Infecções intra-abdominais: aspectos microbiológicos e implicações sistêmicas com o hospedeiro

• Autor(a) principal: Regina Aparecida de Souza
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-99VGDH
• topic: Microbiologia; Microbiologia; Infecções intra-abdominais

As infecções intra-abdominais (IIA) estão entre as afecções mais comuns na prática clínica diária, constituindo uma das principais causas de atendimento em serviços de urgência. Estas infecções são geralmente polimicrobianas, envolvendo microrganismos da microbiota normal, aeróbios e anaeróbios obrigatórios, e patógenos hospitalares. Várias situações podem levar à IIA como a quebra de barreira anatômica em atos cirúrgicos, traumatismos, tumores, isquemias ou necrose. As IIA de origem hospitalar, especialmente em pacientes internados em centros de terapia intensiva e pós-cirúrgicos, representam alta morbidade tanto pela crescente resistência antimicrobiana, o que limita as opções terapêuticas, quanto devido às suas repercussões sistêmicas, que podem ser exacerbadas levando o paciente até mesmo à morte. O objetivo desse trabalho foi avaliar, por meio de revisão bibliográfica, aspectos gerais das infecções intra-abdominais, com ênfase no perfil microbiológico e implicações sistêmicas destas no hospedeiro. Tendo em vista a gravidade das IIA mesmo diante de toda a tecnologia disponível na medicina moderna, demonstrada pela alta prevalência e altos índices de mortalidade dos pacientes acometidos, este trabalho espera com a abordagem feita de aspectos da prevalência microbiana, bem como da crescente resistência destas a antimicrobianos, contribuir para adequação de esquemas terapêuticos mais racionais. Acreditando-se que o tratamento precoce e correto destas infecções possa evitar as suas consequências, espera-se ainda, que a abordagem imunológica e do tratamento abordadas neste estudo possam contribuir com dados úteis para o aprimoramento de programas de controle de infecção, visando o tempo de pacientes nos hospitais, a redução na mortalidade e, a diminuição das implicações sistêmicas no hospedeiro.