Capital social e qualidade de vida em adolescentes trabalhadores em um município de médio porte de Minas Gerais, Brasil

• Autor(a) principal: Ana Cristina Viana Campos
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9C2F2X
• topic: Trabalho do menor; Qualidade de vida; Adolescente; Capital social; Capital social; Qualidade de vida; Trabalho de menores; Menores Emprego; Adolescentes Condições sociais

Considerando-se a escassez na produção científica de temas sobre os adolescentes trabalhadores, a presente pesquisa objetivou mensurar o capital social e sua possível relação com a qualidade de vida entre adolescentes trabalhadores. Realizou-se um estudo transversal analítico com 363 adolescentes trabalhadores assistidos por uma Entidade Filantrópica de Apoio ao Adolescente em Sete Lagoas, Minas Gerais. A caracterização sócio-demográfica foi obtida por meio de questões referentes a sexo, idade, cor de pele, e saneamento básico (abastecimento de água, presença de sanitário no interior do domicílio, rede de esgoto, coleta de lixo). As informações sobre acesso/uso de serviços de saúde diziam respeito à posse de plano de saúde, uso regular do serviço público de saúde, tipo de serviço público mais utilizado e número de consultas médicas nos últimos 12 meses. Os instrumentos utilizados foram a versão curta em português do Questionário Integrado para Medir Capital Social (QI-MCS) do Banco Mundial e a versão abreviada em português do World Health Organization Quality of Life Bref (WHOQoL-Bref) para mensurar a qualidade de vida. Inicialmente os escores de cada domínio do WHOQoL-Bref foram calculados. Diferentemente do WHOQoL-Bref, o QI-MCS não fornece nenhum tipo de escore, portanto para computar as variáveis deste instrumento optou-se pelas análises de segmentação, discriminante canônica e interpolação por vizinho mais próximo. Os resultados demonstram que quanto maior o capital social maior os escores de qualidade de vida do adolescente. Isso significa dizer que para a população estudada foi possível averiguar uma relação positiva entre esses dois conceitos, mesmo considerando o contexto social no qual os participantes estão inseridos. Os participantes podem passar boa parte do seu tempo na Entidade, sendo esse um espaço de oportunidades para se realizar o acompanhamento dos adolescentes, de forma a contribuir para o crescimento e desenvolvimento dos mesmos. Diante da falta de estudos que avaliam a qualidade de vida e capital social, especialmente em adolescentes trabalhadores, sugere-se que outros estudos sejam desenvolvidos buscando analisar as diferenças na qualidade de vida entre adolescentes trabalhadores e os que não trabalham, para que futuros programas de intervenção sejam eficazes.