Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Paula Pedersoli Pereira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32647
Resumo: A tese tem como objeto compreender as relações entre impresso, leitura e leitor, a partir das Folhinhas de Algibeira, publicadas no século XIX. Mediante um estudo analítico-descritivo-comparativo desses impressos, visamos compreender as funções, as características simbólicas, materiais, estruturais, que remetem a uma fórmula editorial e à identidade do gênero Folhinha. A perspectiva analítico-descritiva, e uma visão comparativa entre os impressos, também se valeu do diálogo com outras publicações de natureza similar e com outras fontes, como periódicos da época. Do ponto de vista teórico e metodológico, a investigação fundamenta-se nos estudos da História Cultural, da História do livro e da Leitura, e da Literatura popular ou de ampla circulação, como aqueles empreendidos por Roger Chartier, Robert Darnton, Jean-Yves Mollier e Lise Andries; permitindo a compreensão do impresso de dois modos diferentes, como fonte histórica e como objeto físico. O estudo também dialoga com investigações sobre almanaques e outros materiais de leitura popular, como os de Jean François-Botrel e Vera Casa Nova. O corpus da pesquisa é constituído pelo conjunto de Folhinhas que fazem parte do acervo “Catálogo de Obras Raras – Periódicos”, intitulado: “Folhinhas”, que está sob a guarda do Arquivo Público Mineiro. As 45 Folhinhas analisadas, foram publicadas no século XIX, entre 1831 a 1888 e editadas por quatro editoras diferentes, três instaladas no Rio de Janeiro (Laemmert, Guimarães, Ogier), e uma localizada em Minas Gerais (Typografia do Universal). O estudo do impresso busca caracterizar o gênero e seu funcionamento no século XIX, problematizando as complexas relações estabelecidas entre o objeto, espaço e tempo e as possíveis práticas culturais de seu uso. Foram analisados os modos como as editoras constroem seu projeto editorial e como criam estratégias compartilhadas por agentes sociais (a elite intelectual, padres) e instituições (Igreja, Estado/Império) no que diz respeito a um projeto de difusão de condutas, valores e informações por meio da palavra impressa. Os resultados mostram que o gênero Folhinha ora é sinônimo de calendário, ora é sinônimo de almanaque, havendo oscilações nas terminologias, ou mesmo similitudes entre vários materiais publicados no período, ou que se sucederam a ele; mas com aspectos comuns que os unem: a função de guiar o tempo e as condutas civis e religiosas. Um elemento de forte definição do material em relação aos outros, é o formato que possibilita carregá-lo no “bolso”/algibeira, ou seja, portá-lo junto ao corpo. Comparando exemplares do acervo, constata-se, também, que há uma fórmula editorial que emprega um formato geral para todos os exemplares acrescidos de partes específicas, e isso configura uma forma de segmentação de leitores e uma identidade para cada título inventado. O estudo dos temas possibilitou verificar esquemas e sistemas de pensamento do período e o modo como o impresso trabalha com a construção desses esquemas, sobretudo na instituição da ideia de vida civil e religiosa.
id UFMG_2a8104b936973d3ad29303e93fd4ecca
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/32647
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Isabel Cristina Alves da Silva Fradehttp://lattes.cnpq.br/2572087438468943Ana Maria de Oliveira GalvãoVera Lúcia de Carvalho Casa NovaLisiane Sias MankeJean-Ives MollierAnaïs Fléchethttp://lattes.cnpq.br/9861910240545970Ana Paula Pedersoli Pereira2020-03-02T19:14:22Z2020-03-02T19:14:22Z2019-02-25http://hdl.handle.net/1843/32647A tese tem como objeto compreender as relações entre impresso, leitura e leitor, a partir das Folhinhas de Algibeira, publicadas no século XIX. Mediante um estudo analítico-descritivo-comparativo desses impressos, visamos compreender as funções, as características simbólicas, materiais, estruturais, que remetem a uma fórmula editorial e à identidade do gênero Folhinha. A perspectiva analítico-descritiva, e uma visão comparativa entre os impressos, também se valeu do diálogo com outras publicações de natureza similar e com outras fontes, como periódicos da época. Do ponto de vista teórico e metodológico, a investigação fundamenta-se nos estudos da História Cultural, da História do livro e da Leitura, e da Literatura popular ou de ampla circulação, como aqueles empreendidos por Roger Chartier, Robert Darnton, Jean-Yves Mollier e Lise Andries; permitindo a compreensão do impresso de dois modos diferentes, como fonte histórica e como objeto físico. O estudo também dialoga com investigações sobre almanaques e outros materiais de leitura popular, como os de Jean François-Botrel e Vera Casa Nova. O corpus da pesquisa é constituído pelo conjunto de Folhinhas que fazem parte do acervo “Catálogo de Obras Raras – Periódicos”, intitulado: “Folhinhas”, que está sob a guarda do Arquivo Público Mineiro. As 45 Folhinhas analisadas, foram publicadas no século XIX, entre 1831 a 1888 e editadas por quatro editoras diferentes, três instaladas no Rio de Janeiro (Laemmert, Guimarães, Ogier), e uma localizada em Minas Gerais (Typografia do Universal). O estudo do impresso busca caracterizar o gênero e seu funcionamento no século XIX, problematizando as complexas relações estabelecidas entre o objeto, espaço e tempo e as possíveis práticas culturais de seu uso. Foram analisados os modos como as editoras constroem seu projeto editorial e como criam estratégias compartilhadas por agentes sociais (a elite intelectual, padres) e instituições (Igreja, Estado/Império) no que diz respeito a um projeto de difusão de condutas, valores e informações por meio da palavra impressa. Os resultados mostram que o gênero Folhinha ora é sinônimo de calendário, ora é sinônimo de almanaque, havendo oscilações nas terminologias, ou mesmo similitudes entre vários materiais publicados no período, ou que se sucederam a ele; mas com aspectos comuns que os unem: a função de guiar o tempo e as condutas civis e religiosas. Um elemento de forte definição do material em relação aos outros, é o formato que possibilita carregá-lo no “bolso”/algibeira, ou seja, portá-lo junto ao corpo. Comparando exemplares do acervo, constata-se, também, que há uma fórmula editorial que emprega um formato geral para todos os exemplares acrescidos de partes específicas, e isso configura uma forma de segmentação de leitores e uma identidade para cada título inventado. O estudo dos temas possibilitou verificar esquemas e sistemas de pensamento do período e o modo como o impresso trabalha com a construção desses esquemas, sobretudo na instituição da ideia de vida civil e religiosa.This thesis aims to understand the relations between print, reading and reader, based on Folhinhas de Algibeira (Pocket Almanacs) published in the 19th century. Through an analytical-descriptive-comparative study of these prints, we aim to understand the functions, the symbolic, material, structural characteristics that make it, in its appearance and "essence", an almanac. The analytic-descriptive perspective and a comparative view between the impressions also took advantage of the dialogue with other publications of similar nature and with other sources, like periodicals of the time. From the theoretical and methodological point of view the research is based on the studies of Cultural History, the History of the Book and the Reading and the Popular Literature or of wide circulation, such as those undertaken by Roger Chartier, Robert Darnton, Jean-Yves Mollier and Lise Andries, allowing the comprehension of the print in two different ways, as historical source and as physical object. The study also dialogues with investigations of almanacs and other popular reading materials, such as Jean François-Botrel and Vera Casa Nova. The corpus of the research is constituted by the set of almanacs that are part of the collection "Catalog of Rare - Periodical Works", entitled: Folhinhas, which is under the custody of the Arquivo Público Mineiro. The 45 almanacs analyzed were published in the 19th century, between 1831 and 1888 and edited by four different publishers, three located in Rio de Janeiro (Laemmert, A. Guimarães, Ogier) and one located in Minas Gerais (Typografia do Universal). The study of the print seeks to characterize the genre and its function in the 19th century, problematizing the complex relations established between the object, space and time and the possible cultural practices of its use. We analyzed the ways in which publishers construct their editorial project and how they create shared strategies by social agents (the intellectual elite, priests) and institutions (Church, Government / Empire) with respect to a project of diffusion of conducts, values and information through the printed word. The results show that the genre so called almanac is sometimes synonymous with a calendar and there are oscillations in the terminologies or similarities between various materials published in that period or in the following, but with common aspects that unite them: the function to guide time and civil and religious conduct. One element that defines the material in relation to others is its shape that allows it to be carried in the "pocket” that is, carried close to the body. Comparing copies of the same publisher it is also noted an editorial formula that employs a general format for all copies with specific parts and this set up a reader segmentation and an identity for each invented title. The study of the themes made it possible to verify the schemes and systems about this period' thoughts and the way in which the printed works with the construction of these schemes, especially in the institution of the idea of civil and religious life.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEducaçãoPeriódicos brasileirosLeituraEditoraçãoEditores e ediçãoLivro - HistóriaImprensa - Brasilhistória do livroEdiçãoFolhinha de AlgibeiraLiteratura PopularFolhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALArquivo final - com a ficha catalográfica.pdfArquivo final - com a ficha catalográfica.pdfTese - Ana Paula Pedersoli Pereiraapplication/pdf17170416https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32647/1/Arquivo%20final%20-%20com%20a%20ficha%20catalogr%c3%a1fica.pdf0bf61ba3c4db0e0a67addf512564eee7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32647/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTArquivo final - com a ficha catalográfica.pdf.txtArquivo final - com a ficha catalográfica.pdf.txtExtracted texttext/plain783963https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32647/3/Arquivo%20final%20-%20com%20a%20ficha%20catalogr%c3%a1fica.pdf.txt4a1fe4ced184bf4e1273c453025d04acMD531843/326472020-03-03 03:28:03.489oai:repositorio.ufmg.br:1843/32647TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-03-03T06:28:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
title Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
spellingShingle Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
Ana Paula Pedersoli Pereira
história do livro
Edição
Folhinha de Algibeira
Literatura Popular
Educação
Periódicos brasileiros
Leitura
Editoração
Editores e edição
Livro - História
Imprensa - Brasil
title_short Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
title_full Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
title_fullStr Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
title_full_unstemmed Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
title_sort Folhinhas de Algibeira do século XIX: um estudo da forma, função e conteúdo
author Ana Paula Pedersoli Pereira
author_facet Ana Paula Pedersoli Pereira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Isabel Cristina Alves da Silva Frade
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2572087438468943
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ana Maria de Oliveira Galvão
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Vera Lúcia de Carvalho Casa Nova
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Lisiane Sias Manke
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Jean-Ives Mollier
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Anaïs Fléchet
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9861910240545970
dc.contributor.author.fl_str_mv Ana Paula Pedersoli Pereira
contributor_str_mv Isabel Cristina Alves da Silva Frade
Ana Maria de Oliveira Galvão
Vera Lúcia de Carvalho Casa Nova
Lisiane Sias Manke
Jean-Ives Mollier
Anaïs Fléchet
dc.subject.por.fl_str_mv história do livro
Edição
Folhinha de Algibeira
Literatura Popular
topic história do livro
Edição
Folhinha de Algibeira
Literatura Popular
Educação
Periódicos brasileiros
Leitura
Editoração
Editores e edição
Livro - História
Imprensa - Brasil
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Educação
Periódicos brasileiros
Leitura
Editoração
Editores e edição
Livro - História
Imprensa - Brasil
description A tese tem como objeto compreender as relações entre impresso, leitura e leitor, a partir das Folhinhas de Algibeira, publicadas no século XIX. Mediante um estudo analítico-descritivo-comparativo desses impressos, visamos compreender as funções, as características simbólicas, materiais, estruturais, que remetem a uma fórmula editorial e à identidade do gênero Folhinha. A perspectiva analítico-descritiva, e uma visão comparativa entre os impressos, também se valeu do diálogo com outras publicações de natureza similar e com outras fontes, como periódicos da época. Do ponto de vista teórico e metodológico, a investigação fundamenta-se nos estudos da História Cultural, da História do livro e da Leitura, e da Literatura popular ou de ampla circulação, como aqueles empreendidos por Roger Chartier, Robert Darnton, Jean-Yves Mollier e Lise Andries; permitindo a compreensão do impresso de dois modos diferentes, como fonte histórica e como objeto físico. O estudo também dialoga com investigações sobre almanaques e outros materiais de leitura popular, como os de Jean François-Botrel e Vera Casa Nova. O corpus da pesquisa é constituído pelo conjunto de Folhinhas que fazem parte do acervo “Catálogo de Obras Raras – Periódicos”, intitulado: “Folhinhas”, que está sob a guarda do Arquivo Público Mineiro. As 45 Folhinhas analisadas, foram publicadas no século XIX, entre 1831 a 1888 e editadas por quatro editoras diferentes, três instaladas no Rio de Janeiro (Laemmert, Guimarães, Ogier), e uma localizada em Minas Gerais (Typografia do Universal). O estudo do impresso busca caracterizar o gênero e seu funcionamento no século XIX, problematizando as complexas relações estabelecidas entre o objeto, espaço e tempo e as possíveis práticas culturais de seu uso. Foram analisados os modos como as editoras constroem seu projeto editorial e como criam estratégias compartilhadas por agentes sociais (a elite intelectual, padres) e instituições (Igreja, Estado/Império) no que diz respeito a um projeto de difusão de condutas, valores e informações por meio da palavra impressa. Os resultados mostram que o gênero Folhinha ora é sinônimo de calendário, ora é sinônimo de almanaque, havendo oscilações nas terminologias, ou mesmo similitudes entre vários materiais publicados no período, ou que se sucederam a ele; mas com aspectos comuns que os unem: a função de guiar o tempo e as condutas civis e religiosas. Um elemento de forte definição do material em relação aos outros, é o formato que possibilita carregá-lo no “bolso”/algibeira, ou seja, portá-lo junto ao corpo. Comparando exemplares do acervo, constata-se, também, que há uma fórmula editorial que emprega um formato geral para todos os exemplares acrescidos de partes específicas, e isso configura uma forma de segmentação de leitores e uma identidade para cada título inventado. O estudo dos temas possibilitou verificar esquemas e sistemas de pensamento do período e o modo como o impresso trabalha com a construção desses esquemas, sobretudo na instituição da ideia de vida civil e religiosa.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-03-02T19:14:22Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-03-02T19:14:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/32647
url http://hdl.handle.net/1843/32647
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32647/1/Arquivo%20final%20-%20com%20a%20ficha%20catalogr%c3%a1fica.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32647/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32647/3/Arquivo%20final%20-%20com%20a%20ficha%20catalogr%c3%a1fica.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0bf61ba3c4db0e0a67addf512564eee7
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
4a1fe4ced184bf4e1273c453025d04ac
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589406914772992