Performance e eficiência de fundos de investimento: uma aplicação de indicadores tradicionais e de DEA e SFA como estratégias de seleção de fundos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simone Evangelista Fonseca
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3FM8X
Resumo: A indústria de fundos de investimentos tem apresentado crescimento significativo no mercado de capitais brasileiro, tanto no montante administrado como na quantidade de fundos ofertados. A oferta expressiva de fundos no mercado conduz a questionamentos quanto a suas avaliações e às seleções por parte do investidor. Este estudo aborda a avaliação da performance e eficiência de fundos brasileiros de investimentos em ações com gestão ativa operados entre janeiro de 2000 e maio de 2017, com base na aplicação de indicadores tradicionais de performance e de técnicas não paramétricas e paramétricas de mensuração da eficiência. Apresenta-se uma análise comparativa dos resultados obtidos com base no alfa de Jensen, no índice de Sharpe generalizado, no Data Envelopment Analysis (DEA) e na Stochastic Frontier Analysis (SFA), com estimação mensal, trimestral e semestral. Esses resultados foram comparados com o coeficiente de correlação de Spearman por categoria de fundos ao mês, trimestre e semestre, sem e com uma defasagem das variáveis. Por fim, os resultados obtidos na avaliação de desempenho dos fundos foram utilizados como estratégias de seleção de fundos na estimação de portfólios por categoria, com rebalanceamento mensal, trimestral e semestral. Os portfólios foram estimados com base na performance e na eficiência, mensuradas e avaliados com base no retorno acumulado, no retorno médio, no desvio-padrão, no value at risk, no Sharpe, no alfa, no beta e no turnover com um, dois e três fundos. As carteiras com dois e três fundos foram consideradas com base na ponderação ingênua e no tamanho dos fundos. O desempenho desses portfólios estimados também foi comparado ao desempenho de portfólios clássicos identificados na literatura de estratégias de seleção de ativos no caso, Ibovespa, portfólio ingênuo (1/n) e portfólio ponderado pelo tamanho com todos os ativos. Os resultados apontaram que, em termos de retornos líquidos, volatilidade e VaR, as categorias de fundos em ações Livre, Índice Ativo e Valor e Crescimento se destacaram. Na avaliação da performance com o alfa e o índice de Sharpe, as categorias de fundos de ações Livre e Valor e Crescimento apresentaram desempenho superior. Com relação ao DEA e à SFA, as categorias menores de Sustentabilidade e Governança, Small Caps e Dividendos foram mais eficientes. Além disso, apurou-se que não há relação de convergência forte entre os indicadores. Tal como as estratégias de seleção de fundos pautadas nessas métricas, não apresentaram um consenso geral de desempenho. A alta rotatividade dos ativos nas carteiras não permitiu identificar consenso de desempenho superior exclusivo das carteiras de performance ou das carteiras de eficiência. Todavia, foram identificados desempenho superior recorrente das carteiras fundamentadas em Sharpe e DEA e elevado risco das carteiras pautadas no alfa e na SFA, sendo que as carteiras baseadas no DEA apresentaram ainda, menor risco sistêmico
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Apresenta-se uma análise comparativa dos resultados obtidos com base no alfa de Jensen, no índice de Sharpe generalizado, no Data Envelopment Analysis (DEA) e na Stochastic Frontier Analysis (SFA), com estimação mensal, trimestral e semestral. Esses resultados foram comparados com o coeficiente de correlação de Spearman por categoria de fundos ao mês, trimestre e semestre, sem e com uma defasagem das variáveis. Por fim, os resultados obtidos na avaliação de desempenho dos fundos foram utilizados como estratégias de seleção de fundos na estimação de portfólios por categoria, com rebalanceamento mensal, trimestral e semestral. Os portfólios foram estimados com base na performance e na eficiência, mensuradas e avaliados com base no retorno acumulado, no retorno médio, no desvio-padrão, no value at risk, no Sharpe, no alfa, no beta e no turnover com um, dois e três fundos. As carteiras com dois e três fundos foram consideradas com base na ponderação ingênua e no tamanho dos fundos. O desempenho desses portfólios estimados também foi comparado ao desempenho de portfólios clássicos identificados na literatura de estratégias de seleção de ativos no caso, Ibovespa, portfólio ingênuo (1/n) e portfólio ponderado pelo tamanho com todos os ativos. Os resultados apontaram que, em termos de retornos líquidos, volatilidade e VaR, as categorias de fundos em ações Livre, Índice Ativo e Valor e Crescimento se destacaram. Na avaliação da performance com o alfa e o índice de Sharpe, as categorias de fundos de ações Livre e Valor e Crescimento apresentaram desempenho superior. Com relação ao DEA e à SFA, as categorias menores de Sustentabilidade e Governança, Small Caps e Dividendos foram mais eficientes. Além disso, apurou-se que não há relação de convergência forte entre os indicadores. Tal como as estratégias de seleção de fundos pautadas nessas métricas, não apresentaram um consenso geral de desempenho. A alta rotatividade dos ativos nas carteiras não permitiu identificar consenso de desempenho superior exclusivo das carteiras de performance ou das carteiras de eficiência. Todavia, foram identificados desempenho superior recorrente das carteiras fundamentadas em Sharpe e DEA e elevado risco das carteiras pautadas no alfa e na SFA, sendo que as carteiras baseadas no DEA apresentaram ainda, menor risco sistêmicoInvestment funds are very profitable in the Brazilian capital market. The expressive offer of funds leads to questions about their valuations and selections by the investor. This study addresses an evaluation of the performance and efficiency of Brazilian investment funds with operational management between January 2000 and May 2017, based on the application of traditional performance indicators and non-parametric and parametric techniques for measuring efficiency. There is a comparative analysis of the results based on Jensen Alfa, on Sharpe generalized index, on analysis of data envelopes (DEA) and Stochastic Frontier Analysis (SFA), with monthly, quarterly and semiannual estimates. These results were compared with the Spearman correlation coefficient by fund category at a month, a quarter and a semester, with and without a lag of the variables. Finally, the results obtained in the performance evaluation of the funds that use as a fund selection strategy in the estimation of portfolio by category, with monthly, quarterly and semiannual rebalancing. Portfolios were estimated based on performance and effective, measured and evaluated based on cumulative return, on average return, on standard deviation, on value at risk, on Sharpe, alpha, beta, and turnover with one, two and three funds. Portfolios with two and three funds were considered based on naïve weighting and size of funds. The performance of the estimated portfolios was also compared to the performance of classic portfolios identified in the asset selection strategy literature, in the case of Ibovespa, naïve portfolio (1/n) and size-weighted portfolio with all assets. The results pointed out that in terms of net returns, volatility and VaR, categories of funds in free shares, Active Index and Value and Growth stood out. In the evaluation of performance with the alpha and the Sharpe index, categories of Free and Value and Growth stock funds presented superior performance. With regard to the DEA and SFA, smaller categories of Sustainability and Governance, Small Caps and Dividends were more efficient. In addition, it was found that there is no strong convergence relationship between the indicators. As with the strategy of selecting funds based on these metrics, they did not present a consensus of performance. The high turnover of the assets in the portfolios did not allow the identification of the superior performance consensus exclusive of performance charts or efficiency portfolios. However, the recurrent superior performance of the letters based on Sharpe and DEA and high risk of non-alpha and SFA portfolio were identified, with nonDEA based portfolios still presenting lower systemic riskUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGFinançasFundos de investimento AvaliaçãoAdministraçãoFundos de investimentoPortfóliosPerformanceEficiênciaPerformance e eficiência de fundos de investimento: uma aplicação de indicadores tradicionais e de DEA e SFA como estratégias de seleção de fundosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALperformance_e_eficiencia_de_fundos_de_investimento.pdfapplication/pdf2227342https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3FM8X/1/performance_e_eficiencia_de_fundos_de_investimento.pdf926742dbc61d9f0b1b8beab1fccef9ffMD51TEXTperformance_e_eficiencia_de_fundos_de_investimento.pdf.txtperformance_e_eficiencia_de_fundos_de_investimento.pdf.txtExtracted texttext/plain481050https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3FM8X/2/performance_e_eficiencia_de_fundos_de_investimento.pdf.txtdfaecc503231852b65dfc19f908a4497MD521843/BUOS-B3FM8X2019-11-14 04:08:23.969oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B3FM8XRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:08:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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