Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/48113 https://orcid.org/0000-0002-5048-4395 |
Resumo: | Esta pesquisa almejou compreender de que maneira os blocos formados exclusivamente por mulheres se organizam e ocupam os espaços do carnaval para reivindicá-lo como um espaço de luta feminista. O estudo justifica-se pelo fato de o carnaval ser uma das festas mais expoentes do Brasil, reconhecido e visitado pelos públicos nacional e internacional, denotando a potência aglutinadora e a capacidade de comportar os diferentes sujeitos em suas singularidades. Além disso, o carnaval de Belo Horizonte é um dos que mais cresce no Brasil, inserindo-se no contexto dos carnavais brasileiros onde a tendência de politização da festa é recorrente. Assim, diversos blocos têm apresentado bandeiras de lutas sociais, com expoente repercussão na atualidade, a exemplo da inserção dos movimentos feministas dentro dessa festa, presente em várias cidades. Em Belo Horizonte existe um cortejo específico composto por blocos formados exclusivamente por mulheres, o "Carnaval das Mina", objeto desta investigação. Os objetivos foram: a) compreender de que maneira os blocos formados exclusivamente por mulheres ocupam o espaço do carnaval em Belo Horizonte, b) discutir a importância deste espaço exclusivo dentro da festa, assim como os enfrentamentos e as dificuldades por elas encontradas nesse processo, e c) investigar, na percepção dessas mulheres, se a luta feminista pode ser concretizada no carnaval, verificando o modo como elas organizam ações afirmativas e de empoderamento, no decorrer da festa e ao longo do ano. Empregou-se uma metodologia qualitativa, buscando compreender e analisar os dados a partir da perspectiva dos participantes dentro de sua diversidade, em diálogo com os feminismos. A metodologia foi dividida em três etapas: levantamento bibliográfico, realização de entrevistas com representantes dos blocos estudados e análise de conteúdo de Bardin (2010), com o aporte do software MAXQDA 2020. Os principais resultados evidenciaram que primeiramente, essas mulheres se colocam na festa a partir da politização de seus corpos em um movimento de resistência contra o sexismo, ocupando a festa carnavalesca com a temática dos feminismos; a partir disso esses blocos se configuram como grandes coletivos que auxiliam na formação política das mulheres que os compõem, criando um espaço/tempo onde diversos aspectos da vida social são discutidos e problematizados e dessa forma, os blocos se organizam como uma grande rede de apoio mútuo; por fim, foi possível verificar que os blocos aqui pesquisados desenvolvem diversas ações durante o carnaval e ao longo do ano que catalisam os processos de empoderamento dessas mulheres. |
id |
UFMG_28a788b3006f8fcba12539804961d7f9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/48113 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Christianne Luce Gomeshttp://lattes.cnpq.br/3397229266029271Ana Cláudia Porfírio CoutoAdriana Gonçalves QueirozMarie Luce TavaresSheylazarth Presciliana Ribeirohttp://lattes.cnpq.br/1737024182550416Poliana Gonzaga Rocha2022-12-16T13:56:11Z2022-12-16T13:56:11Z2022-08-26http://hdl.handle.net/1843/48113https://orcid.org/0000-0002-5048-4395Esta pesquisa almejou compreender de que maneira os blocos formados exclusivamente por mulheres se organizam e ocupam os espaços do carnaval para reivindicá-lo como um espaço de luta feminista. O estudo justifica-se pelo fato de o carnaval ser uma das festas mais expoentes do Brasil, reconhecido e visitado pelos públicos nacional e internacional, denotando a potência aglutinadora e a capacidade de comportar os diferentes sujeitos em suas singularidades. Além disso, o carnaval de Belo Horizonte é um dos que mais cresce no Brasil, inserindo-se no contexto dos carnavais brasileiros onde a tendência de politização da festa é recorrente. Assim, diversos blocos têm apresentado bandeiras de lutas sociais, com expoente repercussão na atualidade, a exemplo da inserção dos movimentos feministas dentro dessa festa, presente em várias cidades. Em Belo Horizonte existe um cortejo específico composto por blocos formados exclusivamente por mulheres, o "Carnaval das Mina", objeto desta investigação. Os objetivos foram: a) compreender de que maneira os blocos formados exclusivamente por mulheres ocupam o espaço do carnaval em Belo Horizonte, b) discutir a importância deste espaço exclusivo dentro da festa, assim como os enfrentamentos e as dificuldades por elas encontradas nesse processo, e c) investigar, na percepção dessas mulheres, se a luta feminista pode ser concretizada no carnaval, verificando o modo como elas organizam ações afirmativas e de empoderamento, no decorrer da festa e ao longo do ano. Empregou-se uma metodologia qualitativa, buscando compreender e analisar os dados a partir da perspectiva dos participantes dentro de sua diversidade, em diálogo com os feminismos. A metodologia foi dividida em três etapas: levantamento bibliográfico, realização de entrevistas com representantes dos blocos estudados e análise de conteúdo de Bardin (2010), com o aporte do software MAXQDA 2020. Os principais resultados evidenciaram que primeiramente, essas mulheres se colocam na festa a partir da politização de seus corpos em um movimento de resistência contra o sexismo, ocupando a festa carnavalesca com a temática dos feminismos; a partir disso esses blocos se configuram como grandes coletivos que auxiliam na formação política das mulheres que os compõem, criando um espaço/tempo onde diversos aspectos da vida social são discutidos e problematizados e dessa forma, os blocos se organizam como uma grande rede de apoio mútuo; por fim, foi possível verificar que os blocos aqui pesquisados desenvolvem diversas ações durante o carnaval e ao longo do ano que catalisam os processos de empoderamento dessas mulheres.This research aimed to understand how the groups formed exclusively by women organize and occupy the spaces of the carnival to claim it as a space for feminist struggle. The study is justified by the fact that Carnival is one of the most prominent parties in Brazil, recognized and visited by national and international audiences, denoting the unifying power and the ability to accommodate the different subjects in their singularities. In addition, Belo Horizonte's carnival is one of the fastest growing in Brazil, being part of the context of Brazilian carnivals where the tendency to politicize the party is recurrent. Thus, several blocks have presented banners of social struggles, with significant repercussions today, such as the insertion of feminist movements within this party, present in several cities. In Belo Horizonte, there is a specific procession composed of blocks formed exclusively by women, the "Carnaval das Mina", object of this investigation. The objectives were: a) to understand how blocks formed exclusively by women occupy the space of carnival in Belo Horizonte, b) to discuss the importance of this exclusive space within the party, as well as the confrontations and difficulties they encountered in this process, and c) investigate, in the perception of these women, whether the feminist struggle can be carried out at Carnival, verifying the way in which they organize affirmative and empowering actions, during the party and throughout the year. A qualitative methodology was used, seeking to understand and analyze the data from the perspective of the participants within their diversity, in dialogue with feminisms. The methodology was divided into three stages: bibliographic survey, interviews with representatives of the studied blocks and content analysis by Bardin (2010), with the contribution of the MAXQDA 2020 software. The main results showed that, first, these women put themselves at the party from the politicization of their bodies in a movement of resistance against sexism, occupying the carnival party with the theme of feminisms; From this, these blocks are configured as large collectives that help in the political formation of the women who compose them, creating a space/time where various aspects of social life are discussed and problematized and in this way, the blocks are organized as a large support network. mutual; Finally, it was possible to verify that the blocks researched here develop several actions during the carnival and throughout the year that catalyze the empowerment processes of these women.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos do LazerUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALLazerMulheresCarnavalCultura popularFeminismoCarnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCarnaval das Mina_resistencia feminista no carnaval de BH_Tese Final.pdfCarnaval das Mina_resistencia feminista no carnaval de BH_Tese Final.pdfapplication/pdf1844243https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48113/1/Carnaval%20das%20Mina_resistencia%20feminista%20no%20carnaval%20de%20BH_Tese%20Final.pdf6d35f8580b45e186e49f88c2045747caMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48113/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/481132022-12-16 10:56:11.894oai:repositorio.ufmg.br:1843/48113TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-12-16T13:56:11Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
title |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
spellingShingle |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte Poliana Gonzaga Rocha Carnaval Cultura popular Feminismo Lazer Mulheres |
title_short |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
title_full |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
title_fullStr |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
title_full_unstemmed |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
title_sort |
Carnaval das "mina": resistência feminista no carnaval de Belo Horizonte |
author |
Poliana Gonzaga Rocha |
author_facet |
Poliana Gonzaga Rocha |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Christianne Luce Gomes |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3397229266029271 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Ana Cláudia Porfírio Couto |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Adriana Gonçalves Queiroz |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Marie Luce Tavares |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Sheylazarth Presciliana Ribeiro |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1737024182550416 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Poliana Gonzaga Rocha |
contributor_str_mv |
Christianne Luce Gomes Ana Cláudia Porfírio Couto Adriana Gonçalves Queiroz Marie Luce Tavares Sheylazarth Presciliana Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Carnaval Cultura popular Feminismo |
topic |
Carnaval Cultura popular Feminismo Lazer Mulheres |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Lazer Mulheres |
description |
Esta pesquisa almejou compreender de que maneira os blocos formados exclusivamente por mulheres se organizam e ocupam os espaços do carnaval para reivindicá-lo como um espaço de luta feminista. O estudo justifica-se pelo fato de o carnaval ser uma das festas mais expoentes do Brasil, reconhecido e visitado pelos públicos nacional e internacional, denotando a potência aglutinadora e a capacidade de comportar os diferentes sujeitos em suas singularidades. Além disso, o carnaval de Belo Horizonte é um dos que mais cresce no Brasil, inserindo-se no contexto dos carnavais brasileiros onde a tendência de politização da festa é recorrente. Assim, diversos blocos têm apresentado bandeiras de lutas sociais, com expoente repercussão na atualidade, a exemplo da inserção dos movimentos feministas dentro dessa festa, presente em várias cidades. Em Belo Horizonte existe um cortejo específico composto por blocos formados exclusivamente por mulheres, o "Carnaval das Mina", objeto desta investigação. Os objetivos foram: a) compreender de que maneira os blocos formados exclusivamente por mulheres ocupam o espaço do carnaval em Belo Horizonte, b) discutir a importância deste espaço exclusivo dentro da festa, assim como os enfrentamentos e as dificuldades por elas encontradas nesse processo, e c) investigar, na percepção dessas mulheres, se a luta feminista pode ser concretizada no carnaval, verificando o modo como elas organizam ações afirmativas e de empoderamento, no decorrer da festa e ao longo do ano. Empregou-se uma metodologia qualitativa, buscando compreender e analisar os dados a partir da perspectiva dos participantes dentro de sua diversidade, em diálogo com os feminismos. A metodologia foi dividida em três etapas: levantamento bibliográfico, realização de entrevistas com representantes dos blocos estudados e análise de conteúdo de Bardin (2010), com o aporte do software MAXQDA 2020. Os principais resultados evidenciaram que primeiramente, essas mulheres se colocam na festa a partir da politização de seus corpos em um movimento de resistência contra o sexismo, ocupando a festa carnavalesca com a temática dos feminismos; a partir disso esses blocos se configuram como grandes coletivos que auxiliam na formação política das mulheres que os compõem, criando um espaço/tempo onde diversos aspectos da vida social são discutidos e problematizados e dessa forma, os blocos se organizam como uma grande rede de apoio mútuo; por fim, foi possível verificar que os blocos aqui pesquisados desenvolvem diversas ações durante o carnaval e ao longo do ano que catalisam os processos de empoderamento dessas mulheres. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-12-16T13:56:11Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-12-16T13:56:11Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-08-26 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/48113 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0002-5048-4395 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/48113 https://orcid.org/0000-0002-5048-4395 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Estudos do Lazer |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48113/1/Carnaval%20das%20Mina_resistencia%20feminista%20no%20carnaval%20de%20BH_Tese%20Final.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48113/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6d35f8580b45e186e49f88c2045747ca cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589369128288256 |