Diferenças individuais em personalidade, coping e saúde geral: um estudo comparativo em duas cidades mineiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alana Augusta Concesso de Andrade
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2MP9K
Resumo: Esta pesquisa estudou as diferenças individuais nos cinco fatores da personalidade, os modos de coping e a saúde geral em duas cidades mineiras. O objetivo foi investigar a validade de um instrumento de coping e as relações deste processo psicológico com a personalidade e a qualidade de vida, além de verificar se essas associações se reproduzem em dois contextos municipais diferenciados. Participaram do estudo 709 estudantes de ensino superior particular das cidades de Belo Horizonte e Sete Lagoas. A média de idade dos participantes foi de 25,13 anos (DP=7,85) e, em relação ao sexo, foram 69,81% de mulheres. As classes econômicas dominantes foram B e C, as quais representaram 84,20% da amostra. Os participantes responderam o teste de personalidade NEO-FFI-R, o questionário de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde WHOQOL, a Escala de Reajustamento Social e a Ways of Coping Checklist WCC, além de um teste de inteligência, como variável de controle, o Raciocínio Inferencial itens pares. As faculdades cederam salas de aula para a aplicação coletiva dos instrumentos. Os resultados indicaram evidências de precisão e validade da WCC, com a existência de três fatores (coping focado no problema, coping fuga-esquiva e coping fantasioso-religioso). Os três modos de coping se associaram com o número de estressores medidos pela Escala de Reajustamento Social e também com todos os cinco fatores da personalidade, especialmente Neuroticismo e Responsabilidade. Mulheres e pessoas mais jovens apresentaram piores modos de enfrentamento, como a fuga-esquiva. A WCC também se associou com todos os critérios de qualidade de vida, sendo o coping focado no problema relacionado com melhores níveis de saúde. A investigação das cidades mostrou que os belorizontinos são menos abertos à experiência, fogem mais dos problemas e tem menor saúde do meio ambiente quando comparados aos setelagoanos. Os modelos preditores de qualidade de vida, para cada cidade, mostraram que os traços de personalidade têm mais poder de explicação que o coping, especialmente Neuroticismo e Extroversão. O coping só prediz qualidade de vida em Belo Horizonte. Foram empregados ainda modelos preditores de coping nas duas cidades, as quais apresentaram variações na porcentagem de variância explicada. Contudo, revelaram algumas características comuns, como a importância do Neuroticismo e da Extroversão. Abertura, Cordialidade e Responsabilidade também tiveram contribuição nos modelos propostos, porém de formas diferenciadas para cada cidade. As variáveis sexo e idade tiveram pouco ou nenhum papel na regressão múltipla. A tese se limita a uma amostra específica e conclui-se que os modos de coping e a personalidade são essenciais para determinar a qualidade de vida humana. Acredita-se que os resultados contribuem para o atendimento de saúde em contextos clinicos e institucionais
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Os participantes responderam o teste de personalidade NEO-FFI-R, o questionário de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde WHOQOL, a Escala de Reajustamento Social e a Ways of Coping Checklist WCC, além de um teste de inteligência, como variável de controle, o Raciocínio Inferencial itens pares. As faculdades cederam salas de aula para a aplicação coletiva dos instrumentos. Os resultados indicaram evidências de precisão e validade da WCC, com a existência de três fatores (coping focado no problema, coping fuga-esquiva e coping fantasioso-religioso). Os três modos de coping se associaram com o número de estressores medidos pela Escala de Reajustamento Social e também com todos os cinco fatores da personalidade, especialmente Neuroticismo e Responsabilidade. Mulheres e pessoas mais jovens apresentaram piores modos de enfrentamento, como a fuga-esquiva. A WCC também se associou com todos os critérios de qualidade de vida, sendo o coping focado no problema relacionado com melhores níveis de saúde. A investigação das cidades mostrou que os belorizontinos são menos abertos à experiência, fogem mais dos problemas e tem menor saúde do meio ambiente quando comparados aos setelagoanos. Os modelos preditores de qualidade de vida, para cada cidade, mostraram que os traços de personalidade têm mais poder de explicação que o coping, especialmente Neuroticismo e Extroversão. O coping só prediz qualidade de vida em Belo Horizonte. Foram empregados ainda modelos preditores de coping nas duas cidades, as quais apresentaram variações na porcentagem de variância explicada. Contudo, revelaram algumas características comuns, como a importância do Neuroticismo e da Extroversão. Abertura, Cordialidade e Responsabilidade também tiveram contribuição nos modelos propostos, porém de formas diferenciadas para cada cidade. As variáveis sexo e idade tiveram pouco ou nenhum papel na regressão múltipla. A tese se limita a uma amostra específica e conclui-se que os modos de coping e a personalidade são essenciais para determinar a qualidade de vida humana. Acredita-se que os resultados contribuem para o atendimento de saúde em contextos clinicos e institucionaisThis research studied the individual differences in the five factors of personality, the ways of coping, and general health in two towns from Minas Gerais. The objective was to investigate the validity of the instrument of coping and the relation of this psychological process with personality and quality of life, and yet, to verify if these associations are replicated in two different contexts. It took part of the study 709 graduate students from private schools of Belo Horizonte and Sete Lagoas. The mean age were 25.13 years (SD=7.85) and there were 69.81% women. The majority of the economic classes of the sample were B and C, which represented 84.20%. The participants answered to the personality test NEO-FFI-R, the World Health Organization Quality of Life questionnaire WHOQOL, the Social Adjustment Scale and, the Ways of Coping Checklist WCC, besides those instruments, it was used, as a control variable, the Inferential Reasoning even items. The institutions spared classrooms for the collective evaluation of the participants. The results indicate evidence of construct validity of the WCC and the existence of three factors (problem focused coping, avoidance coping and, fantasy-religious coping). The three ways of coping were associated with the Social Adjustment Scale and also with all factors of personality, especially Neuroticism and Consciousness. Women and younger adults presented worse ways of coping, such as avoidance. The WCC also associated with all quality of life criteria and the problem focused coping were related to higher levels of health. The investigations of the two cities showed that the people from Belo Horizonte are less open to experience, avoid facing their problems and perceive worse quality of the environment, when they are compared to the people from Sete Lagoas. The predictor models of quality of life for each city showed that the personality traits have more explanation power than the ways of coping, especially Neuroticism and Extraversion. The ways of coping has prediction role only in the city of Belo Horizonte. It was applied, still, predictor models of coping in the two cities, which presented differences in the proportion of explained variance. However, they showed some common characteristics, such as the importance of Neuroticism and Extraversion. Openness, Agreeableness, and Consciousness have their contribution to the model as well, although, differently in each city. The variables sex and age have small or none role in the multiple regression. This thesis is limited by a specific sample, and it is concluded that the ways of coping and the personality traits are essential in order to determine human quality of life. The results contribute to the health care in clinics and institutionsUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGQualidade de vidaAjustamento (Psicologia)PersonalidadePsicologiaDiferenças culturaisSaúde geralDiferenças individuaisCopingPersonalidadeDiferenças individuais em personalidade, coping e saúde geral: um estudo comparativo em duas cidades mineirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_diferen_as_individuais_personalidade_coping_saude_geral_um_estudo__comparativo_em_duas_cidades_mineiras_biblioteca.pdfapplication/pdf1394386https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2MP9K/1/tese_diferen_as_individuais_personalidade_coping_saude_geral_um_estudo__comparativo_em_duas_cidades_mineiras_biblioteca.pdf7793394bdd9a262be5dd6d83a377cb95MD51TEXTtese_diferen_as_individuais_personalidade_coping_saude_geral_um_estudo__comparativo_em_duas_cidades_mineiras_biblioteca.pdf.txttese_diferen_as_individuais_personalidade_coping_saude_geral_um_estudo__comparativo_em_duas_cidades_mineiras_biblioteca.pdf.txtExtracted texttext/plain309443https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2MP9K/2/tese_diferen_as_individuais_personalidade_coping_saude_geral_um_estudo__comparativo_em_duas_cidades_mineiras_biblioteca.pdf.txt29ef5c49a109180a9d52883a9e49f350MD521843/BUOS-B2MP9K2020-01-29 16:29:13.257oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B2MP9KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-29T19:29:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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