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Newton Bignotto de Souzahttp://lattes.cnpq.br/2985735807480873Newton Bignotto de SouzaHelton Machado AdverseCarlo Gabriel Kszan Pancerahttp://lattes.cnpq.br/8539558734348989Pedro Augusto Pereira Guimarães2020-12-18T11:43:57Z2020-12-18T11:43:57Z2020-10-30http://hdl.handle.net/1843/34544CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoO objetivo da nossa dissertação é analisar e compreender o (s) significado (s) dos conceitos de lei natural e direito natural na teoria moral e política de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). A nossa hipótese é a de que ao invés de ter suprimido o conceito de lei natural, como sugerem alguns comentadores, Rousseau diminuiu seu escopo para lhe conferir sentido e o dissociou do conceito de direito natural. O direito natural não envolve mais um conjunto de deveres estabelecidos pela lei natural, e, existem, na perspectiva de Rousseau, dois direitos naturais: a vida e a liberdade, frequentemente mobilizados contra uma tirania que pode se estabelecer em mais de um registro e sob mais de uma forma: como tirania paterna, como tirania política e como tirania colonial. Consequentemente, em um primeiro momento operamos no registro da antropologia e percebemos que, embora no puro estado de natureza os homens não tenham desenvolvidos as faculdades que possibilitam o conhecimento da lei natural, ela opera imediatamente pelas paixões naturais, sem ter a necessidade de ser mediada por qualquer faculdade adquirida. Entretanto, a partir do momento em que as primeiras relações sociais foram forjadas em um período intermediário entre o estado de natureza e a instituição do Estado, os homens desenvolveram algumas faculdades e a lei natural passou a adquirir uma certa normatividade expressada pelas máximas de bondade natural e justiça raciocinada que nos possibilita falarmos de uma lei natural estrito senso em Rousseau. Em um segundo momento, operamos no registro da moral e percebemos que nosso autor atribuiu à consciência uma importância que ela não tinha no direito natural moderno. A consciência deixa de ser uma mera aplicação das regras gerais à casos particulares, e, ao lado da razão, possibilita o conhecimento das leis naturais. No registro da moral, a obediência às leis naturais é a condição para a liberdade moral. Em um terceiro momento, operamos no registro da política e percebemos que a distinção entre o direito natural propriamente dito e o direito natural raciocinado não é uma distinção marginal na obra de Rousseau e que ela encontra ecos em outros textos. Na sociedade civil, o homem tem condições de generalizar o amor de si e, a partir dessa generalização, estabelecer, por meio da razão, limites para o direito do primeiro ocupante e para a propriedade, a fim de que eles não retirem do outro o direito de preservar sua vida nem resultem em relações de servidão. Isso posto, percebemos que o debate sobre o direito natural em Rousseau não é, de modo algum, secundário: ele é fundamental para compreendermos o lugar que a liberdade ocupa na teoria moral e política de Rousseau. Como resultado, podemos afirmar que em Rousseau, a liberdade está no ponto de partida e no ponto de chegada da política. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica e uma abordagem estritamente textualista.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIARousseauDireito naturalLei naturalLiberdadeDireito natural e lei natural na teoria moral e política de Jean-Jacques Rousseauinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDIREITO NATURAL E LEI NATURAL NA TEORIA MORAL E POLÍTICA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU .pdfDIREITO NATURAL E LEI NATURAL NA TEORIA MORAL E POLÍTICA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU .pdfapplication/pdf1448232https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34544/1/DIREITO%20NATURAL%20E%20LEI%20NATURAL%20NA%20TEORIA%20MORAL%20E%20POLI%cc%81TICA%20DE%20JEAN-JACQUES%20ROUSSEAU%20.pdf9f0e976a5d3a273eaa2bf1656ab60babMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34544/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/345442020-12-18 08:43:57.418oai:repositorio.ufmg.br:1843/34544TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-12-18T11:43:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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