Os espaços de memória e a morte como imagem em Cien años de soledad, de Gabriel García Márquez
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-9U3NQK |
Resumo: | Os 'espaços de memória e a morte como imagem' em 'Cien años de soledad' são o tema desta tese, que busca compreender como é representada a memória individual e a coletiva no principal romance do escritor colombiano Gabriel García Márquez, além de problematizar uma concepção que traz a morte como potência visual, naquilo que apresenta de possibilidades para se refletir sobre algumas das questões cruciais da América Latina no século XX no contexto de transição para a modernidade. Tais temáticas se fundamentam no fato de que García Márquez soube transpor para sua literatura importantes fatos históricos da Colômbia e, por extensão, de todo o continente latino-americano, valendo-se da recuperação de um vigoroso passado familiar. Soube, mesmo tempo, elaborar uma ficção que apresenta uma sólida condição artística e de posicionamento intelectual, que se expande para além do âmbito das literaturas de língua espanhola. No que diz respeito ao tema da morte, muito mais que imagens de terror e de denúncia, o escritor logrou potencializar a 'imagem literária' (na acepção de Bachelard) por meio do uso da alegoria (no sentido benjaminiano), do exagero (de linhagem bakhtiniana) e de recursos estéticos que evidenciam diferentes níveis de uma realidade que no romance potencia seus aspectos objetivo e imaginário - conforme concepção de Vargas Llosa. Nesse sentido, 'Cien años de soledad', em diálogo com algumas obras anteriores e posteriores de García Márquez, se afigura como um romance que, em um só espaço narrativo, reúne aspectos distintos, porém comunicáveis, de uma matéria que simultaneamente abarca o local e o universal, o popular e o erudito, o lendário/o mítico e o factual, o profano/grotesco e o sagrado, entre outras várias facetas constituintes da própria condição humana. Partindo desses aspectos, a tese busca analisar as diversas estratégias textuais que evidenciam a multiplicidade das imagens e seus modos de significação no interior da narrativa, tomando a memória e a morte, que são temas recorrentes em vários livros de Gabriel García Márquez, como pontos de articulação com a própria noção de 'imagem literária'. |
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Soube, mesmo tempo, elaborar uma ficção que apresenta uma sólida condição artística e de posicionamento intelectual, que se expande para além do âmbito das literaturas de língua espanhola. No que diz respeito ao tema da morte, muito mais que imagens de terror e de denúncia, o escritor logrou potencializar a 'imagem literária' (na acepção de Bachelard) por meio do uso da alegoria (no sentido benjaminiano), do exagero (de linhagem bakhtiniana) e de recursos estéticos que evidenciam diferentes níveis de uma realidade que no romance potencia seus aspectos objetivo e imaginário - conforme concepção de Vargas Llosa. Nesse sentido, 'Cien años de soledad', em diálogo com algumas obras anteriores e posteriores de García Márquez, se afigura como um romance que, em um só espaço narrativo, reúne aspectos distintos, porém comunicáveis, de uma matéria que simultaneamente abarca o local e o universal, o popular e o erudito, o lendário/o mítico e o factual, o profano/grotesco e o sagrado, entre outras várias facetas constituintes da própria condição humana. Partindo desses aspectos, a tese busca analisar as diversas estratégias textuais que evidenciam a multiplicidade das imagens e seus modos de significação no interior da narrativa, tomando a memória e a morte, que são temas recorrentes em vários livros de Gabriel García Márquez, como pontos de articulação com a própria noção de 'imagem literária'.Los 'espacios de memoria' y la 'muerte como imagen' en 'Cien años de soledad' son el tema de esta tesis, que busca comprender como es representada la memoria individual y la colectiva en la principal novela del escritor colombiano Gabriel García Márquez, además de problematizar una concepción que trae la muerte como potencia visual, en lo que presenta posibilidades para reflexionar acerca de algunas cuestiones fundamentales de América Latina en el siglo XX en el contexto de transición para la modernidad. Estos temas se fundamentan en el hecho de que García Márquez supo transponer para su literatura importantes hechos históricos de Colombia y, como consecuencia, de todo el continente americano, tomando como inspiración la recuperación de un vigoroso pasado familiar. Supo, a la vez, elaborar una ficción que presenta una consistente condición artística y de posicionamiento intelectual, que va más allá del ámbito de las literaturas de lengua española. En lo que dice respeto a la temática de la muerte, más que imágenes de terror y de denuncia, el escritor logró potencializar la 'imagen literaria' (en la acepción del Bachelard) a través del uso de la alegoría (en el sentido benjaminiano), de la exageración (del lenguaje bakhtiniano) y de recursos estéticos que evidencian diferentes niveles de una realidad que en la novela potencia en sus aspectos objetivo e imaginario -según la concepción de Vargas Llosa. En este sentido, 'Cien años de soledad', en diálogo con algunas obras anteriores y posteriores de García Márquez, se muestra como una novela que, en un sólo espacio narrativo, abarca mundos distintos, pero comunicables, de una profundidad que simultáneamente reúne lo local y lo universal, lo popular y lo erudito, lo legendario/lo mítico y lo factual, lo profano/grotesco y lo sagrado, entre otras distintas facetas que constituyen la propia condición humana. A partir de estos aspectos, la tesis busca hacer un análisis de las distintas estrategias textuales que evidencian la multiplicidad de imágenes y sus modos de significación en el interior de la narrativa, tomándose la memoria y la muerte, que son temas recurrentes en varios libros de Gabriel García Márquez, como ejes de articulación con la propia noción de 'imagen literaria'.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMorte na literaturaHistória na literaturaPolítica na literaturaGarcia Marquez, Gabriel , 1928- Cien años de soledad Critica e interpretaçãoFicção colombiana História e críticaMemória na literatura"Cien años de soledad"morte como imagem''espaços de memóriaOs espaços de memória e a morte como imagem em Cien años de soledad, de Gabriel García Márquezinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_suziane_carla_fonseca_2015.pdfapplication/pdf1751373https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECAP-9U3NQK/1/tese_suziane_carla_fonseca_2015.pdfcfaef7981d88534a5266b3390869cf54MD51TEXTtese_suziane_carla_fonseca_2015.pdf.txttese_suziane_carla_fonseca_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain714283https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECAP-9U3NQK/2/tese_suziane_carla_fonseca_2015.pdf.txtf64cc936d3337eed03f4e084554f75b8MD521843/ECAP-9U3NQK2022-10-07 08:26:51.19oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECAP-9U3NQKRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-07T11:26:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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