Como treinar a musculatura respiratória de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica?: uma revisão bibliográfica

• Autor(a) principal: Marcela Alves de Oliveira
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9ERFR5
• topic: Fisioterapia; Exercícios respiratórios Uso terapêutico; Respiração; Pulmões Doenças obstrutivas; Reabilitação; Músculos

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença caracterizada por obstrução do fluxo de ar do pulmão que, associa-se a uma resposta inflamatória anormal. Os portadores de DPOC apresentam disfunção muscular inspiratória devido aos efeitos combinados de aumento do trabalho respiratório, hiperinsulflação, subnutrição, hipoxemia e hipercapnia resultando em diminuição da força muscular inspiratória. O treinamento da musculatura inspiratória (TMI) tem sido estudado e considerado aspecto importante nos programas de reabilitação pulmonar , no entanto, ainda não há consenso na literatura acerca de um protocolo padrão para treinamento dessa musculatura em indivíduos com DPOC . OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi analisar os protocolos de TMI utilizados em artigos científicos a fim de que seja possível estabelecer a melhor forma de recrutamento da musculatura inspiratória, proporcionando melhoria dos sintomas e conseqüentemente da qualidade de vida dos pacientes. METODOLOGIA: A busca da literatura foi realizada através das bases de dados LILACS, PEDro e Pubmed, utilizando as palavras chave: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), reabilitação pulmonar, treinamento da musculatura respiratória, treinamento da musculatura inspiratória e suas sinonímias na língua inglesa. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos (2005-2010) que avaliaram a resposta do TMI em pacientes portadores de DPOC nas seguintes variáveis: força muscular inspiratória, dispnéia, capacidade de exercício e qualidade de vida. RESULTADOS: Foram selecionados para o estudo 11 artigos, dentre estes 2 revisões sistemáticas, 2 revisões bibliográficas, 6 estudos experimentais e 1 quase experimental. Todos os artigos utilizados nesta revisão evidenciaram melhora em pelo menos uma das variáveis analisadas (força muscular inspiratória, dispnéia, capacidade de exercício e qualidade de vida) tornando possível inferir qual seria um protocolo eficaz de TMI para o indivíduo portador de DPOC. CONCLUSÃO: O TMI é eficaz no tratamento de indivíduos com DPOC, pois proporciona melhora significativa dos sintomas. Os dados sugerem que um protocolo com carga de 40% da PImax , freqüência mínima de 3 vezes por semana , tempo de treinamento inicial de 15 a 30 minutos e duração mínima de 5 semanas será capaz de promover alterações significativas nas variáveis de maior impacto na rotina de um paciente com DPOC.