Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Shirlene Aparecida da Rocha
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/51312
https://orcid.org/0000-0002-7171-3951
Resumo: Considerando os diferentes níveis da linguagem, o léxico é o meio mais confiável de revelar a cultura de uma sociedade. Reflete a maneira como a comunidade vê o mundo, tanto fisicamente por meio de palavras, que refletem sua visão do ambiente, quanto psicologicamente por meio de termos que representam suas crenças, costumes, desejos e assim por diante. O objetivo deste estudo foi descrever o léxico toponímico do Médio Vale do Jequitinhonha, que fica a nordeste de Minas Gerais, numa área coberta por catingas, cerrados e mata atlântica distribuídos por montanhas, chapadões e grandes vales abertos, situados na maior parte no domínio do Semiárido. Os nomes de comunidades rurais, distritos, fazendas, aldeia, rios, córregos, ribeirões, barragem, cachoeiras e serras constituíram o corpus para investigar como a relação entre língua e cultura é representada no campo toponímico. Como aporte teórico, foram utilizados trabalhos do campo da Lexicologia, cujos principais autores são Sapir (1969), Ullmann (1974), Biderman (1981, 1998, 2001), Dauzat (1926), Stewart (1954), Dick (1986, 1990 a 1990b, 1996), Seabra (2004, 2008, 2010, 2015), Isquerdo (1996, 1998, 2012, 2019), Castro (2018), Carvalhinhos (2007, 2009) Amaral (2013, 2020) e Duranti (2000). Para tanto, delimitamos a área geográfica designada pelo IBGE em 2017 como Região Geográfica Imediata de Araçuaí, que inclui os municípios de Araçuaí, Berilo, Coronel Murta, Francisco Badaró, Itinga, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas e Virgem da Lapa. Os 252 topônimos analisados foram coletados por meio de 24 entrevistas semiestruturadas, três em cada município da área de pesquisa, além da utilização de mapas geográficos e documentos oficiais fornecidos pelos respectivos municípios. Os resultados apontaram uma toponímia conservadora, em que apenas 5,15% de topônimos sofreram mudança por substituição. Em relação à origem, prevaleceram os topônimos de origem portuguesa com 80%, os de origem indígena somaram 16%, de origem africana totalizaram 2% e os demais correspondem a 2%. Sobre a estrutura morfológica, houve uma leve predominância dos topônimos de estrutura simples com 54% em relação aos topônimos compostos que somaram 46%. As 05 taxes mais recorrentes foram os hidrotopônimos (22%); os fitotopônimos (22%); os hierotopônimos (12%); os antropotopônimos (11%) e os geomorfotopônimos (9%). A análise dos dados mostrou que nomes de lugares no Médio Jequitinhonha, como em outras regiões, são criados, recriados, adaptados ou modificados dependendo do contexto em que foram inseridos em determinado período, refletindo aspectos históricos e socioculturais de uma região.
id UFMG_29594e2e75556684e90e76970da95eea
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/51312
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria Antonieta Amarante de Mendonça Cohenhttp://lattes.cnpq.br/5840419220894101Maria Cândida Trindade Costa de SeabraEduardo Tadeu Roque AmaralAna Paula Mendes Alves de CarvalhoElaine Chaveshttp://lattes.cnpq.br/5605716752196635Shirlene Aparecida da Rocha2023-03-29T13:34:59Z2023-03-29T13:34:59Z2023-02-27http://hdl.handle.net/1843/51312https://orcid.org/0000-0002-7171-3951Considerando os diferentes níveis da linguagem, o léxico é o meio mais confiável de revelar a cultura de uma sociedade. Reflete a maneira como a comunidade vê o mundo, tanto fisicamente por meio de palavras, que refletem sua visão do ambiente, quanto psicologicamente por meio de termos que representam suas crenças, costumes, desejos e assim por diante. O objetivo deste estudo foi descrever o léxico toponímico do Médio Vale do Jequitinhonha, que fica a nordeste de Minas Gerais, numa área coberta por catingas, cerrados e mata atlântica distribuídos por montanhas, chapadões e grandes vales abertos, situados na maior parte no domínio do Semiárido. Os nomes de comunidades rurais, distritos, fazendas, aldeia, rios, córregos, ribeirões, barragem, cachoeiras e serras constituíram o corpus para investigar como a relação entre língua e cultura é representada no campo toponímico. Como aporte teórico, foram utilizados trabalhos do campo da Lexicologia, cujos principais autores são Sapir (1969), Ullmann (1974), Biderman (1981, 1998, 2001), Dauzat (1926), Stewart (1954), Dick (1986, 1990 a 1990b, 1996), Seabra (2004, 2008, 2010, 2015), Isquerdo (1996, 1998, 2012, 2019), Castro (2018), Carvalhinhos (2007, 2009) Amaral (2013, 2020) e Duranti (2000). Para tanto, delimitamos a área geográfica designada pelo IBGE em 2017 como Região Geográfica Imediata de Araçuaí, que inclui os municípios de Araçuaí, Berilo, Coronel Murta, Francisco Badaró, Itinga, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas e Virgem da Lapa. Os 252 topônimos analisados foram coletados por meio de 24 entrevistas semiestruturadas, três em cada município da área de pesquisa, além da utilização de mapas geográficos e documentos oficiais fornecidos pelos respectivos municípios. Os resultados apontaram uma toponímia conservadora, em que apenas 5,15% de topônimos sofreram mudança por substituição. Em relação à origem, prevaleceram os topônimos de origem portuguesa com 80%, os de origem indígena somaram 16%, de origem africana totalizaram 2% e os demais correspondem a 2%. Sobre a estrutura morfológica, houve uma leve predominância dos topônimos de estrutura simples com 54% em relação aos topônimos compostos que somaram 46%. As 05 taxes mais recorrentes foram os hidrotopônimos (22%); os fitotopônimos (22%); os hierotopônimos (12%); os antropotopônimos (11%) e os geomorfotopônimos (9%). A análise dos dados mostrou que nomes de lugares no Médio Jequitinhonha, como em outras regiões, são criados, recriados, adaptados ou modificados dependendo do contexto em que foram inseridos em determinado período, refletindo aspectos históricos e socioculturais de uma região.Considering the different levels of language, the lexicon is the most reliable means of revealing the culture of a society. It reflects the way the community sees the world, both physically, through words that reflect its view of the environment, and psychologically, through terms that represent its beliefs, customs, desires, and so on. The objective of this study was to describe the toponymic lexicon of the Middle Jequitinhonha Valley, which is located in the northeast of Minas Gerais, in an area covered by caatingas, cerrados and Atlantic forest spread over mountains, tablelands and large open valleys, situated mostly in the domain of the Semiarid Region. The names of rural communities, districts, farms, villages, rivers, streams, brooks, dams, waterfalls, and mountain ranges constituted the corpus to investigate how the relationship between language and culture is represented in the toponymic field. As a theoretical contribution, works from the field of Lexicology were used, whose main authors are Sapir (1969), Ullmann (1974), Biderman (1981, 1998, 2001), Dauzat (1926), Stewart (1954), Dick (1986, 1990 to 1990b, 1996), Seabra (2004, 2008, 2010, 2015), Isquerdo (1996, 1998, 2012, 2019), Castro (2018), Carvalhinhos (2007, 2009) Amaral (2013, 2020), and Duranti (2000). To this end, we delimited the geographical area designated by the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) in 2017 as the Immediate Geographic Region of Araçuaí, which includes the municipalities of Araçuaí, Berilo, Coronel Murta, Francisco Badaró, Itinga, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, and Virgem da Lapa. The 252 toponyms analyzed were collected through 24 semi-structured interviews, three in each municipality within the research area, in addition to the use of geographic maps and official documents provided by the respective municipalities. The results showed a conservative toponymy, in which only 5.15% of the toponyms underwent changes by substitution. Regarding origin, toponyms of Portuguese origin prevailed with 80%, those of indigenous origin totaled 16%, those of African origin accounted for 2%, and the others corresponded to 2%. As for the morphological structure, there was a slight predominance of toponyms with a simple structure, with 54%, in relation to compound toponyms, which added up to 46%. The five most recurrent taxa were hydrotoponyms (22%), phytotoponyms (22%), hierotoponyms (12%), anthropotoponyms (11%), and geomorphotoponyms (9%). Data analysis showed that place names in the Middle Jequitinhonha, as in other regions, are created, recreated, adapted or modified depending on the context in which they were inserted in a given period, reflecting historical and sociocultural aspects of a region.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – Variação – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)Língua portuguesa – Regionalismos – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)ToponímiaOnomásticaLexicologiaSociolinguísticaLinguagem e culturaLéxico toponímicoCulturaMédio JequitinhonhaLéxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturaisToponymic lexicon of the Middle Jequitinhonha-MG: reflection of historical and sociocultural aspects.Léxico toponímico del Medio Jequitinhonha-MG: reflejo de aspectos históricos y socioculturales.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALLÉXICO TOPONÍMICO DO MÉDIO JEQUITINHONHA-MG reflexo de aspectos históricos e socioculturais.pdfLÉXICO TOPONÍMICO DO MÉDIO JEQUITINHONHA-MG reflexo de aspectos históricos e socioculturais.pdfapplication/pdf8157735https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51312/1/L%c3%89XICO%20TOPON%c3%8dMICO%20DO%20M%c3%89DIO%20JEQUITINHONHA-MG%20%20%20%20reflexo%20de%20aspectos%20hist%c3%b3ricos%20e%20socioculturais.pdfaf10f846e235a5a98c532f03bdacb707MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51312/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/513122023-03-29 10:34:59.638oai:repositorio.ufmg.br:1843/51312TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-03-29T13:34:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Toponymic lexicon of the Middle Jequitinhonha-MG: reflection of historical and sociocultural aspects.
Léxico toponímico del Medio Jequitinhonha-MG: reflejo de aspectos históricos y socioculturales.
title Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
spellingShingle Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
Shirlene Aparecida da Rocha
Léxico toponímico
Cultura
Médio Jequitinhonha
Língua portuguesa – Variação – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)
Língua portuguesa – Regionalismos – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)
Toponímia
Onomástica
Lexicologia
Sociolinguística
Linguagem e cultura
title_short Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
title_full Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
title_fullStr Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
title_full_unstemmed Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
title_sort Léxico toponímico do Médio Jequitinhonha-MG: reflexo de aspectos históricos e socioculturais
author Shirlene Aparecida da Rocha
author_facet Shirlene Aparecida da Rocha
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Antonieta Amarante de Mendonça Cohen
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5840419220894101
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Maria Cândida Trindade Costa de Seabra
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Eduardo Tadeu Roque Amaral
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ana Paula Mendes Alves de Carvalho
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Elaine Chaves
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5605716752196635
dc.contributor.author.fl_str_mv Shirlene Aparecida da Rocha
contributor_str_mv Maria Antonieta Amarante de Mendonça Cohen
Maria Cândida Trindade Costa de Seabra
Eduardo Tadeu Roque Amaral
Ana Paula Mendes Alves de Carvalho
Elaine Chaves
dc.subject.por.fl_str_mv Léxico toponímico
Cultura
Médio Jequitinhonha
topic Léxico toponímico
Cultura
Médio Jequitinhonha
Língua portuguesa – Variação – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)
Língua portuguesa – Regionalismos – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)
Toponímia
Onomástica
Lexicologia
Sociolinguística
Linguagem e cultura
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Língua portuguesa – Variação – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)
Língua portuguesa – Regionalismos – Jequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)
Toponímia
Onomástica
Lexicologia
Sociolinguística
Linguagem e cultura
description Considerando os diferentes níveis da linguagem, o léxico é o meio mais confiável de revelar a cultura de uma sociedade. Reflete a maneira como a comunidade vê o mundo, tanto fisicamente por meio de palavras, que refletem sua visão do ambiente, quanto psicologicamente por meio de termos que representam suas crenças, costumes, desejos e assim por diante. O objetivo deste estudo foi descrever o léxico toponímico do Médio Vale do Jequitinhonha, que fica a nordeste de Minas Gerais, numa área coberta por catingas, cerrados e mata atlântica distribuídos por montanhas, chapadões e grandes vales abertos, situados na maior parte no domínio do Semiárido. Os nomes de comunidades rurais, distritos, fazendas, aldeia, rios, córregos, ribeirões, barragem, cachoeiras e serras constituíram o corpus para investigar como a relação entre língua e cultura é representada no campo toponímico. Como aporte teórico, foram utilizados trabalhos do campo da Lexicologia, cujos principais autores são Sapir (1969), Ullmann (1974), Biderman (1981, 1998, 2001), Dauzat (1926), Stewart (1954), Dick (1986, 1990 a 1990b, 1996), Seabra (2004, 2008, 2010, 2015), Isquerdo (1996, 1998, 2012, 2019), Castro (2018), Carvalhinhos (2007, 2009) Amaral (2013, 2020) e Duranti (2000). Para tanto, delimitamos a área geográfica designada pelo IBGE em 2017 como Região Geográfica Imediata de Araçuaí, que inclui os municípios de Araçuaí, Berilo, Coronel Murta, Francisco Badaró, Itinga, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas e Virgem da Lapa. Os 252 topônimos analisados foram coletados por meio de 24 entrevistas semiestruturadas, três em cada município da área de pesquisa, além da utilização de mapas geográficos e documentos oficiais fornecidos pelos respectivos municípios. Os resultados apontaram uma toponímia conservadora, em que apenas 5,15% de topônimos sofreram mudança por substituição. Em relação à origem, prevaleceram os topônimos de origem portuguesa com 80%, os de origem indígena somaram 16%, de origem africana totalizaram 2% e os demais correspondem a 2%. Sobre a estrutura morfológica, houve uma leve predominância dos topônimos de estrutura simples com 54% em relação aos topônimos compostos que somaram 46%. As 05 taxes mais recorrentes foram os hidrotopônimos (22%); os fitotopônimos (22%); os hierotopônimos (12%); os antropotopônimos (11%) e os geomorfotopônimos (9%). A análise dos dados mostrou que nomes de lugares no Médio Jequitinhonha, como em outras regiões, são criados, recriados, adaptados ou modificados dependendo do contexto em que foram inseridos em determinado período, refletindo aspectos históricos e socioculturais de uma região.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-03-29T13:34:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-03-29T13:34:59Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-02-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/51312
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-7171-3951
url http://hdl.handle.net/1843/51312
https://orcid.org/0000-0002-7171-3951
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51312/1/L%c3%89XICO%20TOPON%c3%8dMICO%20DO%20M%c3%89DIO%20JEQUITINHONHA-MG%20%20%20%20reflexo%20de%20aspectos%20hist%c3%b3ricos%20e%20socioculturais.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51312/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv af10f846e235a5a98c532f03bdacb707
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589474961063936