Valores de referência para níveis de perfusão tecidual e uso da near-infrared spectroscopy (NIRS) em indivíduos com diabetes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valéria Cristina de Faria
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36282
https://orcid.org/0000-0003-4816-439X
Resumo: A Near-Infrared Spectroscopy (NIRS) é um método não invasivo para monitoramento contínuo da oxigenação e da hemodinâmica tissular, cerebral e muscular, que recentemente tem sido utilizada para investigar o metabolismo oxidativo muscular local em repouso e durante o exercício, tanto no desempenho atlético quanto em situações clínicas que envolvem condições de saúde. Uma das principais responsáveis pela morbidade e mortalidade no indivíduo com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a doença arterial periférica (DAP). Nesse sentido, especialmente em indivíduos com DM2 que apresentam repercussão vascular e muitas vezes são assintomáticos, a NIRS possibilitaria um entendimento mais abrangente do metabolismo muscular. No entanto, não há registros na literatura de valores de referência da saturação de oxigênio tecidual (StO2) da principal musculatura acometida pela DAP, o tríceps sural, o que possibilitaria um entendimento mais aprofundado dos resultados provindos da NIRS em indivíduos com DM2 sem DAP aparente. Portanto, o objetivo dessa tese foi determinar valores de referência para perfusão tecidual periférica de membro inferior avaliada pela NIRS e explorar a aplicabilidade do uso da NIRS em indivíduos com DM2. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos, o primeiro teve como objetivo determinar valores de referência para perfusão tecidual periférica de membro inferior avaliada pela NIRS, no repouso e em esforço progressivo, em indivíduos aparentemente saudáveis. Em um município mineiro, entre agosto de 2018 e julho de 2019, foram selecionados 288 indivíduos de ambos os sexos, entre 30 a 79 anos de idade, aparentemente saudáveis. Os indivíduos selecionados foram submetidos às avaliações antropométrica, do nível de atividade física, e da StO2 durante e após a manobra de oclusão arterial e o incremental shuttle walking test (ISWT), por meio da NIRS. Nesse estudo observou-se que a mediana (P50) da StO2 basal (StO2-basal) e da menor StO2 obtida (StO2-menor) são menores nos homens em relação às mulheres, sendo na situação repouso a StO2-basal 6% menor e a StO2-menor 17% menor. No esforço essa diferença reduz para 3% e 10%, respectivamente, e, além disso, é observado um valor de mediana menor da StO2-final e um maior tempo para atingir a StO2-menor para os homens. Diferentemente dos valores de StO2 a mediana das taxas de desoxigenação (Tx-desox) e de reoxigenação (Tx-reox) são maiores nos homens na situação repouso, assim como, a Tx-reox na situação esforço. De acordo com os resultados apresentados em valores de percentis, em uma amostra aparentemente saudável de 30 a 79 anos de idade, há diferença entre sexos na distribuição da StO2 periférica de membros inferiores, a qual se mantêm nas diferentes faixas etárias com uma tendência de redução da StO2 com o avançar da idade. No segundo estudo o objetivo foi comparar parâmetros de perfusão tecidual periférica de membro inferior em repouso, durante e após esforço progressivo entre indivíduos com DM2 sem doença vascular aparente e indivíduos aparentemente saudáveis, além de avaliar os fatores associados à perfusão tecidual periférica de membro inferior em indivíduos com DM2 durante o esforço progressivo. Participaram dessa etapa 62 indivíduos, 31 com DM2 e 31 aparentemente saudáveis. No grupo com DM2 foi avaliado o índice tornozelo braquial, relação cintura-quadril, circunferência abdominal e resultados de exames bioquímicos. E em ambos os grupos, DM2 e saudáveis, foram avaliados percentual de gordura corporal (PGC), índice de massa corporal, nível de atividade física; e ainda por meio da NIRS, foram avaliados valores de perfusão tecidual periférica durante e após a manobra de oclusão arterial e o ISWT. Os principais achados desse estudo foram o valor significativamente mais baixo da StO2-menor durante o esforço no grupo com DM2 em relação ao grupo saudável (p=0,005), e a partir desse resultado, foi encontrada associação significativa entre essa variável com o nível de atividade física (p<0,001; r= -0,681), PGC total (p=0,001; r=0,590) e segmentar (p<0,001; r=0,625). Dessa forma, com o artigo 1 foram definidos adequadamente valores de referência para perfusão tecidual de membro inferior; e o artigo 2 indicou alguma alteração precoce de perfusão tecidual de membros inferiores no grupo com DM2, a qual ainda não apresenta repercussões clínicas, e foram indicadas medidas simples de rotina que podem ajudar a entender a microcirculação tecidual em indivíduos com DM2 sem alteração vascular aparente, permitindo assim, que a conduta clínica se antecipe às complicações vasculares.
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Nesse sentido, especialmente em indivíduos com DM2 que apresentam repercussão vascular e muitas vezes são assintomáticos, a NIRS possibilitaria um entendimento mais abrangente do metabolismo muscular. No entanto, não há registros na literatura de valores de referência da saturação de oxigênio tecidual (StO2) da principal musculatura acometida pela DAP, o tríceps sural, o que possibilitaria um entendimento mais aprofundado dos resultados provindos da NIRS em indivíduos com DM2 sem DAP aparente. Portanto, o objetivo dessa tese foi determinar valores de referência para perfusão tecidual periférica de membro inferior avaliada pela NIRS e explorar a aplicabilidade do uso da NIRS em indivíduos com DM2. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos, o primeiro teve como objetivo determinar valores de referência para perfusão tecidual periférica de membro inferior avaliada pela NIRS, no repouso e em esforço progressivo, em indivíduos aparentemente saudáveis. Em um município mineiro, entre agosto de 2018 e julho de 2019, foram selecionados 288 indivíduos de ambos os sexos, entre 30 a 79 anos de idade, aparentemente saudáveis. Os indivíduos selecionados foram submetidos às avaliações antropométrica, do nível de atividade física, e da StO2 durante e após a manobra de oclusão arterial e o incremental shuttle walking test (ISWT), por meio da NIRS. Nesse estudo observou-se que a mediana (P50) da StO2 basal (StO2-basal) e da menor StO2 obtida (StO2-menor) são menores nos homens em relação às mulheres, sendo na situação repouso a StO2-basal 6% menor e a StO2-menor 17% menor. No esforço essa diferença reduz para 3% e 10%, respectivamente, e, além disso, é observado um valor de mediana menor da StO2-final e um maior tempo para atingir a StO2-menor para os homens. Diferentemente dos valores de StO2 a mediana das taxas de desoxigenação (Tx-desox) e de reoxigenação (Tx-reox) são maiores nos homens na situação repouso, assim como, a Tx-reox na situação esforço. De acordo com os resultados apresentados em valores de percentis, em uma amostra aparentemente saudável de 30 a 79 anos de idade, há diferença entre sexos na distribuição da StO2 periférica de membros inferiores, a qual se mantêm nas diferentes faixas etárias com uma tendência de redução da StO2 com o avançar da idade. No segundo estudo o objetivo foi comparar parâmetros de perfusão tecidual periférica de membro inferior em repouso, durante e após esforço progressivo entre indivíduos com DM2 sem doença vascular aparente e indivíduos aparentemente saudáveis, além de avaliar os fatores associados à perfusão tecidual periférica de membro inferior em indivíduos com DM2 durante o esforço progressivo. Participaram dessa etapa 62 indivíduos, 31 com DM2 e 31 aparentemente saudáveis. 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Dessa forma, com o artigo 1 foram definidos adequadamente valores de referência para perfusão tecidual de membro inferior; e o artigo 2 indicou alguma alteração precoce de perfusão tecidual de membros inferiores no grupo com DM2, a qual ainda não apresenta repercussões clínicas, e foram indicadas medidas simples de rotina que podem ajudar a entender a microcirculação tecidual em indivíduos com DM2 sem alteração vascular aparente, permitindo assim, que a conduta clínica se antecipe às complicações vasculares.Near-Infrared Spectroscopy (NIRS) is a non-invasive method for continuous monitoring of tissue oxygenation and hemodynamics, brain and muscle, which has recently been used to investigate local muscle oxidative metabolism at rest and during exercise, both in athletic performance and in clinical situations involving health conditions. One of the main factors responsible for morbidity and mortality in individuals with type 2 diabetes mellitus (T2DM) is peripheral arterial disease (PAD). In this sense, especially in individuals with T2DM who have vascular repercussions and are often asymptomatic, NIRS would enable a broader understanding of muscle metabolism. However, there are no records in the literature of reference values of tissue oxygen saturation (StO2) of the main musculature affected by PAD, the sural triceps, which would allow a deeper understanding of the results provided with NIRS in DM2 without apparent PAD. Therefore, the aim of this thesis was to determine reference values for lower limb peripheral tissue perfusion assessed by NIRS and to explore the applicability of NIRS use in individuals with T2DM. Therefore, two studies were developed, the first aimed to determine reference values for peripheral tissue perfusion of the lower limb assessed by NIRS, at rest and in progressive effort, in apparently healthy individuals. In a Minas Gerais municipality, between August 2018 and July 2019, 288 apparently healthy individuals between 30 and 79 years of age were selected. The selected individuals underwent anthropometric, physical activity level, and StO2 assessments during and after the arterial occlusion maneuver and the incremental shuttle walking test (ISWT) using the NIRS. In this study, it was observed that the median (P50) of StO2 basal (StO2-basal) and of lowest StO2 obtained (StO2-lowest) are lower in men than in women, being at rest the StO2-basal 6% lower and the StO2-lowest 17% lower. In effort this difference reduces to 3% and 10%, respectively, and in addition, a lower median value of StO2-final and a longer time to reach StO2-lowest is observed for men. Unlike the StO2 values, the median deoxygenation (Tx-desox) and reoxygenation (Tx-reox) rates are higher in men at rest, as well as the Tx-reox in effort. According to the results presented in percentile values, in a apparently healthy sample from 30 to 79 years of age, there is gender difference in the distribution of peripheral lower limb StO2, which remains in the different age groups with a reduction tendency of StO2 with advancing age. In the second study the objective was to compare parameters of peripheral tissue perfusion of the lower limb at rest, during and after progressive effort between individuals with T2DM without apparent vascular disease and apparently healthy individuals, and to evaluate the factors associated with peripheral tissue perfusion of the lower limb in individuals with T2DM during progressive effort. Participated in this stage 62 subjects, 31 with DM2 and 31 apparently healthy. In the group with T2DM, the brachial ankle index, waist-hip ratio, waist circumference and biochemical test results were evaluated. And in both healthy and T2DM groups, body fat percentage (BFP), body mass index, physical activity level were evaluated; and also through NIRS, peripheral tissue perfusion values were evaluated during and after the arterial occlusion maneuver and the ISWT. The main findings of this study were the significantly lower value of StO2-lowest during exercise in the DM2 group compared to the healthy group (p=0.005), and from this result, a significant association was found between this variable and the level of physical activity (p<0.001; r= -0.681), total (p=0.001; r=0.590) and segmental (p<0.001; r=0.625) BFP. Thus, with article 1, reference values were adequately defined for lower limb tissue perfusion; and article 2 indicated some early alteration of lower limb tissue perfusion in the DM2 group, which has not yet clinical repercussions, and simple routine measures were indicated that may help to understand tissue microcirculation in individuals with T2DM without apparent vascular alteration, thus allowing clinical management to precede vascular complications.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALEspectroscopia de luz próxima ao infravermelhoMicrocirculaçãoPerfusãoMembros inferioresValores de referênciaDiabetes mellitus tipo 2Valores de referência para níveis de perfusão tecidual e uso da near-infrared spectroscopy (NIRS) em indivíduos com diabetesReference values for tissue perfusion levels and use of near-infrared spectroscopy (NIRS) in individuals with diabetesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALValéria Cristina de Faria_VERSÃO REPOSITÓRIO.pdfValéria Cristina de Faria_VERSÃO REPOSITÓRIO.pdfapplication/pdf2242162https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36282/3/Val%c3%a9ria%20Cristina%20de%20Faria_VERS%c3%83O%20REPOSIT%c3%93RIO.pdfbab8b028a588a7522956b42d5789a5f2MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36282/4/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD541843/362822021-06-02 18:01:46.239oai:repositorio.ufmg.br:1843/36282TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-02T21:01:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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