Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fabio Gontijo Rodrigues
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9G8FLN
Resumo: O baço humano apresenta fluxo sanguíneo de 350 l/dia. Sua microcirculação e a dinâmica da movimentação celular ainda não são compreendidas. A circulação fechada representa menos de 10% do fluxo, enquanto a circulação aberta conduz o sangue para o parênquima da polpa vermelha. O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição sanguínea vasculoparenquimatosa do baço, por meio de estudo cintilográfico em ratos. Trinta ratos da raça Wistar foram distribuídos aleatoriamente em seis grupos (n=5). Grupo 1 (baço 30 minutos) e Grupo 2 (baço 90 minutos): submetidos a laparotomia com direcionamento do fluxo sanguíneo para o baço, por meio de ligadura da aorta próxima à bifurcação das ilíacas e dos vasos esplâncnicos, mantendo apenas a artéria esplênica; Grupo 3 (baço e estômago 30 minutos) e Grupo 4 (baço e estômago 90 minutos): submetidos a laparotomia com direcionamento do fluxo sanguíneo para baço e estômago, por meio de ligadura da aorta próxima da bifurcação das ilíacas e dos vasos esplâncnicos, com manutenção do fluxo pelas artérias esplênica, gástrica e vasos esplenogástricos; Grupo 5 (controle 30 minutos) e Grupo 6 (controle 90 minutos): submetidos a laparotomia e ligadura da aorta próxima à bifurcação das ilíacas, mantendo o fluxo para os órgãos abdominais. Após as ligaduras arteriais, os animais receberam injeção de 0,2 ml de pertecnetato de sódio na aorta. Os animais foram observados pelo período de 30 ou 90 minutos, de acordo com a distribuição entre os grupos. Foram realizadas imagens cintilográficas em aparelho de gamacâmara. Ao final do período de observação os animais tiveram o baço retirado para contagem radioativa em aparelho contador automático. Não houve diferença nos valores de radiação do baço entre os grupos, indicando retenção do radioisótopo pelo baço, mesmo após o período de 90 minutos. Concluindo, o fluxo sanguíneo através do baço não é contínuo. O sangue difunde-se pelo parênquima esplênico e sua drenagem venosa é lenta, não seguindo sequência previsível.
id UFMG_39dfe6f4d397c5f353e01cb8c33b0d23
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9G8FLN
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Andy PetroianuAlcino Lazaro da SilvaVivian ResendeMarcus Vinicius Henriques BritoAugusto Diogo FilhoFabio Gontijo Rodrigues2019-08-13T04:53:45Z2019-08-13T04:53:45Z2013-12-05http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9G8FLNO baço humano apresenta fluxo sanguíneo de 350 l/dia. Sua microcirculação e a dinâmica da movimentação celular ainda não são compreendidas. A circulação fechada representa menos de 10% do fluxo, enquanto a circulação aberta conduz o sangue para o parênquima da polpa vermelha. O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição sanguínea vasculoparenquimatosa do baço, por meio de estudo cintilográfico em ratos. Trinta ratos da raça Wistar foram distribuídos aleatoriamente em seis grupos (n=5). Grupo 1 (baço 30 minutos) e Grupo 2 (baço 90 minutos): submetidos a laparotomia com direcionamento do fluxo sanguíneo para o baço, por meio de ligadura da aorta próxima à bifurcação das ilíacas e dos vasos esplâncnicos, mantendo apenas a artéria esplênica; Grupo 3 (baço e estômago 30 minutos) e Grupo 4 (baço e estômago 90 minutos): submetidos a laparotomia com direcionamento do fluxo sanguíneo para baço e estômago, por meio de ligadura da aorta próxima da bifurcação das ilíacas e dos vasos esplâncnicos, com manutenção do fluxo pelas artérias esplênica, gástrica e vasos esplenogástricos; Grupo 5 (controle 30 minutos) e Grupo 6 (controle 90 minutos): submetidos a laparotomia e ligadura da aorta próxima à bifurcação das ilíacas, mantendo o fluxo para os órgãos abdominais. Após as ligaduras arteriais, os animais receberam injeção de 0,2 ml de pertecnetato de sódio na aorta. Os animais foram observados pelo período de 30 ou 90 minutos, de acordo com a distribuição entre os grupos. Foram realizadas imagens cintilográficas em aparelho de gamacâmara. Ao final do período de observação os animais tiveram o baço retirado para contagem radioativa em aparelho contador automático. Não houve diferença nos valores de radiação do baço entre os grupos, indicando retenção do radioisótopo pelo baço, mesmo após o período de 90 minutos. Concluindo, o fluxo sanguíneo através do baço não é contínuo. O sangue difunde-se pelo parênquima esplênico e sua drenagem venosa é lenta, não seguindo sequência previsível.The blood flow of the human spleen is 350 liters per day. The splenic microcirculation and the dynamics of cell movement within this organ are not completely understood. The closed circulation within the arterioles, capillaries and venules is responsible for less than 10 % of blood flow inside the splenic parenchyma. In the open circulation, most of the blood flows through the perivascular space inside the red pulp of the splenic parenchyma. The aim of this study was to evaluate the vasculoparenchymal blood circulation of the spleen by means of scintigraphic study in rats. Thirty Wistar rats were randomly distributed into six goups (n=5). Group 1 (spleen 30 minutes) and Group 2 (spleen 90 minutes): the rats were laparotomised and the aorta was ligated right above the iliac vessels, the splanchnic arteries were ligated as well, in order to direct the blood flow to the spleen. Group 3 (spleen and stomach 30 minutes) and Group 4 (spleen and stomach 90 minutes): the rats were laparotomised and the aorta was ligated right above the iliac vessels, the splanchnic arteries were ligated as well, preserving the blood flow by splenic and gastric arteries and splenogastric vessels. Group 5 (control 30 minutes) and Group 6 (control 90 minutes): the rats were laparotomised and the aorta was ligated near the iliac vessels. Maintaining the blood flow to the abdominal organs. After ligating these vessels, the animals were submitted to injection of 0.2 ml of sodium pertechnetate in the aorta. The animals were observed for 30 or 90 minutes according to the group they belonged. Scintigraphic images were made in a gama camera. At the end of the following period, the animals have had the spleen removed for radiation counting in an automatic counter. There was no difference in the splenic radiation counts between these groups, showing that there is a retention of the radioisotope in the spleen, even after 90 minutes. In conclusion, the splenic blood flow is not continuos. The blood flows into the splenic parenchyma and its drainage is slow, not following in a predictable sequence.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMicrocirculaçãoFluxo sanguineoBaço/irrigação sanguíneaCintilografiaRatosCirculação esplâncnicaMicrocirculaçãoBaço/irrigação sanguíneaRatosCirculação esplâncnicaEstudo cintilográfico da circulação esplênica em ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdoutorado_final.pdfapplication/pdf1451274https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9G8FLN/1/doutorado_final.pdf3521898fbaae5e114f8396b6cebbfbd1MD51TEXTdoutorado_final.pdf.txtdoutorado_final.pdf.txtExtracted texttext/plain69235https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9G8FLN/2/doutorado_final.pdf.txtaf380cd484e8c29f8c7d03fc42250f30MD521843/BUBD-9G8FLN2019-11-14 21:16:44.309oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9G8FLNRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:16:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
title Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
spellingShingle Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
Fabio Gontijo Rodrigues
Microcirculação
Baço/irrigação sanguínea
Ratos
Circulação esplâncnica
Microcirculação
Fluxo sanguineo
Baço/irrigação sanguínea
Cintilografia
Ratos
Circulação esplâncnica
title_short Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
title_full Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
title_fullStr Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
title_full_unstemmed Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
title_sort Estudo cintilográfico da circulação esplênica em ratos
author Fabio Gontijo Rodrigues
author_facet Fabio Gontijo Rodrigues
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andy Petroianu
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Alcino Lazaro da Silva
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Vivian Resende
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Marcus Vinicius Henriques Brito
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Augusto Diogo Filho
dc.contributor.author.fl_str_mv Fabio Gontijo Rodrigues
contributor_str_mv Andy Petroianu
Alcino Lazaro da Silva
Vivian Resende
Marcus Vinicius Henriques Brito
Augusto Diogo Filho
dc.subject.por.fl_str_mv Microcirculação
Baço/irrigação sanguínea
Ratos
Circulação esplâncnica
topic Microcirculação
Baço/irrigação sanguínea
Ratos
Circulação esplâncnica
Microcirculação
Fluxo sanguineo
Baço/irrigação sanguínea
Cintilografia
Ratos
Circulação esplâncnica
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microcirculação
Fluxo sanguineo
Baço/irrigação sanguínea
Cintilografia
Ratos
Circulação esplâncnica
description O baço humano apresenta fluxo sanguíneo de 350 l/dia. Sua microcirculação e a dinâmica da movimentação celular ainda não são compreendidas. A circulação fechada representa menos de 10% do fluxo, enquanto a circulação aberta conduz o sangue para o parênquima da polpa vermelha. O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição sanguínea vasculoparenquimatosa do baço, por meio de estudo cintilográfico em ratos. Trinta ratos da raça Wistar foram distribuídos aleatoriamente em seis grupos (n=5). Grupo 1 (baço 30 minutos) e Grupo 2 (baço 90 minutos): submetidos a laparotomia com direcionamento do fluxo sanguíneo para o baço, por meio de ligadura da aorta próxima à bifurcação das ilíacas e dos vasos esplâncnicos, mantendo apenas a artéria esplênica; Grupo 3 (baço e estômago 30 minutos) e Grupo 4 (baço e estômago 90 minutos): submetidos a laparotomia com direcionamento do fluxo sanguíneo para baço e estômago, por meio de ligadura da aorta próxima da bifurcação das ilíacas e dos vasos esplâncnicos, com manutenção do fluxo pelas artérias esplênica, gástrica e vasos esplenogástricos; Grupo 5 (controle 30 minutos) e Grupo 6 (controle 90 minutos): submetidos a laparotomia e ligadura da aorta próxima à bifurcação das ilíacas, mantendo o fluxo para os órgãos abdominais. Após as ligaduras arteriais, os animais receberam injeção de 0,2 ml de pertecnetato de sódio na aorta. Os animais foram observados pelo período de 30 ou 90 minutos, de acordo com a distribuição entre os grupos. Foram realizadas imagens cintilográficas em aparelho de gamacâmara. Ao final do período de observação os animais tiveram o baço retirado para contagem radioativa em aparelho contador automático. Não houve diferença nos valores de radiação do baço entre os grupos, indicando retenção do radioisótopo pelo baço, mesmo após o período de 90 minutos. Concluindo, o fluxo sanguíneo através do baço não é contínuo. O sangue difunde-se pelo parênquima esplênico e sua drenagem venosa é lenta, não seguindo sequência previsível.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-12-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T04:53:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T04:53:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9G8FLN
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9G8FLN
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9G8FLN/1/doutorado_final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9G8FLN/2/doutorado_final.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3521898fbaae5e114f8396b6cebbfbd1
af380cd484e8c29f8c7d03fc42250f30
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589165102661632