Fatores de risco para infecção da corrente sanguínea laboratorialmente confirmada e infecção associada a cateter central em população neonatal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viviane Rosado
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B56GXD
Resumo: Introdução : O uso do cateteres venosos centrais (CVC) está associado a um maior risco de infecção da corrente sanguínea em recém-nascidos. Conhecer os fatores de risco associados à infecção e o que pode influenciar o aumento dessas taxas durante a inserção e a manutenção destes dispositivos pode contribuir para implementação de estratégias que garantem a segurança no cuidado com o paciente internado em unidade neonatal. Objetivo: Investigar os fatores de risco para ocorrência de infecção da corrente sanguínea laboratorialmente confirmada, em unidade neonatal Métodos: Este trabalho caracteriza-se como coorte, prospectivo, com pacientes internados em unidade neonatal de um hospital universitário, submetidos ou não a cateterismo venoso central de inserção periférica, no período de maio de 2014 a dezembro de 2016. Resultados: Foram incluídos 384 recém-nascidos, 192 com e 192 sem cateteres centrais de inserção periférica (PICC). Não houve diferença na incidência de ICSLC entre os recémnascidos dos dois grupos (p = 0,99) na análise multivariada. Aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos tinham 2,8 vezes de maior risco de ICSLC (IC 95% 1.40-5,9, p = 0,005), e aqueles que receberam a nutrição parenteral total (NPT) foram 7 vezes de 0,75 mais provável desenvolver ICSLC (IC 95%: 2.8-20,10, p<0,001). Além disso, um escore clínico de zero (sem cirurgia ou nutrição parenteral) apresentou um valor preditivo negativo de 97%, podendo permitir uma tomada de decisão mais ponderada em relação à antibioticoterapia em recém-nascidos. Ao avaliar apenas os 213 pacientes com PICC observou-se que foram 230 dispositivos instalados por punção percutânea, com 3.123 cateteres-dia, sendo que 16 (7,5%) tiveram mais de um PICC. A analise de regressão logística verificou que pacientes que tiveram o PICC em posicionamento periférico na radiografia do segmento onde ele foi inserido tem 2,38 mais chances de ter ICSAC. A cada aumento de um dia do tempo de permanência do PICC, aumenta em 3 porcento a chande de ter infecção. O teste de Hosmer e Lemeshow de ajuste do modelo foi de 0,63. O teste de log rank para comparação das curvas de sobrevivência dos pacientes que retiraram ou não o PICC apresentou p-valor <0,001, indicando que há associação entre a retirada do cateter e a ocorrência de infecção, assim como no modelo de Cox ajustado (Hazard Ratio 18,26 [IC95% 7,98 a 41,76]; p<0,001). Conclusão: Apesar dos cuidados da equipe assistencial no processo de inserção do PICC, a escolha do local de punção do acesso e melhoria da técnica para que o posicionamento fique central à radiografia e o reforço quanto à verificação diária da necessidade do CVC poderiam contribuir para a redução das taxas de ICSLC. Recomenda-se medidas preventivas, como alimentação enteral precoce, com o objetivo de reduzir o tempo de permanência do paciente em unidade neonatal. Além disso, ressalta-se que cuidados durante inserção e manutenção de PICC utilizados para procedimentos cirúrgicos e NPT podem diminuir risco de infecção.
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Objetivo: Investigar os fatores de risco para ocorrência de infecção da corrente sanguínea laboratorialmente confirmada, em unidade neonatal Métodos: Este trabalho caracteriza-se como coorte, prospectivo, com pacientes internados em unidade neonatal de um hospital universitário, submetidos ou não a cateterismo venoso central de inserção periférica, no período de maio de 2014 a dezembro de 2016. Resultados: Foram incluídos 384 recém-nascidos, 192 com e 192 sem cateteres centrais de inserção periférica (PICC). Não houve diferença na incidência de ICSLC entre os recémnascidos dos dois grupos (p = 0,99) na análise multivariada. Aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos tinham 2,8 vezes de maior risco de ICSLC (IC 95% 1.40-5,9, p = 0,005), e aqueles que receberam a nutrição parenteral total (NPT) foram 7 vezes de 0,75 mais provável desenvolver ICSLC (IC 95%: 2.8-20,10, p<0,001). Além disso, um escore clínico de zero (sem cirurgia ou nutrição parenteral) apresentou um valor preditivo negativo de 97%, podendo permitir uma tomada de decisão mais ponderada em relação à antibioticoterapia em recém-nascidos. Ao avaliar apenas os 213 pacientes com PICC observou-se que foram 230 dispositivos instalados por punção percutânea, com 3.123 cateteres-dia, sendo que 16 (7,5%) tiveram mais de um PICC. A analise de regressão logística verificou que pacientes que tiveram o PICC em posicionamento periférico na radiografia do segmento onde ele foi inserido tem 2,38 mais chances de ter ICSAC. A cada aumento de um dia do tempo de permanência do PICC, aumenta em 3 porcento a chande de ter infecção. O teste de Hosmer e Lemeshow de ajuste do modelo foi de 0,63. O teste de log rank para comparação das curvas de sobrevivência dos pacientes que retiraram ou não o PICC apresentou p-valor <0,001, indicando que há associação entre a retirada do cateter e a ocorrência de infecção, assim como no modelo de Cox ajustado (Hazard Ratio 18,26 [IC95% 7,98 a 41,76]; p<0,001). Conclusão: Apesar dos cuidados da equipe assistencial no processo de inserção do PICC, a escolha do local de punção do acesso e melhoria da técnica para que o posicionamento fique central à radiografia e o reforço quanto à verificação diária da necessidade do CVC poderiam contribuir para a redução das taxas de ICSLC. Recomenda-se medidas preventivas, como alimentação enteral precoce, com o objetivo de reduzir o tempo de permanência do paciente em unidade neonatal. Além disso, ressalta-se que cuidados durante inserção e manutenção de PICC utilizados para procedimentos cirúrgicos e NPT podem diminuir risco de infecção.Introduction: The use of central venous catheter (CVC) is associated with an increased risk of developing bloodstream infection in newborns. Knowing the risk factors associated with the infection and what may influence the increase of these rates during the insertion and maintenance of these devices can contribute to the implementation of strategies that guarantee the safety in the care of patients hospitalized in a neonatal unit. Objective: To investigate the risk factors for the occurrence of laboratory confirmed bloodstream infection in a neonatal unit Methods: This is a prospective cohort study with patients hospitalized in a neonatal unit of a university hospital, submitted to peripheral central venous catheterization, or not, from May 2014 to December 2016. Results: A total of 384 newborns, 192 with and 192 without central peripheral insertion catheters (PICC) were included. There was no difference in the incidence of ICSLC among the neonates of both groups (p = 0.99) in the multivariate analysis. Those who underwent surgical procedures had a 2.8-fold higher risk of ICSLC (95% CI 1.40-5.9, p = 0.005), and those receiving total parenteral nutrition (TPN) were 7 times 0.75 times more likely develop ICSLC (95% CI: 2.8-20.10, p <0.001). In addition, a clinical score of zero (without surgery or parenteral nutrition) had a negative predictive value of 97%, which may allow more informed decision-making regarding antibiotic therapy in newborns. When evaluating only 213 patients with PICC, it was observed that 230 devices were installed percutaneously with 3,123 day catheters, and 16 (7.5%) had more than one PICC. Logistic regression analysis found that patients who had PICC in the peripheral position on the radiograph of the segment where they were inserted were 2.38 times more likely to have ICSAC. With each increase of one day of the PICC residence time, the infection rate increases by 3 percent. The Hosmer and Lemeshow model fitting test was 0.63. The log rank test for comparison of the survival curves of patients who withdraw PICC or not had a p-value <0.001, indicating that there is an association between catheter withdrawal and infection occurrence, as well as in the adjusted Cox model (Hazard Ratio 18.26 [95% CI 7.98 to 41.76], p <0.001). Conclusion: Despite the care of the care team in the PICC insertion process, the choice of the site of access puncture and improvement of the technique so that the positioning is central to the radiography and the reinforcement of the daily verification of the need of the CVC could contribute to the reduction of ICSLC rates. Preventive measures, such as early enteral feeding, are recommended in order to reduce the patient's stay in the neonatal unit. In addition, adequated care during insertion and maintenance of PICC used for surgical procedures and NPT may decrease the risk of infection.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGInfecções Relacionadas a CateterMedicinaInfecção HospitalarFatores de RiscoRecém-nascidoCateteres Venosos CentraisCiências da SaúdeSaúde da Criança e do AdolescenteFatores de risco para infecção da corrente sanguínea laboratorialmente confirmada e infecção associada a cateter central em população neonatalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdoutoradovivianerosado_corrigido180617.pdfapplication/pdf5833411https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B56GXD/1/doutoradovivianerosado_corrigido180617.pdf85c3bed102d076b339d3c068f185fe1bMD51TEXTdoutoradovivianerosado_corrigido180617.pdf.txtdoutoradovivianerosado_corrigido180617.pdf.txtExtracted texttext/plain198737https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B56GXD/2/doutoradovivianerosado_corrigido180617.pdf.txt13f85ca251e4a1e3c0b4796e077e14d4MD521843/BUOS-B56GXD2019-11-14 07:21:48.212oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B56GXDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:21:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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