Incidência de estenoses hemodinamicamente significativas em diversos tipos de acessos para hemodiálise- estudo prospectivo

• Autor(a) principal: Rafael Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Rafaela Oliveira, Renata Gomes Severo, Guilherme Castro Santos, Tulio Pinho Navarro
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: https://doi.org/10.34117/bjdv7n4-226; http://hdl.handle.net/1843/56615; https://orcid.org/0000-0001-8134-5825
• topic: Fístula arteriovenosa; Insuficiência Renal; Procedimentos Cirúrgicos Vasculares; Procedimentos Cirúrgicos Vasculares; Insuficiência Renal; Fístula arteriovenosa

Introdução: A insuficiência renal possui alta prevalência mundial e a principal forma de tratamento é a hemodiálise[1]. As evidências atualmente preconizam a fístula arteriovenosa (FAV) como primeira escolha de acesso para hemodiálise.[2] As fístulas têm maior perviedade e taxas menores de complicações, em comparação às próteses e aos cateteres[3]. No entanto, complicações podem ocorrer sendo a estenose a principal delas, elevando a morbimortalidade. A possível associação entre a modalidade cirúrgica e a ocorrência de estenose pode fornecer um importante parâmetro prognóstico. Objetivos: Avaliar a incidência de estenoses hemodinamicamente significativas em diversas modalidades de cirurgia para confecção de FAV. Metodologia: Estudo observacional prospectivo em pacientes submetidos a confecção de fístula arteriovenosa para hemodiálise, no Hospital das Clínicas da UFMG. Os pacientes foram avaliados, com a utilização de ultrassom vascular com Doppler, em intervalos pré definidos: pós operatório imediato, 1º DPO (dia pós operatório), 7º DPO, 30º DPO e, posteriormente, de 30 em 30 dias até o 210º dia. Resultados:Trinta e um pacientes foram selecionados e submetidos a bloqueio de plexo braquial para criação de FAV. Entre as FAVs realizadas, em 22.5% utilizou-se a técnica braquiobasílica, com superficialização da veia basílica. Nos demais utilizou-se técnicas diversas, como braquiocefálica, radiocefálica, entre outras. Entre as braquiobasílicas, a taxa cumulativa de estenose foi de 71.4%. Entre as outras modalidade utilizadas, a taxa foi de 25% com valor de p de 0,0239. Esse achado é condizente com o encontrado na literatura. Ergene et al. (2020), apresentou em seu estudo que 63,6% das estenoses encontradas ocorreram na técnica de superficialização da veia basílica.[4] Conclusão: As fístulas arteriovenosas braquiobasílicas com superficialização da veia basílica apresentam maior incidência de estenoses hemodinamicamente significativas quando comparadas a outras modalidades cirúrgicas