Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rafael de Pinho Queiroz
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31334
Resumo: Introdução: O conhecimento da epidemiologia das uveítes é importante na avaliação clínica, sendo sua ocorrência, etiologia, prognóstico e gravidade afetados por fatores genéticos, raciais, geográficos, sociais e ambientais. Além disso, o desenvolvimento de métodos/critérios diagnósticos e a emergência/ reemergência de novas/antigas doenças também pode modificar a etiologia das uveítes com o tempo. Objetivo: Investigar o perfil clínico e epidemiológico dos indivíduos com uveíte atendidos em serviço público universitário de referência em Minas Gerais e compará-lo a dados nacionais e internacionais. Método: Estudo retrospectivo incluindo todos os novos pacientes com uveíte em atividade atendidos no Setor de Uveítes do Hospital São Geraldo/HC-UFMG, entre os anos de 2004 e 2013. Foram coletados e analisados dados referentes à idade, sexo, acuidade visual (AV), classificação anatômica da uveíte, etiologia, doença sistêmica associada, infecção por HIV, intervenções cirúrgicas, internação. e tempo de seguimento. Resultados: Foram incluídos 3683 pacientes com uveíte, com média de idade de 33.8 ± 15.7 anos, sendo 1853 (50,3%) do sexo feminino. A maioria dos pacientes (56,0%) encontrava-se entre 19-40 anos e 6,7% eram infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). À admissão, 39,1% dos pacientes (1416/3620) apresentavam AV ≤20/200 em pelo menos um olho e 5,5% (197/3607) tinham AV compatível com cegueira legal (≤20/200 no melhor olho). Uveítes infecciosas foram responsáveis por 65,5% dos casos e um diagnóstico específico foi possível em 72,3% dos pacientes, sendo que 13,3% dos casos de uveítes não-infecciosas estavam associados a doença sistêmica. A etiologia mais frequentemente encontrada foi a toxoplasmose (53,9%), e outras etiologias infecciosas incluíram herpes simples/zoster (3,6%), sífilis (1,8%), HIV (1,7%), CMV (1.5%) e tuberculose (0,7%). Entre as uveítes não-infecciosas, prevaleceram os quadros de etiologia indeterminada (idiopáticos), exceto entre as panuveítes, em que a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (SVKH) foi o diagnóstico mais frequente (43,2%). A ciclite heterocrômica de Fuchs (CHF) foi identificada em 40 pacientes (1,1%). Diferenças na distribuição entre os sexos foi encontrada na sífilis e na retinopatia pelo HIV, mais frequentemente diagnosticadas em homens, e na SVKH, mais frequente em mulheres. Após seguimento médio de 11 meses (mediana de 2,7 meses), 29% dos pacientes (1054/3627) apresentavam AV ≤20/200 em pelo menos um olho e 4,1% (147/3563) tinham AV compatível com cegueira legal. O tempo de seguimento dos casos de etiologia indeterminada foi significativamente menor que daqueles não-infecciosos associados a doença sistêmica (9.4 ± 17,7 versus 28.5 ± 28,7 meses; p<0,001). Conclusão: As uveítes acometeram predominantemente indivíduos jovens, em fase produtiva da vida, com quase um terço evoluindo com perda significativa da visão em pelo menos uma olho. Observou- aumento na prevalência das uveítes infecciosas, notadamente a toxoplásmica, herpética e sifilítica, permanecendo a primeira com principal causa de inflamação intraocular no nosso serviço. Uveítes não-infecciosas ainda são importantes, especialmente a uveíte anterior idiopática e a SVKH, que representa a principal panuveíte. Esses achados podem subsidiar estratégias para prevenção / melhora da assistência aos indivíduos com uveíte.
id UFMG_37aa42574711254d7291a8c0fc4ef23d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/31334
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Daniel Vítor de Vasconcelos Santoshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4755190E5André Luís Land CuriLuciene Chaves Fernandeshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8540781E6Rafael de Pinho Queiroz2019-11-28T21:24:00Z2019-11-28T21:24:00Z2017-02-21http://hdl.handle.net/1843/31334Introdução: O conhecimento da epidemiologia das uveítes é importante na avaliação clínica, sendo sua ocorrência, etiologia, prognóstico e gravidade afetados por fatores genéticos, raciais, geográficos, sociais e ambientais. Além disso, o desenvolvimento de métodos/critérios diagnósticos e a emergência/ reemergência de novas/antigas doenças também pode modificar a etiologia das uveítes com o tempo. Objetivo: Investigar o perfil clínico e epidemiológico dos indivíduos com uveíte atendidos em serviço público universitário de referência em Minas Gerais e compará-lo a dados nacionais e internacionais. Método: Estudo retrospectivo incluindo todos os novos pacientes com uveíte em atividade atendidos no Setor de Uveítes do Hospital São Geraldo/HC-UFMG, entre os anos de 2004 e 2013. Foram coletados e analisados dados referentes à idade, sexo, acuidade visual (AV), classificação anatômica da uveíte, etiologia, doença sistêmica associada, infecção por HIV, intervenções cirúrgicas, internação. e tempo de seguimento. Resultados: Foram incluídos 3683 pacientes com uveíte, com média de idade de 33.8 ± 15.7 anos, sendo 1853 (50,3%) do sexo feminino. A maioria dos pacientes (56,0%) encontrava-se entre 19-40 anos e 6,7% eram infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). À admissão, 39,1% dos pacientes (1416/3620) apresentavam AV ≤20/200 em pelo menos um olho e 5,5% (197/3607) tinham AV compatível com cegueira legal (≤20/200 no melhor olho). Uveítes infecciosas foram responsáveis por 65,5% dos casos e um diagnóstico específico foi possível em 72,3% dos pacientes, sendo que 13,3% dos casos de uveítes não-infecciosas estavam associados a doença sistêmica. A etiologia mais frequentemente encontrada foi a toxoplasmose (53,9%), e outras etiologias infecciosas incluíram herpes simples/zoster (3,6%), sífilis (1,8%), HIV (1,7%), CMV (1.5%) e tuberculose (0,7%). Entre as uveítes não-infecciosas, prevaleceram os quadros de etiologia indeterminada (idiopáticos), exceto entre as panuveítes, em que a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (SVKH) foi o diagnóstico mais frequente (43,2%). A ciclite heterocrômica de Fuchs (CHF) foi identificada em 40 pacientes (1,1%). Diferenças na distribuição entre os sexos foi encontrada na sífilis e na retinopatia pelo HIV, mais frequentemente diagnosticadas em homens, e na SVKH, mais frequente em mulheres. Após seguimento médio de 11 meses (mediana de 2,7 meses), 29% dos pacientes (1054/3627) apresentavam AV ≤20/200 em pelo menos um olho e 4,1% (147/3563) tinham AV compatível com cegueira legal. O tempo de seguimento dos casos de etiologia indeterminada foi significativamente menor que daqueles não-infecciosos associados a doença sistêmica (9.4 ± 17,7 versus 28.5 ± 28,7 meses; p<0,001). Conclusão: As uveítes acometeram predominantemente indivíduos jovens, em fase produtiva da vida, com quase um terço evoluindo com perda significativa da visão em pelo menos uma olho. Observou- aumento na prevalência das uveítes infecciosas, notadamente a toxoplásmica, herpética e sifilítica, permanecendo a primeira com principal causa de inflamação intraocular no nosso serviço. Uveítes não-infecciosas ainda são importantes, especialmente a uveíte anterior idiopática e a SVKH, que representa a principal panuveíte. Esses achados podem subsidiar estratégias para prevenção / melhora da assistência aos indivíduos com uveíte.Introduction: Knowledge of uveitis epidemiology is important for clinical evaluation, as occurrence, etiology, outcome and severity are affected by genetic, racial, geographical, social and environmental factors. Furthermore, improvement of diagnostic methods and criteria and the emergence/reemergence of new/old entities may influence subjacent etiologies over time. Objective: To investigate clinical and epidemiological profile of uveitis subjects seen at a public university-based referral center in Southeastern Brazil over a 10-year period and to compare it to national and international published data. Methods: Longitudinal retrospective study including all patients with active uveitis consecutively seen at the Uveitis Unit of Hospital São Geraldo/HC-UFMG, between 2004 and 2013. Data analyzed consisted of age, sex, visual acuity, anatomic classification of uveitis, etiology, associated systemic diseases, HIV coinfection, surgical interventions, hospitalization and follow-up time. Results: 3683 patients were eventually included for analysis, with a mean age of 33.8 ± 15.7 years, with 1853 (50.3%) being female. Most patients were aged between 19-40 years (56.0%) and 6.7% were infected by the human immunodeficiency virus (HIV). At presentation, 1416/3620 (39.1%) patients showed BCVA ≤20/200 in at least one eye and 197/3607 (5.5%) were legally blind (BCVA ≤20/200 in the better seeing eye). Infectious uveitis was responsible for 65.5% of cases, and a specific diagnosis was possible in 72.3%, with 13.3% of cases of noninfectious uveitis being associated with an underlying systemic disease. Toxoplasmosis was the most frequent etiology (53.9%), and other infectious causes included herpes simplex/zoster (3.6%), syphilis (1.8%), HIV (1.7%), CMV (1.5%) and tuberculosis (0.7%). Among noninfectious uveitis, cases of undetermined etiology (idiopathic) prevailed, except among panuveitis, in which Vogt-Koyanagi-Harada disease(VKH) was the most frequent etiology (43.2%). Fuchs heterochromic cyclitis (FHC) was identified in 40 patients (1.1%). Gender differences were disclosed in syphilis and HIV microangiopathy, more often diagnosed in men, and in VKH, more frequent in women. Mean duration of follow-up was 11.0 ± 18.4 months (median: 2.7 months), at the end of which 1054/3627 patients (29%) had a final BCVA of ≤20/200 in at least one eye and 147/3563 (4.1%) were considered blind. Length of follow-up of cases with undetermined etiology was significantly shorter than those noninfectious cases associated with systemic diseases (9.4 ± 17.7 versus 28.5 ± 28.7 months; p<0.001). Conclusions: Uveitis affected mostly young patients, in their productive phase of life. Nearly one third evolved with significant visual impairment in at least one eye. We found an increased prevalence of infectious uveitis, particularly toxoplasmosis, herpes simplex/zoster and syphilis. The former remains the leading etiology of intraocular inflammation in our referral center. Noninfectious uveitides are still relevant, especially idiopathic anterior uveitis and Vogt-Koyanagi-Harada disease, the latter being the most common type of panuveitis. These data may subsidize strategies to prevent/improve care of individuals with uveitis.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina TropicalUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAUveíteUveíte - EtiologiaEpidemiologiaToxoplasmoseEpidemiologiaUveíteEtiologiaToxoplasmosePerfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPerfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo.pdfPerfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo.pdfapplication/pdf2435066https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31334/1/Perfil%20cl%c3%adnico%20e%20epidemiol%c3%b3gico%20das%20uve%c3%adtes%20no%20Hospital%20S%c3%a3o%20Geraldo.pdfc68b73a95720420bb5accc57a622a491MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31334/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTPerfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo.pdf.txtPerfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo.pdf.txtExtracted texttext/plain120405https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31334/3/Perfil%20cl%c3%adnico%20e%20epidemiol%c3%b3gico%20das%20uve%c3%adtes%20no%20Hospital%20S%c3%a3o%20Geraldo.pdf.txt3eb059c1d58818c0a22f08c4f12777daMD531843/313342019-11-29 03:25:57.591oai:repositorio.ufmg.br:1843/31334TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-29T06:25:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
title Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
spellingShingle Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
Rafael de Pinho Queiroz
Epidemiologia
Uveíte
Etiologia
Toxoplasmose
Uveíte
Uveíte - Etiologia
Epidemiologia
Toxoplasmose
title_short Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
title_full Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
title_fullStr Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
title_full_unstemmed Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
title_sort Perfil clínico e epidemiológico das uveítes no Hospital São Geraldo/Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
author Rafael de Pinho Queiroz
author_facet Rafael de Pinho Queiroz
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Daniel Vítor de Vasconcelos Santos
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4755190E5
dc.contributor.referee1.fl_str_mv André Luís Land Curi
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Luciene Chaves Fernandes
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8540781E6
dc.contributor.author.fl_str_mv Rafael de Pinho Queiroz
contributor_str_mv Daniel Vítor de Vasconcelos Santos
André Luís Land Curi
Luciene Chaves Fernandes
dc.subject.por.fl_str_mv Epidemiologia
Uveíte
Etiologia
Toxoplasmose
topic Epidemiologia
Uveíte
Etiologia
Toxoplasmose
Uveíte
Uveíte - Etiologia
Epidemiologia
Toxoplasmose
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Uveíte
Uveíte - Etiologia
Epidemiologia
Toxoplasmose
description Introdução: O conhecimento da epidemiologia das uveítes é importante na avaliação clínica, sendo sua ocorrência, etiologia, prognóstico e gravidade afetados por fatores genéticos, raciais, geográficos, sociais e ambientais. Além disso, o desenvolvimento de métodos/critérios diagnósticos e a emergência/ reemergência de novas/antigas doenças também pode modificar a etiologia das uveítes com o tempo. Objetivo: Investigar o perfil clínico e epidemiológico dos indivíduos com uveíte atendidos em serviço público universitário de referência em Minas Gerais e compará-lo a dados nacionais e internacionais. Método: Estudo retrospectivo incluindo todos os novos pacientes com uveíte em atividade atendidos no Setor de Uveítes do Hospital São Geraldo/HC-UFMG, entre os anos de 2004 e 2013. Foram coletados e analisados dados referentes à idade, sexo, acuidade visual (AV), classificação anatômica da uveíte, etiologia, doença sistêmica associada, infecção por HIV, intervenções cirúrgicas, internação. e tempo de seguimento. Resultados: Foram incluídos 3683 pacientes com uveíte, com média de idade de 33.8 ± 15.7 anos, sendo 1853 (50,3%) do sexo feminino. A maioria dos pacientes (56,0%) encontrava-se entre 19-40 anos e 6,7% eram infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). À admissão, 39,1% dos pacientes (1416/3620) apresentavam AV ≤20/200 em pelo menos um olho e 5,5% (197/3607) tinham AV compatível com cegueira legal (≤20/200 no melhor olho). Uveítes infecciosas foram responsáveis por 65,5% dos casos e um diagnóstico específico foi possível em 72,3% dos pacientes, sendo que 13,3% dos casos de uveítes não-infecciosas estavam associados a doença sistêmica. A etiologia mais frequentemente encontrada foi a toxoplasmose (53,9%), e outras etiologias infecciosas incluíram herpes simples/zoster (3,6%), sífilis (1,8%), HIV (1,7%), CMV (1.5%) e tuberculose (0,7%). Entre as uveítes não-infecciosas, prevaleceram os quadros de etiologia indeterminada (idiopáticos), exceto entre as panuveítes, em que a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (SVKH) foi o diagnóstico mais frequente (43,2%). A ciclite heterocrômica de Fuchs (CHF) foi identificada em 40 pacientes (1,1%). Diferenças na distribuição entre os sexos foi encontrada na sífilis e na retinopatia pelo HIV, mais frequentemente diagnosticadas em homens, e na SVKH, mais frequente em mulheres. Após seguimento médio de 11 meses (mediana de 2,7 meses), 29% dos pacientes (1054/3627) apresentavam AV ≤20/200 em pelo menos um olho e 4,1% (147/3563) tinham AV compatível com cegueira legal. O tempo de seguimento dos casos de etiologia indeterminada foi significativamente menor que daqueles não-infecciosos associados a doença sistêmica (9.4 ± 17,7 versus 28.5 ± 28,7 meses; p<0,001). Conclusão: As uveítes acometeram predominantemente indivíduos jovens, em fase produtiva da vida, com quase um terço evoluindo com perda significativa da visão em pelo menos uma olho. Observou- aumento na prevalência das uveítes infecciosas, notadamente a toxoplásmica, herpética e sifilítica, permanecendo a primeira com principal causa de inflamação intraocular no nosso serviço. Uveítes não-infecciosas ainda são importantes, especialmente a uveíte anterior idiopática e a SVKH, que representa a principal panuveíte. Esses achados podem subsidiar estratégias para prevenção / melhora da assistência aos indivíduos com uveíte.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-02-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-11-28T21:24:00Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-11-28T21:24:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/31334
url http://hdl.handle.net/1843/31334
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31334/1/Perfil%20cl%c3%adnico%20e%20epidemiol%c3%b3gico%20das%20uve%c3%adtes%20no%20Hospital%20S%c3%a3o%20Geraldo.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31334/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31334/3/Perfil%20cl%c3%adnico%20e%20epidemiol%c3%b3gico%20das%20uve%c3%adtes%20no%20Hospital%20S%c3%a3o%20Geraldo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c68b73a95720420bb5accc57a622a491
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
3eb059c1d58818c0a22f08c4f12777da
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676989799596032