Correlação da imunomarcação de α/βa-inibina e Minichromosome Maintenance Protein (MCM)-7 com diferenciação e prognóstico do carcinoma cervical escamoso
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/58990 |
Resumo: | O câncer cervical (CC) é a quarta causa de morte por câncer em mulheres no Bras. Portanto, a identificação de marcadores de diferenciação celular e de prognóstico é de extrema relevância para o tratamento doença. Nossa hipótese é de que proteínas envolvidas com vias celulares de diferenciação, ativinas e inibinas, e de proliferação, minichromosome maintenance protein (MCM)-7, estariam associadas ao desenvolvimento de carcinoma de células escamosas (CCE) mais indiferenciados ou de pior prognóstico, respectivamente. Amostras de CCE moderadamente (CCEM; N=39) ou pouco (CCEP; N=20) diferenciados foram recrutadas e submetidas à análise de Imunohistoquímica para α-/ßA-inibina e MCM7. No CCEM, a área de imunomarcação de α-Inibina citoplasmática foi diminuída em células apresentando um fenótipo indiferenciado (FI) em comparação com células apresentando um fenótipo diferenciado (FD) (p<0,01), enquanto a coloração de α-Inibina nuclear em células de FD foi diminuída em CCEP em comparação com CCEM (p<0,05). A intensidade de βA-inibina citoplasmática foi diminuída em FI (comparado com FD). Usando uma matriz de correlação, detectamos uma diminuição evidente no coeficiente de correlação da coloração de α-Inibina entre os núcleos de FD em relação a FI, em ambos os tumores (CCEM e CCEP). De modo símilar, nos tumores CCEP, uma perda importante de correlação de intensidade de βA foi detectada entre as células FD e FI. A análise morfométrica da imunomarcação de MCM7 detectou a sua expressão no núcleo das células tumorais, tanto no CCEM quanto no CCEP. A média de imunomarcação para o MCM7 foi de 96%. As porcentagens de imunomarcação foram comparadas com os parâmetros clínicos e histopatológicos associados ao prognóstico. Não foi observada diferença significativa da % de marcação das células tumorais com a idade das pacientes e o grau de diferenciação. Entretanto, verificou-se associação significativa entre a porcentagem de células tumorais marcadas e a profundidade da lesão, o grau de estadiamento dos tumores (FIGO), invasão dos linfonodos, metástase direta/à distância e evolução a óbito em período inferior a 5 anos (p<0,05). A análise da imunomarcacão de p16 (marcador de infecção por HPV de alto risco) revelou que 12% (7/58) das amostras eram negativas para infecção pelo HPV. Foi evidenciada tendência para maior imunomarcação de MCM7 nas células tumorais de casos negativos pra p16, associados com pior prognóstico. Concluímos que subunidades α-/βA-inibina desempenham um papel importante na perda de diferenciação celular no CCE e consequentemente, na carcinogênese cervical humana, e que MCM7 possui potencial valor como biomarcador de prognóstico do CCE. Mais estudos são necessários para expandir o conhecimento sobre o papel de α-/βA-inibina na carcinogênese cervical, e sobre o potencial valor prognóstico de MCM7 no CCE. |
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No CCEM, a área de imunomarcação de α-Inibina citoplasmática foi diminuída em células apresentando um fenótipo indiferenciado (FI) em comparação com células apresentando um fenótipo diferenciado (FD) (p<0,01), enquanto a coloração de α-Inibina nuclear em células de FD foi diminuída em CCEP em comparação com CCEM (p<0,05). A intensidade de βA-inibina citoplasmática foi diminuída em FI (comparado com FD). Usando uma matriz de correlação, detectamos uma diminuição evidente no coeficiente de correlação da coloração de α-Inibina entre os núcleos de FD em relação a FI, em ambos os tumores (CCEM e CCEP). De modo símilar, nos tumores CCEP, uma perda importante de correlação de intensidade de βA foi detectada entre as células FD e FI. A análise morfométrica da imunomarcação de MCM7 detectou a sua expressão no núcleo das células tumorais, tanto no CCEM quanto no CCEP. A média de imunomarcação para o MCM7 foi de 96%. As porcentagens de imunomarcação foram comparadas com os parâmetros clínicos e histopatológicos associados ao prognóstico. Não foi observada diferença significativa da % de marcação das células tumorais com a idade das pacientes e o grau de diferenciação. Entretanto, verificou-se associação significativa entre a porcentagem de células tumorais marcadas e a profundidade da lesão, o grau de estadiamento dos tumores (FIGO), invasão dos linfonodos, metástase direta/à distância e evolução a óbito em período inferior a 5 anos (p<0,05). A análise da imunomarcacão de p16 (marcador de infecção por HPV de alto risco) revelou que 12% (7/58) das amostras eram negativas para infecção pelo HPV. Foi evidenciada tendência para maior imunomarcação de MCM7 nas células tumorais de casos negativos pra p16, associados com pior prognóstico. Concluímos que subunidades α-/βA-inibina desempenham um papel importante na perda de diferenciação celular no CCE e consequentemente, na carcinogênese cervical humana, e que MCM7 possui potencial valor como biomarcador de prognóstico do CCE. Mais estudos são necessários para expandir o conhecimento sobre o papel de α-/βA-inibina na carcinogênese cervical, e sobre o potencial valor prognóstico de MCM7 no CCE.Cervical cancer (CC) is the fourth leading cause of cancer death in women. Therefore, the identification of cell differentiation and prognostic markers is extremely relevant for the treatment of the disease. Our hypothesis is that proteins involved in cell differentiation, activins and inhibins, and proliferation, minichromosome maintenance protein (MCM)-7, pathways would be associated with the development of more undifferentiated squamous cell carcinoma (SCC) phenotypes or with a worse prognosis, respectively. SCC specimens of moderately (MD-SCC; N=39) or poorly (PD- SCC; N=20) differentiated cervical tumors were recruited and submitted to immunohistochemical analysis for α-/ßA-inhibin subunits and MCM7. α- and βA-inhibin staining was detected both at the cytoplasmic and nuclear levels, more predominantly at the basal layer of the cervical epithelium. In MD-SCC, the area of cytoplasmic α-inhibin immunostaining was decreased in cells with a more undifferentiated phenotype (UP) compared to cells with a differentiated phenotype (DP cells) (p<0.01), whereas, DP nuclear α-inhibin staining was decreased in PD-SCC compared to MD-SCC (p<0.05). Cytoplasmic βA-inhibin intensity was decreased in UP compared to DP cells. By using a correlation matrix, we detected an evident decrease in the correlation coefficient of α-inhibin staining between the nuclei of DP, compared to UD cells in both MD- and PD-SCC tumors, whereas in PD-SCC tumors, an important loss of βA intensity correlation was detected between DP and UP cells. Morphometric analysis of MCM7 immunostaining detected its expression in the nucleus of tumor cells, both in MD-SCC and in PD-SCC. The mean immunostaining for MCM7 was 96%. Immunostaining percentages were compared with clinical and histopathological parameters associated with prognosis. No significant difference was observed in the % of tumor cell marking with the age of the patients and the degree of differentiation. However, there was a significant association between the higher percentage of MCM7 immunostained tumor cells and the depth of the lesion, the degree of tumor staging (FIGO), lymph node invasion, direct/distant metastasis and evolution to death in a period of less than 5 years ( p<0.05). Analysis of p16 immunostaining (high- risk HPV infection marker) revealed that 12% (7/58) of the samples were negative for HPV infection. There was evidence of a correlation trend of MCM7 higher immunostaining in tumor cells negative for p16, which was further associated with a worse prognosis. We conclude that α- /βA-inhibin subunits play an important role in the loss of cell differentiation in SCC and, consequently, in human cervical carcinogenesis, and that MCM7 has potential value as a prognostic biomarker for SCC. More studies are needed to expand knowledge on the role of α-/βA-inhibin in cervical carcinogenesis, and on the potential prognostic value of MCM7 in SCCCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia CelularUFMGBrasilBiologia CelularCarcinoma de Células EscamosasSubunidades beta de InibinasComponente 7 do Complexo de Manutenção de MinicromossomoPrognósticocarcinomacélulas escamosasα-inibinaβA (ativina/inibina)MCM7prognósticoCorrelação da imunomarcação de α/βa-inibina e Minichromosome Maintenance Protein (MCM)-7 com diferenciação e prognóstico do carcinoma cervical escamosoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE VERSÃO BIBLIOTECA. EDITADA pdf.pdfTESE VERSÃO BIBLIOTECA. 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