasmática, e de segmentos da medula espinhal para quantificação de espécies reativas de oxigênio, peroxidação lipídica e avaliação da expressão gênica de fatores relacionados à apoptose (Bax, caspase 3, 8 e 9). Observou-se que apenas o grupo D mostrou recuperação motora significativa após os sete dias de avaliação pelo teste BBB (p<0,05). Os valores dos perfis hematológico e bioquímico se mantiveram dentro dos limites fisiológicos em todos os grupos, com exceção dos valores de ureia que se apresentaram mais elevados. Não houve diferença significativa entre os grupos nas análises de espécies reativas de oxigênio, peroxidação lipídica e expressão gênica de fatores relacionados à apoptose. Conclui-se que o dantrolene promoveu recuperação motora e sua associação com a MVIIC não apresentou efeito sinérgico no tratamento do TMA
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Vinte ratos machos adultos, linhagem Wistar, foram divididos aleatoriamente em cinco grupos: CN (controle negativo), CP (controle positivo), T (ù-conotoxina MVIIC), D (dantrolene) e T+D (ù-conotoxina MVIIC + dantrolene). Os animais do grupo CN foram submetidos à laminectomia em T12 e injeção de PBS por via intratecal (i.t.). Os demais grupos foram submetidos à laminectomia em T12 e trauma medular compressivo com a queda da haste de 10 gramas a uma altura de 25 mm no sistema indutor de trauma espinhal MASCIS Impactor. O grupo CP recebeu injeção de PBS por via i.t., o grupo T recebeu 20 pmol/10µL de ù-conotoxina MVIIC por via i.t., o grupo D recebeu 10 mg/kg de dantrolene por via intraperitoneal (i.p) e o grupo T+D recebeu 20 pmol/10µL de ù-conotoxina MVIIC por via i.t. e 10 mg/kg de dantrolene por via i.p. Os animais foram submetidos à avaliação clínica durante os sete dias subsequentes ao trauma, para observação da função motora em campo aberto e classificação conforme escala proposta por Basso, Beatie e Bresnahan, 1995. Oito dias após o tratamento, os animais foram eutanasiados e foram coletadas amostras de sangue para avaliações hematológica e bioquímica plasmática, e de segmentos da medula espinhal para quantificação de espécies reativas de oxigênio, peroxidação lipídica e avaliação da expressão gênica de fatores relacionados à apoptose (Bax, caspase 3, 8 e 9). Observou-se que apenas o grupo D mostrou recuperação motora significativa após os sete dias de avaliação pelo teste BBB (p<0,05). Os valores dos perfis hematológico e bioquímico se mantiveram dentro dos limites fisiológicos em todos os grupos, com exceção dos valores de ureia que se apresentaram mais elevados. Não houve diferença significativa entre os grupos nas análises de espécies reativas de oxigênio, peroxidação lipídica e expressão gênica de fatores relacionados à apoptose. Conclui-se que o dantrolene promoveu recuperação motora e sua associação com a MVIIC não apresentou efeito sinérgico no tratamento do TMAAcute spinal cord injury causes damage to the nervous tissue by primary and secondary mechanisms. Excessive intracellular calcium concentration is a key element to the development of secondary injury. It occurs by several mechanisms: influx of calcium through membrane voltage-gated calcium channels and mobilization of intracellular reserves from the endoplasmic reticulum. The purpose of this study was to evaluate the neuroprotective effect of the association of calcium channel blockers, -conotoxin MVIIC and dantrolene, on experimental acute spinal cord injury. Twenty male Wistar rats were randomly distributed into five groups: CN (negative control), CP (positive control), T (-conotoxina MVIIC), D (dantrolene) and T+D (-conotoxina MVIIC + dantrolene). Animals of the CN group underwent T12 laminectomy and intrathecal PBS injection. The other groups underwent T12 laminectomy and compressive spinal trauma due to a 10 gram stem drop from the height of 25 mm at the MASCIS Impactor spinal trauma induction system. The CP group received intrathecal PBS injection, the T group received intrathecal 20 pmol/10 l of -conotoxin MVIIC, group D received 10 mg/kg dantrolene intraperitoneally and the T + D group received 20 pmol/10 L of -conotoxin MVIIC intrathecally and 10 mg/kg dantrolene intraperitoneally. Neurological examination was performed daily for seven days and consisted with Basso, Beatie, Bresnahan test for the evaluation of motor function. Eight days after treatment, the animals were euthanized and the blood samples were collected for hematological and biochemistry analysis, and spinal cords samples were colleted for quantification of reactive oxygen species, lipid peroxidation and the evaluation of the gene expression of factors related to apoptosis (Bax, caspase 3, 8 and 9). It was observed that only group D improved motor function with significant difference after seven days evaluation by BBB test (p<0,05). Values for hematological and biochemistry profiles were within the reference intervals in all groups, with the exception of urea values that were higher in all animals. There was no statistical difference between the values of quantification of reactive oxygen species, lipid peroxidation and gene expression of related factors to apoptosis. It was conclude that dantrolene promoted motor recovery. There was not effect of pharmacological addition on the association MVIIC and dantrolene.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRato como animal de laboratórioMedicamentos AdministraçãoLesão medularApoptoseTraumatismos da medula espinhalperoxidação lipídicaespécies reativas de oxigênioLesão medularConus magusapoptoseinfluxo de cálcioÔmega-conotoxina MVIIC e/ou dantrolene no trauma medular agudo de ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALflaviani_em_lia_dos_santos.pdfapplication/pdf2153029https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-BATH8C/1/flaviani_em_lia_dos_santos.pdf4d2b27a96ea0c9512c952d829957a607MD51TEXTflaviani_em_lia_dos_santos.pdf.txtflaviani_em_lia_dos_santos.pdf.txtExtracted texttext/plain165385https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-BATH8C/2/flaviani_em_lia_dos_santos.pdf.txtb954a04bb0c43a4cd63cf8912d18257fMD521843/SMOC-BATH8C2019-11-14 08:58:16.461oai:repositorio.ufmg.br:1843/SMOC-BATH8CRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:58:16Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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