Percepção e conduta dos profissionais da área de cirurgia e traumatologia bucomaxilofaciais frente à pandemia de COVID-19

• Autor(a) principal: Ricardo de Oliveira Corrêa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41532; http://orcid.org/0000-0002-8414-0312
• topic: Cirurgiões-dentistas; Cirurgiões bucomaxilofaciais; Clínica odontológica; Medidas de segurança; SARS-CoV-2; Pesquisa qualitativa; Padrões de prática odontológica; COVID-19; Cirurgiões bucomaxilofaciais; Assistência odontológica; Medidas de segurança

A infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2), caracterizada por um conjunto de alterações que podem evoluir para síndrome respiratória aguda grave, teve início na China, no final de 2019, sendo assim denominada de doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19). Além de danos físicos, que em alguns casos leva à morte, a COVID-19 tem impactado na forma de atuação de diversos profissionais de saúde em relação a sua conduta com os pacientes. O objetivo desse estudo foi avaliar a percepção e conduta dos Cirurgiões Dentistas da área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais frente à pandemia de Covid-19. Foi realizada uma entrevista semiestruturada de abordagem qualitativa com os profissionais atuantes desta especialidade, pertencentes a um grupo de aplicativo de mensagens (WhatsApp), para melhor compreensão da percepção relacionada à sua rotina odontológica durante a pandemia do COVID-19. Após a transcrição das falas, na íntegra, foi realizada a leitura criteriosa do material coletado seguido da análise de conteúdo, segundo a teoria helleriana em seu referencial teórico do cotidiano, para interpretar as memórias relatadas dos participantes. A amostra do estudo foi constituída por 9 especialistas, sendo 6 do sexo masculino com idade média de 34,8 anos e variando de 30 a 41 anos. Quatro temas foram identificados: percepção dos profissionais sobre a odontologia, biossegurança, impressões psicossociais dos profissionais e impacto no atendimento. O desconhecimento da doença e o medo de se contaminar durante o atendimento foram as principais causas de alterações no ritmo de trabalho. Houve um pensamento comum sobre aumento de barreiras de biossegurança e maior sensação de segurança. A necessidade de isolamento social para contenção do vírus determinou o afastamento, em grande parte, entre profissionais e seus familiares ocasionando altos níveis de ansiedade. Houve repetitivos relatos sobre lentidão e diminuição nos atendimentos com relação direta à perda financeira, agravando o estresse. Em conclusão, foi possível perceber que os profissionais desta especialidade tiveram suas vidas profissionais e pessoais afetadas em relação aos hábitos diários, convívio familiar e desgaste financeiro capazes de alterar de maneira impactante seus níveis de estresse e ansiedade.