Geomorfologia como base de análise ambiental integrada para o planejamento municipal: estudo de caso de Itabirito-MG

• Autor(a) principal: Paula Márcia Brasil Garcia
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/44619
• topic: Geotecnologias; Geomorfologia; Planejamento Territorial; Geomorfologia - Itabirito (MG); Planejamento regional – Itabirito (MG); Geotecnologia ambiental

O crescimento sem planejamento adequado das cidades pode acarretar áreas potencialmente de risco a movimentos de massa e à erosão acelerada, além de vários níveis de problemas, como vem acontecendo em porções consideráveis de áreas urbanas do mundo subdesenvolvido e em desenvolvimento. Isto sugere que a questão ambiental não recebe a devida atenção nos vários tipos e níveis de planejamentos territoriais. O município de Itabirito se insere nesta perspectiva. Localizado na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte – MG integra junto com outros três municípios, Mariana, Diogo de Vasconcelos e Ouro Preto, a Microrregião de Ouro Preto. O objetivo do presente trabalho é apresentar abordagens a partir de análises ambientais, tendo como enfoque a geomorfologia, aliadas às geotecnologias para orientar e subsidiar o desenvolvimento de Planos Diretores e de outros instrumentos de planejamento territorial. As análises geomorfológicas permitiram compreender alguns dos efeitos e respostas do meio físico decorrentes do processo de urbanização do município, processo este no qual as variáveis ambientais não foram adequadamente consideradas. Foi possível observar em vários locais que, aliado as condições naturais de suscetibilidade, a ação antropogenênica vem alterando a dinâmica natural da área de estudo, contribuindo para a intensificação dos processos de vertentes (escoamento concentrado), levando à erosão acelerada e afetando a dinâmica fluvial. As técnicas de análise de multicritérios foram utilizadas para análise do zoneamento municipal no que tange a áreas de expansão urbana e identificação dos vetores de crescimento. A partir da identificação dos locais aptos para ocupação do ponto de vista geomorfológico e ambiental, foi possível proceder com a análise das zonas bem como suas diretrizes de uso e ocupação, uma vez que, locais apontados como de baixa aptidão pra ocupação, se referem que, uma vez ocupados, passam a oferecer riscos tanto para a vida, como para o meio ambiente em geral, também elevando as possibilidades de perdas materiais, relacionadas às construções civis.