Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/38649 |
Resumo: | A cidade contemporânea, inserida na lógica de acumulação de capital, vem sendo produzida de forma segregativa, impedindo grande parte de sua população de ter acesso à moradia. As ocupações urbanas surgem como uma forma de fazer frente à esse problema. Ao falarmos destas, não resumimos moradia à dimensão da casa. Neste estudo, moradia deve ser compreendida como espaço social de reprodução cotidiana da vida, que transborda e remodela dinamicamente os limites do que é privado, do que é público e do que é comum em um dado território. Nesse trabalho de pesquisa, que parte do conhecimento acessado e produzido em minha experiência militante em movimentos centrados no espaço urbano, busco contribuir para o debate colocado sobre o desenvolvimento da agricultura e da agroecologia urbana. Em específico, me interesso pelas ações coletivas de grupos que se engajam em demandas sociais de famílias que se colocam na luta pelo direito à moradia e à cidade; em especial, àquelas que se organizam em ocupações urbanas. O coletivo Agroecologia na Periferia é um desses grupos de facilitadores e desafiadores; um conjunto de indivíduos que atua no intuito de trabalhar a cidade em suas dimensões ecológica, produtiva e inclusiva, por acreditar na agricultura urbana e nas práticas agroecológicas como alternativa para a promoção da qualidade e sustentabilidade de vida nos grandes centros urbanos. Como fruto dessa relação e método de intervenção, surge um projeto de um grupo de moradore(a)s da ocupação Tomas Balduíno: a construção de uma horta comunitária agrupada, caso que será aprofundado nesta dissertação. Neste trabalho, pretendo orientar a análise para como se dá o processo de constituição e emergência desse grupos produtivo, nessa relação entre atores externos e moradores de ocupações; e como estes impactam na vida do conjunto das famílias e, também, como o fato de estar inserido neste contexto interfere, ou reverbera, em sua constituição. A organização do trabalho coletivo observada aponta indícios de como caminhar no sentido da necessária aproximação da dimensão produtiva, que no capitalismo se encontra centrada na acumulação de mais-valia, e da dimensão reprodutiva da vida, que nesse regime é reduzida à reprodução da força de trabalho. Nesse sentido, nos parece que a organização do trabalho observada na constituição da horta coletiva na ocupação Tomás Balduíno nos conduz a pensar a possibilidade de um trabalho não estranhado e de maior apropriação dos meios de (re)produção de vida, ou, em outras palavras, de autorregulação dos modos de vida por parte dos moradores da ocupação envolvidos nessa experiência. |
id |
UFMG_36c3e9d080a9eb08a15060e9d099333d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/38649 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Francisco de Paula Antunes Limahttp://lattes.cnpq.br/0191107377051312Fabiana Goulart de OliveiraDaniela Adil Oliveira de AlmeidaViviane Zerlotini Silvahttp://lattes.cnpq.br/4903164840052509Vivian Franchi Tofanelli2021-11-11T19:18:56Z2021-11-11T19:18:56Z2018-07-12http://hdl.handle.net/1843/38649A cidade contemporânea, inserida na lógica de acumulação de capital, vem sendo produzida de forma segregativa, impedindo grande parte de sua população de ter acesso à moradia. As ocupações urbanas surgem como uma forma de fazer frente à esse problema. Ao falarmos destas, não resumimos moradia à dimensão da casa. Neste estudo, moradia deve ser compreendida como espaço social de reprodução cotidiana da vida, que transborda e remodela dinamicamente os limites do que é privado, do que é público e do que é comum em um dado território. Nesse trabalho de pesquisa, que parte do conhecimento acessado e produzido em minha experiência militante em movimentos centrados no espaço urbano, busco contribuir para o debate colocado sobre o desenvolvimento da agricultura e da agroecologia urbana. Em específico, me interesso pelas ações coletivas de grupos que se engajam em demandas sociais de famílias que se colocam na luta pelo direito à moradia e à cidade; em especial, àquelas que se organizam em ocupações urbanas. O coletivo Agroecologia na Periferia é um desses grupos de facilitadores e desafiadores; um conjunto de indivíduos que atua no intuito de trabalhar a cidade em suas dimensões ecológica, produtiva e inclusiva, por acreditar na agricultura urbana e nas práticas agroecológicas como alternativa para a promoção da qualidade e sustentabilidade de vida nos grandes centros urbanos. Como fruto dessa relação e método de intervenção, surge um projeto de um grupo de moradore(a)s da ocupação Tomas Balduíno: a construção de uma horta comunitária agrupada, caso que será aprofundado nesta dissertação. Neste trabalho, pretendo orientar a análise para como se dá o processo de constituição e emergência desse grupos produtivo, nessa relação entre atores externos e moradores de ocupações; e como estes impactam na vida do conjunto das famílias e, também, como o fato de estar inserido neste contexto interfere, ou reverbera, em sua constituição. A organização do trabalho coletivo observada aponta indícios de como caminhar no sentido da necessária aproximação da dimensão produtiva, que no capitalismo se encontra centrada na acumulação de mais-valia, e da dimensão reprodutiva da vida, que nesse regime é reduzida à reprodução da força de trabalho. Nesse sentido, nos parece que a organização do trabalho observada na constituição da horta coletiva na ocupação Tomás Balduíno nos conduz a pensar a possibilidade de um trabalho não estranhado e de maior apropriação dos meios de (re)produção de vida, ou, em outras palavras, de autorregulação dos modos de vida por parte dos moradores da ocupação envolvidos nessa experiência.The contemporary city in the logic of capital accumulation, has been produced in a segregated form, preventing most of its population to access housing. The urban occupations are emerging as a way to stand up to this problem. Here, we do not summarize housing in the dwelling standards. In this study, housing must be understood as social space of everyday life reproduction, which overflows and dynamically reshapes the boundaries of what is private, of what is public and what is common in a given territory. In this research work, which comes from the knowledge accessed and produced in my militant experience in movements centered in urban space, I seek to contribute to the debate about development of urban agriculture and agroecology. In particular, I am interested in the collective actions of groups that engage in social demands of families facing the struggle for the right to housing and to the city; in particular, those families who organize themselves in urban occupations. The collective ‘Agroecology in the Periphery’ is one of these groups of facilitators and challengers; a set of individuals who acts in order to work the city in their ecological, productive and inclusive dimensions, for believing in urban agriculture and agroecological practices as a real alternative to the promotion of quality and sustainable life in large urban centers. As a result of this relationship and method of intervention, a project of a group of residents of the occupation Tomas Balduíno emerged: the construction of a community/grouped vegetable garden, case that will be deepened in this dissertation. In this work, I intend to guide the analysis to how the process of constitution and emergency of that productive groups is done, in this relationship between external actors and residents of occupations; and how these impact on the lives of the conjunct of families and, also, how the fact of being inserted in this context interfere or reverberates in its constitution. The organization of the collective work observed shows clues of how to walk towards the necessary approximation of the productive dimension, which in capitalism is centered on the accumulation of surplus value, and the reproductive dimension of life, which in this regime is reduced to the reproduction of the workforce. In this way, it seems to us that the organization of the work observed in the constitution of the collective vegetable garden in the occupation Tomás Balduíno leads us, thus, to think about the possibility of an not-estranged work and of greater appropriation of the means of (re)production of life, or, in other words, the self-regulation of the forms-of-life by the residents of the occupation involved in this experience.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de ProduçãoUFMGBrasilENG - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA PRODUÇÃOEngenharia de produçãoAgricultura urbanaAgroecologiaTrabalho coletivoOcupações urbanasAgroecologiaAgricultura urbanaTrabalho coletivoCotidianoReproduçãoDos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbanaFrom collective works to work collectives: an agroecological experience in an urban occupationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTOFANELLI, Vivian_Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho_uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana .pdfTOFANELLI, Vivian_Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho_uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana .pdfapplication/pdf6567972https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38649/1/TOFANELLI%2c%20Vivian_Dos%20trabalhos%20coletivos%20aos%20coletivos%20de%20trabalho_uma%20experi%c3%aancia%20agroecol%c3%b3gica%20em%20uma%20ocupa%c3%a7%c3%a3o%20urbana%20.pdf37db553871fc597944202af251e23c0fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38649/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/386492021-11-11 16:18:56.827oai:repositorio.ufmg.br:1843/38649TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-11-11T19:18:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
From collective works to work collectives: an agroecological experience in an urban occupation |
title |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
spellingShingle |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana Vivian Franchi Tofanelli Ocupações urbanas Agroecologia Agricultura urbana Trabalho coletivo Cotidiano Reprodução Engenharia de produção Agricultura urbana Agroecologia Trabalho coletivo |
title_short |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
title_full |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
title_fullStr |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
title_full_unstemmed |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
title_sort |
Dos trabalhos coletivos aos coletivos de trabalho: uma experiência agroecológica em uma ocupação urbana |
author |
Vivian Franchi Tofanelli |
author_facet |
Vivian Franchi Tofanelli |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Francisco de Paula Antunes Lima |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0191107377051312 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Fabiana Goulart de Oliveira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Daniela Adil Oliveira de Almeida |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Viviane Zerlotini Silva |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4903164840052509 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vivian Franchi Tofanelli |
contributor_str_mv |
Francisco de Paula Antunes Lima Fabiana Goulart de Oliveira Daniela Adil Oliveira de Almeida Viviane Zerlotini Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ocupações urbanas Agroecologia Agricultura urbana Trabalho coletivo Cotidiano Reprodução |
topic |
Ocupações urbanas Agroecologia Agricultura urbana Trabalho coletivo Cotidiano Reprodução Engenharia de produção Agricultura urbana Agroecologia Trabalho coletivo |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Engenharia de produção Agricultura urbana Agroecologia Trabalho coletivo |
description |
A cidade contemporânea, inserida na lógica de acumulação de capital, vem sendo produzida de forma segregativa, impedindo grande parte de sua população de ter acesso à moradia. As ocupações urbanas surgem como uma forma de fazer frente à esse problema. Ao falarmos destas, não resumimos moradia à dimensão da casa. Neste estudo, moradia deve ser compreendida como espaço social de reprodução cotidiana da vida, que transborda e remodela dinamicamente os limites do que é privado, do que é público e do que é comum em um dado território. Nesse trabalho de pesquisa, que parte do conhecimento acessado e produzido em minha experiência militante em movimentos centrados no espaço urbano, busco contribuir para o debate colocado sobre o desenvolvimento da agricultura e da agroecologia urbana. Em específico, me interesso pelas ações coletivas de grupos que se engajam em demandas sociais de famílias que se colocam na luta pelo direito à moradia e à cidade; em especial, àquelas que se organizam em ocupações urbanas. O coletivo Agroecologia na Periferia é um desses grupos de facilitadores e desafiadores; um conjunto de indivíduos que atua no intuito de trabalhar a cidade em suas dimensões ecológica, produtiva e inclusiva, por acreditar na agricultura urbana e nas práticas agroecológicas como alternativa para a promoção da qualidade e sustentabilidade de vida nos grandes centros urbanos. Como fruto dessa relação e método de intervenção, surge um projeto de um grupo de moradore(a)s da ocupação Tomas Balduíno: a construção de uma horta comunitária agrupada, caso que será aprofundado nesta dissertação. Neste trabalho, pretendo orientar a análise para como se dá o processo de constituição e emergência desse grupos produtivo, nessa relação entre atores externos e moradores de ocupações; e como estes impactam na vida do conjunto das famílias e, também, como o fato de estar inserido neste contexto interfere, ou reverbera, em sua constituição. A organização do trabalho coletivo observada aponta indícios de como caminhar no sentido da necessária aproximação da dimensão produtiva, que no capitalismo se encontra centrada na acumulação de mais-valia, e da dimensão reprodutiva da vida, que nesse regime é reduzida à reprodução da força de trabalho. Nesse sentido, nos parece que a organização do trabalho observada na constituição da horta coletiva na ocupação Tomás Balduíno nos conduz a pensar a possibilidade de um trabalho não estranhado e de maior apropriação dos meios de (re)produção de vida, ou, em outras palavras, de autorregulação dos modos de vida por parte dos moradores da ocupação envolvidos nessa experiência. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-07-12 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-11-11T19:18:56Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-11-11T19:18:56Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/38649 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/38649 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ENG - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA PRODUÇÃO |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38649/1/TOFANELLI%2c%20Vivian_Dos%20trabalhos%20coletivos%20aos%20coletivos%20de%20trabalho_uma%20experi%c3%aancia%20agroecol%c3%b3gica%20em%20uma%20ocupa%c3%a7%c3%a3o%20urbana%20.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38649/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
37db553871fc597944202af251e23c0f 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589314303492096 |