A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diego de Sousa Ribeiro Fonseca
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42655
https://orcid.org/ 0000-0001-5655-2646
Resumo: A dengue é uma doença urbana que vem preocupando as autoridades sanitárias em diversas partes do planeta, especialmente, nas regiões tropicais, tais como o Brasil. Apesar da sociedade brasileira conviver com esse fenômeno epidêmico há décadas, ainda não foi encontrada uma solução definitiva, ou um paliativo eficiente, ou qualquer outra forma de mitigação significativa. Dentro das perspectivas levantadas, este trabalho procurou entender a dengue sob o ponto de vista geográfico. Onde essa enfermidade tem acontecido de forma mais violenta e por quê? O objetivo do trabalho, portanto, foi alcançar maior entendimento do comportamento geográfico da dengue, tendo como base a abordagem transescalar dessa problemática e, dessa forma, contribuir para o melhor planejamento de ações que visem sua prevenção e mitigação. A metodologia consistiu em várias etapas: primeiramente, providenciou-se a montagem e organização do banco de dados e sua análise descritiva a respeito das internações ocorridas por dengue no Brasil, entre 1998 e 2019, posteriormente, ainda nessa etapa, foi realizada a análise inferencial e a espacialização dos dados cartográficos; na terceira parte, realizou-se a organização dos dados e sua análise temporal descritiva sobre adoecidos por dengue no Brasil conforme as semanas epidemiológicas do ministério da saúde; em seguida, providenciou-se a análise exploratória referente às taxas registradas de acometidos pela dengue nos municípios dos Estados da região Sudeste do Brasil, correlacionando-os com as seguintes variáveis: índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), percentual de população urbana, renda per capita, esperança de vida ao nascer e população economicamente ativa (PEA) maior que 18 anos. Na quarta etapa foi realizada, para a cidade de Montes Claros-MG, a aquisição de dados relativos ao número de infectados pela dengue, por bairros, nos anos 2015, 2016 e 2017; obtenção do Índices Breteau sobre infestação larvária pelo Aedes aegypti nos respectivos anos; uso de imagens de satélite para estimação da temperatura de superfície (TS); aquisição de dados sobre elevação do terreno e renda familiar. Posteriormente, foi feita a organização do banco de dados; emprego da análise descritiva; aplicação da regressão linear múltipla e da interpolação. Os resultados apresentados mostraram que existe forte relação espaço-temporal na propagação da dengue, sendo as áreas mais propensas à maior ocorrência ficam sitiadas nas regiões tropicais com temperaturas médias anuais acima dos 18ºC e com a estação chuvosa e seca bem definidas. Conforme as semanas epidemiológicas, a maior quantidade de registros de infectados por dengue tem sido averiguada entre os meses de janeiro e julho dos anos. Na região Sudeste do Brasil, o estado que apresentou a maior taxa média de incidência da dengue foi o Rio de Janeiro (média 280.198); Minas Gerais (média 159.386) foi o estado com a menor incidência. Nesses dados houve correlação entre infecções por dengue e IDHM nas seguintes unidades federativas: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre infecções por dengue e percentual de população urbana: em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Entre dengue e renda per capita: em Minas e no Rio de Janeiro. Entre dengue e esperança de vida ao nascer: em Minas e São Paulo. Em Montes Claros os resultados demonstram a relação associativa entre o tempo e características do espaço habitado para as maiores taxas do A. aegypti, e evidenciam que é preciso observar a alteração do microclima local no processo de urbanização e impermeabilização do solo, mitigando a ocorrência das ilhas de calor. Somado a tal fator, nos locais onde houve maior incidência, quanto mais baixa é a elevação, maior é a infestação pelo mosquito devido a maior propensão ao acúmulo de água parada. Genericamente, a infestação larvária pelo Aedes aegypti tem acontecido na porção oeste de Montes Claros, enquanto a infecção de pessoas pela dengue tem maior propensão na porção leste da cidade, duas partes com situações econômicas distintas, onde no oeste concentra a população com renda mais elevada. Tal fator denota a fragilidade da população de menor renda quanto à saúde pública e a sua maior carência na atenção estratégica. Para o eficiente combate à dengue, um plano de ação envolvendo as comunidades, com suas especificidades espaciais e as gestões públicas, pode tornar-se mais proveitoso quando observada a necessidade de eliminação dos criadouros das pragas de transmissão, o que envolve a gestão da qualidade urbana, especialmente nos ambientes mais adensados e, portanto, mais afetados pela enfermidade em pauta.
id UFMG_3974a77151abc6e4a248c60cd3ff5622
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/42655
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ricardo Alexandrino Garciahttp://lattes.cnpq.br/8353755524805376Britaldo Silveira Soares FilhoPaulo Fernando Braga CarvalhoLuiz Cláudio RibeiroÚrsula Ruchkys de AzevedoRodrigo Nunes Ferreirahttp://lattes.cnpq.br/8824838978196467Diego de Sousa Ribeiro Fonseca2022-06-24T14:24:29Z2022-06-24T14:24:29Z2021-09-29http://hdl.handle.net/1843/42655https://orcid.org/ 0000-0001-5655-2646A dengue é uma doença urbana que vem preocupando as autoridades sanitárias em diversas partes do planeta, especialmente, nas regiões tropicais, tais como o Brasil. Apesar da sociedade brasileira conviver com esse fenômeno epidêmico há décadas, ainda não foi encontrada uma solução definitiva, ou um paliativo eficiente, ou qualquer outra forma de mitigação significativa. Dentro das perspectivas levantadas, este trabalho procurou entender a dengue sob o ponto de vista geográfico. Onde essa enfermidade tem acontecido de forma mais violenta e por quê? O objetivo do trabalho, portanto, foi alcançar maior entendimento do comportamento geográfico da dengue, tendo como base a abordagem transescalar dessa problemática e, dessa forma, contribuir para o melhor planejamento de ações que visem sua prevenção e mitigação. A metodologia consistiu em várias etapas: primeiramente, providenciou-se a montagem e organização do banco de dados e sua análise descritiva a respeito das internações ocorridas por dengue no Brasil, entre 1998 e 2019, posteriormente, ainda nessa etapa, foi realizada a análise inferencial e a espacialização dos dados cartográficos; na terceira parte, realizou-se a organização dos dados e sua análise temporal descritiva sobre adoecidos por dengue no Brasil conforme as semanas epidemiológicas do ministério da saúde; em seguida, providenciou-se a análise exploratória referente às taxas registradas de acometidos pela dengue nos municípios dos Estados da região Sudeste do Brasil, correlacionando-os com as seguintes variáveis: índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), percentual de população urbana, renda per capita, esperança de vida ao nascer e população economicamente ativa (PEA) maior que 18 anos. Na quarta etapa foi realizada, para a cidade de Montes Claros-MG, a aquisição de dados relativos ao número de infectados pela dengue, por bairros, nos anos 2015, 2016 e 2017; obtenção do Índices Breteau sobre infestação larvária pelo Aedes aegypti nos respectivos anos; uso de imagens de satélite para estimação da temperatura de superfície (TS); aquisição de dados sobre elevação do terreno e renda familiar. Posteriormente, foi feita a organização do banco de dados; emprego da análise descritiva; aplicação da regressão linear múltipla e da interpolação. Os resultados apresentados mostraram que existe forte relação espaço-temporal na propagação da dengue, sendo as áreas mais propensas à maior ocorrência ficam sitiadas nas regiões tropicais com temperaturas médias anuais acima dos 18ºC e com a estação chuvosa e seca bem definidas. Conforme as semanas epidemiológicas, a maior quantidade de registros de infectados por dengue tem sido averiguada entre os meses de janeiro e julho dos anos. Na região Sudeste do Brasil, o estado que apresentou a maior taxa média de incidência da dengue foi o Rio de Janeiro (média 280.198); Minas Gerais (média 159.386) foi o estado com a menor incidência. Nesses dados houve correlação entre infecções por dengue e IDHM nas seguintes unidades federativas: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre infecções por dengue e percentual de população urbana: em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Entre dengue e renda per capita: em Minas e no Rio de Janeiro. Entre dengue e esperança de vida ao nascer: em Minas e São Paulo. Em Montes Claros os resultados demonstram a relação associativa entre o tempo e características do espaço habitado para as maiores taxas do A. aegypti, e evidenciam que é preciso observar a alteração do microclima local no processo de urbanização e impermeabilização do solo, mitigando a ocorrência das ilhas de calor. Somado a tal fator, nos locais onde houve maior incidência, quanto mais baixa é a elevação, maior é a infestação pelo mosquito devido a maior propensão ao acúmulo de água parada. Genericamente, a infestação larvária pelo Aedes aegypti tem acontecido na porção oeste de Montes Claros, enquanto a infecção de pessoas pela dengue tem maior propensão na porção leste da cidade, duas partes com situações econômicas distintas, onde no oeste concentra a população com renda mais elevada. Tal fator denota a fragilidade da população de menor renda quanto à saúde pública e a sua maior carência na atenção estratégica. Para o eficiente combate à dengue, um plano de ação envolvendo as comunidades, com suas especificidades espaciais e as gestões públicas, pode tornar-se mais proveitoso quando observada a necessidade de eliminação dos criadouros das pragas de transmissão, o que envolve a gestão da qualidade urbana, especialmente nos ambientes mais adensados e, portanto, mais afetados pela enfermidade em pauta.The dengue is a urban diseases that come in worrying sanitary authorities in many sides of the world, especially on the tropical regions, such as Brazil. Despite Brazilian society come living with this epidemic phenomenon by decades, still not find a definitive solution, or a efficient palliative, or any other definitive solution. Within of the perspectives mentioned, the approached of this research have been looking for understand the dengue about the geographic knowledge. Where this disease have happening with more violence and why? The objective of this work was to reach more understanding about the geographic behavior of the dengue, having how parameter the transscale approach of this trouble, and, of this way, to contribute for the best planning of actions that aim for preservation and mitigation. The methodology consisted of several steps: first, the database was assembled and organized and its descriptive analysis was carried out regarding hospitalizations due to dengue in Brazil, between 1998 and 2019; later, still at this stage, the inferential analysis was carried out and the spatialization of cartographic data; in the third part, the organization of data and its descriptive temporal analysis were carried out on patients with dengue in Brazil according to the epidemiological weeks of the ministry of health; then, an exploratory analysis was performed regarding the registered rates of people affected by dengue in the municipalities of the States of the Southeast region of Brazil, correlating them with the following variables: municipal human development index (IDHM), percentage of urban population, income per capita, life expectancy at birth and economically active population (EAP) over 18 years old. In the fourth stage, for the city of Montes Claros-MG, the acquisition of data related to the number of people infected with dengue, by neighborhoods, in the years 2015, 2016 and 2017; obtaining the Breteau indices on larval infestation by Aedes aegypti in the respective years; use of satellite images for surface temperature estimation (STE); acquisition of data on land elevation and family income. Subsequently, the organization of the database was carried out; use of descriptive analysis; application of multiple linear regression and interpolation. Showed results demonstrate that exist strong relationship between time-space in the propagation of dengue, being the areas more prone staying besieged in tropical regions with average annual temperatures above 18ºC and well-defined rainy and dry seasons. According with epidemiological weeks, the most quantitative records for infected by dengue have been cataloged between the months january at july of the years. In the Southeast of Brazil, the state that presented the most averages rates of incidence of dengue was the Rio de Janeiro (average 280,198); Minas Gerais (average 159,386) was the state with the lowest incidence. In these data, there was a correlation between dengue infections and IDHM in the following federative units: Minas Gerais, Rio de Janeiro and São Paulo. Between dengue infections and percentage of urban population: in Minas Gerais, Espírito Santo and São Paulo. Between dengue and per capita income: in Minas and Rio de Janeiro. Between dengue and life expectancy at birth: in Minas and São Paulo. In Montes Claros, the results demonstrate the associative relationship between time and characteristics of the inhabited space for the highest rates of A. aegypti, and show that it is necessary to observe the change in the local microclimate in the process of urbanization and soil sealing, mitigating the occurrence of heat islands. Added to this factor, in places where there was a higher incidence, the lower the elevation, the greater the infestation by the mosquito due to the greater propensity to accumulate standing water. Generally, the larval infestation by Aedes aegypti has occurred in the western portion of Montes Claros, while the infection of people by dengue is more likely in the eastern portion of the city, two parts with different economic situations, where in the west the population with higher income is concentrated. . This factor denotes the fragility of the low-income population in terms of public health and its greater lack of strategic care. For the efficient fight against dengue, an action plan involving communities with their spatial specificities and public management, can become more fruitful when observing the need to eliminate the breeding sites of transmission pests, which involves quality management, urban, especially in denser environments and, therefore, more affected by the disease in question.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDengueAedes aegyptiZoneamentoEstatísticadengueAedes aegyptizoneamentoestatística descritiva e inferencialA correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbanoThe correspondence between Aedes aegypti, illness and hospitalization by dengue according to the spatial attributes of the urban environmentinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42655/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52ORIGINALFonseca, d.s.r (Tese, 2022_repositório).pdfFonseca, d.s.r (Tese, 2022_repositório).pdfapplication/pdf16559348https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42655/5/Fonseca%2c%20d.s.r%20%28Tese%2c%202022_reposit%c3%b3rio%29.pdf3491f44640c0e5de3d61e0decac3f0b5MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42655/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD561843/426552022-06-24 11:24:29.705oai:repositorio.ufmg.br:1843/42655TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-06-24T14:24:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv The correspondence between Aedes aegypti, illness and hospitalization by dengue according to the spatial attributes of the urban environment
title A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
spellingShingle A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
Diego de Sousa Ribeiro Fonseca
dengue
Aedes aegypti
zoneamento
estatística descritiva e inferencial
Dengue
Aedes aegypti
Zoneamento
Estatística
title_short A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
title_full A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
title_fullStr A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
title_full_unstemmed A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
title_sort A correspondência entre o Aedes aegypti, adoecimento e internações pela dengue conforme os atributos espaciais do ambiente urbano
author Diego de Sousa Ribeiro Fonseca
author_facet Diego de Sousa Ribeiro Fonseca
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ricardo Alexandrino Garcia
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8353755524805376
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Britaldo Silveira Soares Filho
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Paulo Fernando Braga Carvalho
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Luiz Cláudio Ribeiro
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Úrsula Ruchkys de Azevedo
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Rodrigo Nunes Ferreira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8824838978196467
dc.contributor.author.fl_str_mv Diego de Sousa Ribeiro Fonseca
contributor_str_mv Ricardo Alexandrino Garcia
Britaldo Silveira Soares Filho
Paulo Fernando Braga Carvalho
Luiz Cláudio Ribeiro
Úrsula Ruchkys de Azevedo
Rodrigo Nunes Ferreira
dc.subject.por.fl_str_mv dengue
Aedes aegypti
zoneamento
estatística descritiva e inferencial
topic dengue
Aedes aegypti
zoneamento
estatística descritiva e inferencial
Dengue
Aedes aegypti
Zoneamento
Estatística
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Dengue
Aedes aegypti
Zoneamento
Estatística
description A dengue é uma doença urbana que vem preocupando as autoridades sanitárias em diversas partes do planeta, especialmente, nas regiões tropicais, tais como o Brasil. Apesar da sociedade brasileira conviver com esse fenômeno epidêmico há décadas, ainda não foi encontrada uma solução definitiva, ou um paliativo eficiente, ou qualquer outra forma de mitigação significativa. Dentro das perspectivas levantadas, este trabalho procurou entender a dengue sob o ponto de vista geográfico. Onde essa enfermidade tem acontecido de forma mais violenta e por quê? O objetivo do trabalho, portanto, foi alcançar maior entendimento do comportamento geográfico da dengue, tendo como base a abordagem transescalar dessa problemática e, dessa forma, contribuir para o melhor planejamento de ações que visem sua prevenção e mitigação. A metodologia consistiu em várias etapas: primeiramente, providenciou-se a montagem e organização do banco de dados e sua análise descritiva a respeito das internações ocorridas por dengue no Brasil, entre 1998 e 2019, posteriormente, ainda nessa etapa, foi realizada a análise inferencial e a espacialização dos dados cartográficos; na terceira parte, realizou-se a organização dos dados e sua análise temporal descritiva sobre adoecidos por dengue no Brasil conforme as semanas epidemiológicas do ministério da saúde; em seguida, providenciou-se a análise exploratória referente às taxas registradas de acometidos pela dengue nos municípios dos Estados da região Sudeste do Brasil, correlacionando-os com as seguintes variáveis: índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), percentual de população urbana, renda per capita, esperança de vida ao nascer e população economicamente ativa (PEA) maior que 18 anos. Na quarta etapa foi realizada, para a cidade de Montes Claros-MG, a aquisição de dados relativos ao número de infectados pela dengue, por bairros, nos anos 2015, 2016 e 2017; obtenção do Índices Breteau sobre infestação larvária pelo Aedes aegypti nos respectivos anos; uso de imagens de satélite para estimação da temperatura de superfície (TS); aquisição de dados sobre elevação do terreno e renda familiar. Posteriormente, foi feita a organização do banco de dados; emprego da análise descritiva; aplicação da regressão linear múltipla e da interpolação. Os resultados apresentados mostraram que existe forte relação espaço-temporal na propagação da dengue, sendo as áreas mais propensas à maior ocorrência ficam sitiadas nas regiões tropicais com temperaturas médias anuais acima dos 18ºC e com a estação chuvosa e seca bem definidas. Conforme as semanas epidemiológicas, a maior quantidade de registros de infectados por dengue tem sido averiguada entre os meses de janeiro e julho dos anos. Na região Sudeste do Brasil, o estado que apresentou a maior taxa média de incidência da dengue foi o Rio de Janeiro (média 280.198); Minas Gerais (média 159.386) foi o estado com a menor incidência. Nesses dados houve correlação entre infecções por dengue e IDHM nas seguintes unidades federativas: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre infecções por dengue e percentual de população urbana: em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Entre dengue e renda per capita: em Minas e no Rio de Janeiro. Entre dengue e esperança de vida ao nascer: em Minas e São Paulo. Em Montes Claros os resultados demonstram a relação associativa entre o tempo e características do espaço habitado para as maiores taxas do A. aegypti, e evidenciam que é preciso observar a alteração do microclima local no processo de urbanização e impermeabilização do solo, mitigando a ocorrência das ilhas de calor. Somado a tal fator, nos locais onde houve maior incidência, quanto mais baixa é a elevação, maior é a infestação pelo mosquito devido a maior propensão ao acúmulo de água parada. Genericamente, a infestação larvária pelo Aedes aegypti tem acontecido na porção oeste de Montes Claros, enquanto a infecção de pessoas pela dengue tem maior propensão na porção leste da cidade, duas partes com situações econômicas distintas, onde no oeste concentra a população com renda mais elevada. Tal fator denota a fragilidade da população de menor renda quanto à saúde pública e a sua maior carência na atenção estratégica. Para o eficiente combate à dengue, um plano de ação envolvendo as comunidades, com suas especificidades espaciais e as gestões públicas, pode tornar-se mais proveitoso quando observada a necessidade de eliminação dos criadouros das pragas de transmissão, o que envolve a gestão da qualidade urbana, especialmente nos ambientes mais adensados e, portanto, mais afetados pela enfermidade em pauta.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-09-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-06-24T14:24:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-06-24T14:24:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/42655
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/ 0000-0001-5655-2646
url http://hdl.handle.net/1843/42655
https://orcid.org/ 0000-0001-5655-2646
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42655/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42655/5/Fonseca%2c%20d.s.r%20%28Tese%2c%202022_reposit%c3%b3rio%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42655/6/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
3491f44640c0e5de3d61e0decac3f0b5
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589249585381376