Parentalidade na perda gestacional : o tempo de luto para o retorno às atividades profissionais - aspectos emocionais e legais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Glaucia Maria Moreira Galvão
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/43440
https://orcid.org/0000-0002-0821-0147
Resumo: O repouso remunerado de mulheres, pautado pela lei brasileira, após perda gestacional menor que 22 semanas é de apenas duas semanas. Com relação ao pai, inexiste licença trabalhista nesta situação, acentuando uma desigualdade de gênero. Através de entrevistas semiestruturadas propõe-se verificar as condições emocionais das mães e suas vivências, para retorno as atividades profissionais pós-perda gestacional espontânea. As condições emocionais dos pais para manter a rotina de trabalho, sob a ótica de suas companheiras, foi também objeto de investigação, além de conhecer a dor paterna pelos relatos de alguns pais presentes nas entrevistas. Utilizou-se perguntas norteadoras para verificar percepções do momento que estavam vivendo, sobre adaptação à rotina de vida e sobre o luto e qualidade do exercício profissional. Originou-se oito categorizações, a partir dos núcleos de sentido das entrevistas: sintomas do luto; tempo de retorno ao trabalho e rotina; não reconhecimento do luto pela sociedade; luto e espiritualidade; relação cuidador (hospital)/paciente; dor paterna; querer alguém consigo; quem é este bebê. O retorno das mães enlutadas ao trabalho e o amparo na religião foram estratégias de elaboração do luto (terapia laboral) e de enfrentamento. Nas entrevistas, foram evidenciados os sentimentos: sensação de perda de controle da própria vida, quebra de sonhos, sentimento de incompletude, culpa e derrota pessoal. Sentimentos de menos valia como mulher em relação a visão do feminino pela sociedade. Evidenciouse uma vulnerabilidade trabalhista, com necessidade de assistir o pai, na perda gestacional, dor não reconhecida e não amparada legalmente. Para as mulheres a perda não foi só do bebê, evidenciou-se perdas subjetivas, perda de identidade, ideal, erotismo e do papel da mulher. A relação da mulher com ela mesma, com outra mulher, a maternidade, com o ideal, dentre outras, são temas significativos levando a abrir espaço para mais investigação na abordagem do luto gestacional.
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As condições emocionais dos pais para manter a rotina de trabalho, sob a ótica de suas companheiras, foi também objeto de investigação, além de conhecer a dor paterna pelos relatos de alguns pais presentes nas entrevistas. Utilizou-se perguntas norteadoras para verificar percepções do momento que estavam vivendo, sobre adaptação à rotina de vida e sobre o luto e qualidade do exercício profissional. Originou-se oito categorizações, a partir dos núcleos de sentido das entrevistas: sintomas do luto; tempo de retorno ao trabalho e rotina; não reconhecimento do luto pela sociedade; luto e espiritualidade; relação cuidador (hospital)/paciente; dor paterna; querer alguém consigo; quem é este bebê. O retorno das mães enlutadas ao trabalho e o amparo na religião foram estratégias de elaboração do luto (terapia laboral) e de enfrentamento. Nas entrevistas, foram evidenciados os sentimentos: sensação de perda de controle da própria vida, quebra de sonhos, sentimento de incompletude, culpa e derrota pessoal. Sentimentos de menos valia como mulher em relação a visão do feminino pela sociedade. Evidenciouse uma vulnerabilidade trabalhista, com necessidade de assistir o pai, na perda gestacional, dor não reconhecida e não amparada legalmente. Para as mulheres a perda não foi só do bebê, evidenciou-se perdas subjetivas, perda de identidade, ideal, erotismo e do papel da mulher. A relação da mulher com ela mesma, com outra mulher, a maternidade, com o ideal, dentre outras, são temas significativos levando a abrir espaço para mais investigação na abordagem do luto gestacional.The paid rest for women, according to Brazilian law, related to cases of gestational loss with less than 22 weeks, is it equivalent to two weeks. Regarding the father, we have no labor license in this situation, which accentuates gender inequality. With the use of semi-structured interviews, this work addresses the emotional conditions of mothers and their experiences, evaluating if they can return to professional activities after spontaneous pregnancy loss. The father’s emotional conditions to maintain their usual work routine, seen from the eyes of their partners was also an object of investigation. Some fathers also gave testimonies expressing their grief during the process. Guiding questions were used to verify their perception on the moment they went through. These questions were related to their adaptation of routine, their mourning, and the quality of their own professional practice. After analysing the testimonies and their respective meanings, eight categorizations emerged: symptoms of grief; time to return to work and routine; non-recognition of mourning by society; grief and spirituality; caregiver (hospital) / patient relationship; paternal pain; the need of wanting someone with you; Who is this baby. Some of the strategies bereaved mothers used in order to cope, were seeking support in religion and in work. During the interviews, some feelings were highlighted: loss of control over one’s life; shattered dreams; feeling of incompleteness; guilt and personal defeat; and feelings of being considered “less of a Woman” by society’s eyes. A labor vulnerability was shed to light, with regard of assisting the fathers in their grief during the gestational loss, a pain that is neither recognized nor legally supported. For women, the loss was not only of their babies, there was also subjective loss, loss of identity, loss of ideal, eroticism and their role as women. The women’s resolution towards themselves, to other women, motherhood, the ideal of a woman, among others, are significant themes, that lead the opening for a space of further investigation in how to approach and deal with gestational mourning.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do AdolescenteUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINALicença ParentalMorte FetalAborto Espontâneo/psicologiaLutoAdaptação PsicológicaSaúde da MulherLicença parentalLutoÓbito fetalSaúde do trabalhadorAborto espontâneoParentalidade na perda gestacional : o tempo de luto para o retorno às atividades profissionais - aspectos emocionais e legaisGestational loss: emotional and legal aspectsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALGMMGalvão (para Repositório UFMG).pdfGMMGalvão (para Repositório UFMG).pdfapplication/pdf12593355https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43440/1/GMMGalv%c3%a3o%20%28para%20Reposit%c3%b3rio%20UFMG%29.pdffe5c07e47398c8733a97f85810c586beMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43440/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/434402022-07-20 07:50:36.639oai:repositorio.ufmg.br:1843/43440TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-20T10:50:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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