Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nildred Stael Fernandes Martins
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31615
Resumo: Conforme a abordagem Pós-Keynesiana, o investimento e seu financiamento ocorrem no âmbito do circuito Finance-Investimento-Poupança-Funding. Contudo, nas economias em desenvolvimento o sistema financeiro não é desenvolvido e nem funcional, levando à necessidade da constituição de arranjos financeiros alternativos aos mecanismos tradicionais de finance-funding para viabilizar e sustentar o investimento. No Brasil, estes arranjos alternativos sempre corresponderam aos denominados fundos interno, público e externo. Esta tese tem como objetivo principal analisar a constituição e o desempenho destes três fundos de financiamento do investimento no Brasil entre 2004 e 2016 e assim verificar a hipótese de que eles atuaram enquanto arranjos financeiros alternativos aos mecanismos tradicionais de finance e funding para financiar o ciclo da economia brasileira nesse período. Para tanto, parte-se da abordagem Pós-Keynesiana referente às prescrições de políticas macroeconômicas, ao comportamento convencional dos agentes, à decisão de investir e ao financiamento do investimento. Em seguida, são analisadas as políticas macroeconômicas implementadas e sua relação com as convenções formadas (crenças compartilhadas) e a constituição dos fundos alternativos de financiamento do investimento, visando identificar o papel das políticas macroeconômicas e dos fundos no ciclo 2004-16. A análise desenvolvida corrobora a hipótese de que os fundos interno, público e externo permaneceram como as principais fontes de financiamento do investimento e do crescimento no Brasil. Além desta hipótese principal, outras duas também foram corroboradas por esta pesquisa, a saber, i) a fase do ciclo observada entre 2004 e 2010 foi export-and-consumption led devido a capacidade ociosa então existente na economia, que acomodou contradições da política macroeconômica e mitigou a pressão sobre o investimento agregado e seus fundos de financiamento, viabilizando a fase ascendente do ciclo econômico brasileiro; e, ii) entre 2011 e 2016, a fase de descenso do ciclo, então observada, resultou do caráter da mudança na composição dos fundos público e interno de financiamento do investimento no contexto de arrefecimento do crescimento do consumo doméstico e deterioração do cenário externo. A análise dos três fundos citados, cuja constituição esteve atrelada à conjuntura econômica nacional e internacional e às políticas econômicas domésticas adotadas, revelou o caráter instável e pouco sustentável das fontes de financiamento no país. Estas se mostraram ainda fortemente dependentes da atuação do Estado como financiador e principal articulador dos mecanismos de financiamento, revelando que mesmo diante das inovações e avanços do sistema financeiro brasileiro, permanece o padrão de financiamento que prevaleceu nos períodos anteriores.
id UFMG_3aa2a6eb8d209b42440f397f589149ef
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/31615
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Marco Flávio da Cunha Resendehttp://lattes.cnpq.br/8834816401400593Marco Flávio da Cunha ResendeFabrício José MissioAnderson Tadeu Marques CavalcanteCarmem Aparecida do Valle Costa FeijóFábio Henrique Bittes Terrahttp://lattes.cnpq.br/9533019432055874Nildred Stael Fernandes Martins2019-12-18T17:55:27Z2019-12-18T17:55:27Z2019-12-05http://hdl.handle.net/1843/31615Conforme a abordagem Pós-Keynesiana, o investimento e seu financiamento ocorrem no âmbito do circuito Finance-Investimento-Poupança-Funding. Contudo, nas economias em desenvolvimento o sistema financeiro não é desenvolvido e nem funcional, levando à necessidade da constituição de arranjos financeiros alternativos aos mecanismos tradicionais de finance-funding para viabilizar e sustentar o investimento. No Brasil, estes arranjos alternativos sempre corresponderam aos denominados fundos interno, público e externo. Esta tese tem como objetivo principal analisar a constituição e o desempenho destes três fundos de financiamento do investimento no Brasil entre 2004 e 2016 e assim verificar a hipótese de que eles atuaram enquanto arranjos financeiros alternativos aos mecanismos tradicionais de finance e funding para financiar o ciclo da economia brasileira nesse período. Para tanto, parte-se da abordagem Pós-Keynesiana referente às prescrições de políticas macroeconômicas, ao comportamento convencional dos agentes, à decisão de investir e ao financiamento do investimento. Em seguida, são analisadas as políticas macroeconômicas implementadas e sua relação com as convenções formadas (crenças compartilhadas) e a constituição dos fundos alternativos de financiamento do investimento, visando identificar o papel das políticas macroeconômicas e dos fundos no ciclo 2004-16. A análise desenvolvida corrobora a hipótese de que os fundos interno, público e externo permaneceram como as principais fontes de financiamento do investimento e do crescimento no Brasil. Além desta hipótese principal, outras duas também foram corroboradas por esta pesquisa, a saber, i) a fase do ciclo observada entre 2004 e 2010 foi export-and-consumption led devido a capacidade ociosa então existente na economia, que acomodou contradições da política macroeconômica e mitigou a pressão sobre o investimento agregado e seus fundos de financiamento, viabilizando a fase ascendente do ciclo econômico brasileiro; e, ii) entre 2011 e 2016, a fase de descenso do ciclo, então observada, resultou do caráter da mudança na composição dos fundos público e interno de financiamento do investimento no contexto de arrefecimento do crescimento do consumo doméstico e deterioração do cenário externo. A análise dos três fundos citados, cuja constituição esteve atrelada à conjuntura econômica nacional e internacional e às políticas econômicas domésticas adotadas, revelou o caráter instável e pouco sustentável das fontes de financiamento no país. Estas se mostraram ainda fortemente dependentes da atuação do Estado como financiador e principal articulador dos mecanismos de financiamento, revelando que mesmo diante das inovações e avanços do sistema financeiro brasileiro, permanece o padrão de financiamento que prevaleceu nos períodos anteriores.According to the Post Keynesian approach, investment and its financing take place within the Finance-Investment-Savings-Funding circuit. However, in developing economies the financial system is neither developed nor functional, requiring alternative financial arrangements other than the traditional finance-funding mechanisms in order to enable and sustain investment. In Brazil, these alternative arrangements have always corresponded to the so-called internal, public and external funds. The main objective of this thesis is to analyze the constitution and performance of these three investment finance funds in Brazil between 2004 and 2016 and thus verify the hypothesis that they acted as alternative financial arrangements to the traditional finance and funding mechanisms in order to finance the Brazilian economy cycle between 2004 and 2016. Focusing on this objective, this work assumes the Post-Keynesian approach regarding to macroeconomic policy prescriptions, conventional economic agents’ behavior, the decision to invest and the financing of investment. Furthermore the implemented macroeconomic policies and their relation to formed conventions (shared beliefs) and the constitution of alternative investment financing funds are analyzed, aiming to identify the role of macroeconomic policies and funds in the 2004-16 cycle. Results corroborate the main hypothesis that domestic, public and external funds remained as the main sources of investment and growth financing in Brazil. Two others hypothesis were also corroborated by this research: i) the cycle phase observed between 2004 and 2010 was export-and-consumption led due to an former idle capacity existing in the economy, which accommodated contradictions of macroeconomic policy and mitigated the pressure on aggregated investment and its financing funds, enabling the upward phase of the Brazilian economic cycle; ii) between 2011 and 2016, the downward phase of the cycle resulted from changes in the composition of public and domestic investment financing funds, related to a shrinkage in domestic consumption growth and to a deterioration of the external scenario. Analysis of the three mentioned funds, whose constitution was linked to national and international economic conjuncture and to domestic economic policies, revealed the unstable and unsustainable nature of the financing sources in the country. These were still strongly dependent on the State's role as main financer and manager of financing mechanisms, revealing that besides innovations and advances in the Brazilian financial system, the usual financing pattern remains the same as it used to be in previous periods.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASFundos de financiamentoBrasilFundos de investimentosEconomiaFundos internoConvençõesExterno e públicoEconomia brasileiraCrescimentoPadrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE NILDRED VERSÃO DEFINITIVA.pdfTESE NILDRED VERSÃO DEFINITIVA.pdfPADRÃO DE FINANCIAMENTO E O CICLO DA ECONOMIA BRASILEIRA DE 2004-2016application/pdf2825133https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31615/1/TESE%20NILDRED%20VERS%c3%83O%20DEFINITIVA.pdfaf09f7fe30436499e32e9a12353205dbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31615/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTTESE NILDRED VERSÃO DEFINITIVA.pdf.txtTESE NILDRED VERSÃO DEFINITIVA.pdf.txtExtracted texttext/plain589962https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31615/3/TESE%20NILDRED%20VERS%c3%83O%20DEFINITIVA.pdf.txt196cf67047f152bebd0074ac2b263d43MD531843/316152019-12-19 03:24:05.119oai:repositorio.ufmg.br:1843/31615TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-12-19T06:24:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
title Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
spellingShingle Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
Nildred Stael Fernandes Martins
Fundos interno
Convenções
Externo e público
Economia brasileira
Crescimento
Fundos de financiamento
Brasil
Fundos de investimentos
Economia
title_short Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
title_full Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
title_fullStr Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
title_full_unstemmed Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
title_sort Padrão de financiamento e o ciclo da economia brasileira de 2004 - 2016
author Nildred Stael Fernandes Martins
author_facet Nildred Stael Fernandes Martins
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marco Flávio da Cunha Resende
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8834816401400593
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marco Flávio da Cunha Resende
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fabrício José Missio
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Anderson Tadeu Marques Cavalcante
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Carmem Aparecida do Valle Costa Feijó
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Fábio Henrique Bittes Terra
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9533019432055874
dc.contributor.author.fl_str_mv Nildred Stael Fernandes Martins
contributor_str_mv Marco Flávio da Cunha Resende
Marco Flávio da Cunha Resende
Fabrício José Missio
Anderson Tadeu Marques Cavalcante
Carmem Aparecida do Valle Costa Feijó
Fábio Henrique Bittes Terra
dc.subject.por.fl_str_mv Fundos interno
Convenções
Externo e público
Economia brasileira
Crescimento
topic Fundos interno
Convenções
Externo e público
Economia brasileira
Crescimento
Fundos de financiamento
Brasil
Fundos de investimentos
Economia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Fundos de financiamento
Brasil
Fundos de investimentos
Economia
description Conforme a abordagem Pós-Keynesiana, o investimento e seu financiamento ocorrem no âmbito do circuito Finance-Investimento-Poupança-Funding. Contudo, nas economias em desenvolvimento o sistema financeiro não é desenvolvido e nem funcional, levando à necessidade da constituição de arranjos financeiros alternativos aos mecanismos tradicionais de finance-funding para viabilizar e sustentar o investimento. No Brasil, estes arranjos alternativos sempre corresponderam aos denominados fundos interno, público e externo. Esta tese tem como objetivo principal analisar a constituição e o desempenho destes três fundos de financiamento do investimento no Brasil entre 2004 e 2016 e assim verificar a hipótese de que eles atuaram enquanto arranjos financeiros alternativos aos mecanismos tradicionais de finance e funding para financiar o ciclo da economia brasileira nesse período. Para tanto, parte-se da abordagem Pós-Keynesiana referente às prescrições de políticas macroeconômicas, ao comportamento convencional dos agentes, à decisão de investir e ao financiamento do investimento. Em seguida, são analisadas as políticas macroeconômicas implementadas e sua relação com as convenções formadas (crenças compartilhadas) e a constituição dos fundos alternativos de financiamento do investimento, visando identificar o papel das políticas macroeconômicas e dos fundos no ciclo 2004-16. A análise desenvolvida corrobora a hipótese de que os fundos interno, público e externo permaneceram como as principais fontes de financiamento do investimento e do crescimento no Brasil. Além desta hipótese principal, outras duas também foram corroboradas por esta pesquisa, a saber, i) a fase do ciclo observada entre 2004 e 2010 foi export-and-consumption led devido a capacidade ociosa então existente na economia, que acomodou contradições da política macroeconômica e mitigou a pressão sobre o investimento agregado e seus fundos de financiamento, viabilizando a fase ascendente do ciclo econômico brasileiro; e, ii) entre 2011 e 2016, a fase de descenso do ciclo, então observada, resultou do caráter da mudança na composição dos fundos público e interno de financiamento do investimento no contexto de arrefecimento do crescimento do consumo doméstico e deterioração do cenário externo. A análise dos três fundos citados, cuja constituição esteve atrelada à conjuntura econômica nacional e internacional e às políticas econômicas domésticas adotadas, revelou o caráter instável e pouco sustentável das fontes de financiamento no país. Estas se mostraram ainda fortemente dependentes da atuação do Estado como financiador e principal articulador dos mecanismos de financiamento, revelando que mesmo diante das inovações e avanços do sistema financeiro brasileiro, permanece o padrão de financiamento que prevaleceu nos períodos anteriores.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-12-18T17:55:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-12-18T17:55:27Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-12-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/31615
url http://hdl.handle.net/1843/31615
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Economia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31615/1/TESE%20NILDRED%20VERS%c3%83O%20DEFINITIVA.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31615/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31615/3/TESE%20NILDRED%20VERS%c3%83O%20DEFINITIVA.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv af09f7fe30436499e32e9a12353205db
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
196cf67047f152bebd0074ac2b263d43
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589465937018880