Esporte e poder: uma perspectiva geopolítica contemporânea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/76632 |
Resumo: | O lobby para a obtenção do direito de sediar os megaeventos sem-pre esteve repleto de proposições inerentes às agendas políticas em amál-gama ao campo esportivo (Bourdieu, 1994; 1998). Destaca-se o período da Guerra Fria (1947-1991) e seus inúmeros boicotes olímpicos3, bem como as escolhas controvérsias recentes das sedes dos Jogos Olímpicos ( JO) de Verão e Inverno e da Copa do Mundo (CM) de Futebol Masculino FIFA (Castilho; Marchi Jr., 2021; Castilho, 2016; Gounot, 2008). Deste ponto de vista, os argumentos de Pascal Boniface4 (2016; 2017), atual diretor do Instituto de Relações Internacionais e Estratégias de Paris (IRIS-France), têm permitido evidenciar esta conivência de interesses e, concomitan-temente, esquadrilhar o desporto como um mecanismo de poder, uma espécie de promotor de uma nova ordem mundial. Na esteira dessas aná-lises teóricas, já perceptível no título do livro em questão “Géopolitique du sport: une autre explication du monde”5 , Jean-Baptiste Guégan nos evoca es-pontaneamente o “Atlas du sport mondial”6 de Loïc Ravenel, Pascal Gillon e Frédéric Grosjean, que constitui o verdadeiro primórdio ilustrado, de-vidamente cartografado, da relação entre fronteiras – ou para além de-las – do campo esportivo mundial. A complementariedade entre as duas obras é óbvia, notadamente no que diz respeito às conexões do desporto com outros ramos da sociedade, tais como: economia, cultura, política, diplomacia ou mesmo religião. Destarte, pode-se afirmar que o esporte transcende a mera competição, superando a dicotomia entre vitória e der-rota. Em sua qualidade de domínio específico, o esporte representa uma microcosmia da sociedade, exibindo singularidades, desafios e triunfos próprios. Ele se enraíza profundamente no tecido social e reflete sua di-nâmica intrínseca. |
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