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Cássio Maldonado Turra3731419801596355Marília Regina NepomucenoLaura Lídia Rodríguez WongBernardo Lanza QueirozPamila Cristina Lima SivieroCarl Schmertmann7750442248816222Larissa Gonçalves Souza2023-06-07T18:40:59Z2023-06-07T18:40:59Z2023-05-17http://hdl.handle.net/1843/54659No Brasil, embora seja bem documentado que as mulheres vivem mais e têm uma menor variabilidade da idade à morte, a maioria dos estudos se concentrou em períodos recentes, devido à falta de dados disponíveis. Além disso, permanece uma lacuna sobre a contribuição das causas de morte e grupos etários para explicar o hiato de gênero na mortalidade e sua evolução ao longo de um período mais extenso. Nesse contexto, esta tese contribui para a compreensão dos padrões desiguais de mortalidade entre homens e mulheres ao investigar como e por que a experiência de mortalidade da população masculina e feminina diferiu no município de São Paulo, no período de 1920 a 2020. A escolha do município de São Paulo se deve ao fato de ser um dos mais desenvolvidos do país e por fornecer indicativos da trajetória esperada para as demais regiões. A tese foi dividida em três artigos. No primeiro, o diferencial de gênero na longevidade foi analisado, sob a perspectiva da expectativa de vida aos 10 anos, idade mediana à morte e idade modal à morte. O diferencial de gênero na variabilidade da idade à morte foi examinado por meio da distância interquartílica e do desvio padrão da idade à morte. Os resultados mostraram que as mulheres experimentaram maior idade à morte, em comparação aos homens, em todo o período analisado. Contudo, a menor dispersão da idade à morte entre as mulheres foi observada apenas a partir de meados do século XX. Em relação à tendência temporal, os resultados indicaram que, após um período de ampliação do hiato de gênero na mortalidade, um estreitamento das diferenças tem ocorrido desde 1995. Para analisar a contribuição das causas de morte e grupos etários, primeiro foi necessário tornar as séries de óbitos comparáveis ao longo do tempo, visto que as tendências de mortalidade foram afetadas pelas revisões periódicas na Classificação Internacional de Doenças (CID). Essa etapa foi realizada no segundo artigo, com os dados de óbitos de 1950 a 2020 (CID-6 a CID-10), devido à dificuldade de conciliação de versões anteriores da CID. As séries de óbitos compatibilizadas por causas de morte, grupo etário (a partir do 1º ano de idade) e sexo apresentaram um comportamento coerente, portanto, sem flutuações inesperadas. Esse resultado possibilitou a análise da a contribuição do padrão etário e das causas de morte para o diferencial de expectativa de vida à exata idade 1, no terceiro artigo. Assim, a análise de decomposição do hiato de gênero na expectativa de vida indicou que os adultos de 35 a 59 e idosos de 60 a 79 anos foram os grupos que mais contribuíram para a formação do diferencial. Apenas entre 1985 e 2000, a contribuição do grupo etário de 15 a 34 anos cresceu substancialmente, atingindo níveis semelhantes à participação dos idosos. A maior mortalidade dos homens por doenças do aparelho circulatório, causas externas e neoplasias explicou a maior parte do hiato de gênero, em todo período analisado. A tendência de aumento do hiato de gênero na expectativa de vida até 1995, seguida pela diminuição do diferencial, foi explicada, principalmente, pela variação da mortalidade nos grupos etários de 15 a 34 anos e 35 a 59 anos. A contribuição desses grupos etários foi associada, em grande parte, à mortalidade por causas externas. No entanto, os resultados sugerem que reduções futuras do hiato gênero na mortalidade dependerão não só da contínua diminuição da diferença de mortalidade por causas externas, mas, sobretudo da mortalidade por doenças do aparelho circulatório e neoplasias, principalmente entre os idosos. Os achados desta tese contribuem para melhor compreensão dos padrões desiguais de mortalidade entre homens e mulheres, fornecendo subsídios para ações direcionadas à diminuição do diferencial de gênero na mortalidade.In Brazil, it is well-documented that women live longer and have less variability in age at death than men. However, most studies focus on recent periods due to insufficient available data. In addition, there is a gap in understanding the contribution of causes of death and age groups to explain the gender gap in mortality and its evolution over a more extended period. In this context, this dissertation contributes to understanding the unequal patterns of mortality between men and women by investigating how and why the mortality experience of the male and female population differed in the municipality of São Paulo from 1920 to 2020. The choice of São Paulo municipality is due to its being one of the most developed in the country and providing indications of the expected trajectory for other regions. The study is divided into three articles. In the first one, the gender differential in longevity is analyzed from the perspective of life expectancy at age 10, the median age at death, and the modal age at death. The gender differential in age variability at death is examined through the interquartile range and standard deviation of age at death. The results show that women experienced a higher age at death than men throughout the analysis period. However, the lowest dispersion of age at death among women was observed only since the middle of the 20th century. Regarding the temporal trend, the results indicated that after a period of widening the gender gap in mortality, the differences have narrowed since 1995. To analyze the contribution of causes of death and age groups, it was first necessary to make the series of deaths comparable over time since mortality trends were affected by periodic revisions in the International Classification of Diseases (ICD). This step was carried out in the second article, using death data from 1950 to 2020 (from ICD-6 to ICD-10) due to the difficulty of reconciling previous versions of the ICD. The death series adjusted for the cause of death, age group (from 1 year of age), and sex. The results show consistent behavior without unexpected fluctuations. The estimates allowed for the analysis of the contribution of age patterns and causes of death to the differential life expectancy at age one in the third article. The study of the gender gap decomposition in life expectancy indicate that middle-aged and older adults aged 35-59 and 60-79 years were the main contributors to the differential formation. Only between 1985 and 2000 did the 15-34 age group contribute substantially, reaching similar levels of participation as older adults. Men’s higher mortality due to circulatory system diseases, external causes, and neoplasms explained most of the gender gap in all periods analyzed. The trend of increasing the gender gap in life expectancy until 1995, followed by a decrease in the differential, was mainly explained by the variation in mortality in the 15-34 and 35-59 age groups. The contribution of these age groups was primarily associated with mortality due to external causes. However, the results suggest that in the future, reductions in the gender gap in mortality will depend not only on the continued decrease in the mortality difference from external causes but, above all, on mortality due to circulatory system diseases and neoplasms, especially among older adults. Our findings contribute to a better understanding of unequal mortality patterns between men and women, supporting actions to reduce the gender differential in mortality.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMortalidadeRelações de gêneroDemografiaDiferenciais de mortalidadeGêneroCausas de morteMunicípio de São PauloDiferencial de gênero na mortalidade no município de São Paulo, 1920 a 2020: padrões por idade e causas de morteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese-Larissa-Gonçalves_Souza.pdfTese-Larissa-Gonçalves_Souza.pdfapplication/pdf6063579https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54659/4/Tese-Larissa-Gon%c3%a7alves_Souza.pdfa6495d42fa28cd74b3b088ef082e88f4MD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54659/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/54659/5/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD551843/546592023-06-07 15:41:00.099oai:repositorio.ufmg.br:1843/54659TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-06-07T18:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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