Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Flávio de Lemos Carsaladehttp://lattes.cnpq.br/9899350224165436Frederico de Paula TofaniMarcos OlenderEthel Pinheiro Santanahttp://lattes.cnpq.br/9203380598616424Fernanda Silva Freitas2022-03-28T18:58:19Z2022-03-28T18:58:19Z2021-10-25http://hdl.handle.net/1843/40510https://orcid.org/0000-0002-2413-9408As pesquisas sobre o conceito de atmosfera permeiam as discussões sobre teoria de arquitetura e percepção ambiental, mas este conceito raramente é utilizado como instrumento de análises do patrimônio edificado. Depois de uma trajetória marcada pelo olhar voltado ao objeto, os estudos sobre patrimônio cultural edificado se voltam para suas dimensões imateriais em busca de fundamentar intervenções que dialoguem não apenas objetivamente com a teoria mas subjetivamente com aqueles que vivenciam o espaço. O debate contemporâneo sobre a intervenção no patrimônio edificado incorporou, em parte, essa relação mais equilibrada entre sujeito e objeto. A parte que entendemos não ter sido incorporada diz respeito sobretudo à teoria de restauro proposta por Cesare Brandi (2019) em meados do século XX e amplamente utilizada como fundamentação teórica em intervenções contemporâneas. A teoria de Brandi dedica-se majoritariamente ao objeto e, por não ser desenvolvida especificamente para arquitetura, deixa lacunas naquilo em que a arquitetura difere das demais expressões artísticas: o espaço. Dessa maneira, as análises dessas intervenções reproduzem o entendimento do legado brandiano e continuam sendo pautadas predominantemente na materialidade do patrimônio. Assim, o presente trabalho busca entrelaçar o conceito de atmosfera ao patrimônio edificado, analisando o segundo a partir das lentes do primeiro. Tal qual os estudos sobre a lida com o patrimônio edificado a partir de diretrizes mais subjetivas como visto nos trabalhos de Riegl (1903), Muñoz-Viñas (2005) e Carsalade (2014), a inserção do conceito de atmosfera nas teorias, práticas e análises das intervenções contemporâneas se torna importante a fim de dar continuidade ao caminho em direção à valorização da relação do sujeito com o espaço. Para isso, o conceito de atmosfera é destrinchado em algumas das múltiplas dimensões que o compõem, entre as quais estão memória, imagem, afeto, materialidade, narrativa, cenografia, percepção e experiência. Esses elementos são pautados em estudos advindos da fenomenologia de Bachelard (1989), Ingold (2012; 2013; 2015) e Merleau-Ponty (1984), da percepção de Yi-Fu Tuan (1975; 1978; 1979; 1989; 2013; 2014), da memória coletiva de Maurice Halbwachs (1990) e da teoria da arquitetura de Norberg-Schulz (1965;1973;1975;1984) e Juhani Pallasmaa (1994; 2005; 2013; 2017; 2018) em diálogo com as contribuições específicas do conceito de atmosfera proposto por Gernot Böhme (2017). O Memorial Minas Gerais compõe o recorte no qual a atmosfera será analisada; para isso, percursos comentados foram utilizados como metodologia, possibilitando informações objetivas e subjetivas da experiência no espaço. Esses percursos auxiliaram na compreensão das atmosferas do lugar, desencadeando uma análise da atmosfera geral e da atmosfera fragmentada identificada na relação entre a pré-existência, a intervenção e a expografia. Espera-se, com isso, apresentar novas possibilidades de análise de intervenções, bem como iluminar possíveis diretrizes de intervenção no patrimônio edificado. Com a inserção do conceito de atmosfera na análise do Memorial Minas Gerais pretende-se ler as ações de intervenção para além da materialidade destacando especialmente a forma como os participantes se relacionam e percebem o edifício.Research on the concept of atmosphere pervade discussions on architectural theory and environmental perception, but this concept is rarely used as an instrument for built heritage analysis. After a trajectory marked by an object-oriented gaze, studies on built cultural heritage are turning to its immaterial dimensions in order to support interventions that dialogues not only objectively with theory but also subjectively with those who experience the space. The contemporary debate on intervention in the built heritage has incorporated, in part, a more balanced relationship between subject and object. The part that we understand that has not been incorporated concerns mainly the theory of restoration proposed by Cesare Brandi (2019) in the mid-twentieth century and until today is widely used as a theoretical ground. This, is mostly dedicated to the object and, because it was not developed specifically for architecture, leaves gaps in what architecture differs the most from other artistic expressions: the space. Thus, the analyses of these interventions reproduce the understanding of the Brandian legacy and continues to be based predominantly on the materiality of the heritage. This paper seeks to interwine the concept of atmosphere and the built heritage, analyzing the latter through the lens of the former. Similar to the studies on dealing with the built heritage from more subjective guidelines such as the works of Riegl (1903), Muñoz-Viñas (2005) and Carsalade (2014), the insertion of the atmosphere’s concept in the theories, practices and analysis of contemporary interventions becomes important in order to continue the path towards the valuation of the subject's relationship with the space. For this, we unravel the concept of atmosphere into some of the multiple dimensions that composes it. Among them there is memory, image, affection, materiality, narrative, scenography, perception, and experience. These elements are based on studies derived from the phenomenology of Bachelard (1989), Ingold (2012; 2013; 2015) and Merleau-Ponty (1984), the perception of Yi-Fu Tuan (1975; 1978; 1979; 1989; 2013; 2014), the collective memory of Maurice Halbwachs (1990), and the architecture theory of Norberg-Schulz (1965;1973;1975;1984) and Juhani Pallasmaa (1994; 2005; 2013; 2017; 2018) in dialogue with the specific contributions from Gernot Böhme’s (2017) atmosphere concept. The Minas Gerais Memorial builds the scene in which the atmosphere is to be analyzed. Commented walks were used as a methodology that better gathers objective and subjective information from the space’s experience. These walks helped us understand the atmospheres of the place, triggering in an analysis of the general atmosphere and the fragmented atmosphere identified in the relationship between the pre-existence, intervention and the exhibition design. It is hoped, therefore, to present new possibilities of interventions analysis, as well as to illuminate possible guidelines for intervention in the built heritage. By inserting the atmosphere concept on the Minas Gerais Memorial analysis, we intend to look at the intervention actions beyond the materiality, highlighting especially the way the participants relate to and perceive the building.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Arquitetura e UrbanismoUFMGBrasilARQ - ESCOLA DE ARQUITETURAArquiteturaFenomenologiaPercepção espacialEspaço (Arquitetura)Patrimônio cultural -­ EdifíciosEdifícios públicos -­ ArquiteturaAtmosferaPatrimônio edificadoPercepçãoFenomenologiaPercurso comentadoAs atmosferas do Memorial Minas Gerais: uma análise sensível da relação entre o sujeito e as intervenções no patrimônio edificadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALFernandaFreitas_AsatmosferasdoMMGV.pdfFernandaFreitas_AsatmosferasdoMMGV.pdfapplication/pdf7613884https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40510/2/FernandaFreitas_AsatmosferasdoMMGV.pdfa5c9454fc088b5804499c0702498e344MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40510/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/405102022-03-28 15:58:19.892oai:repositorio.ufmg.br:1843/40510TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-28T18:58:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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