Ela não olha pra gente: o coditiano escolar de jovens surdos no ensino médio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4ZP9Z |
Resumo: | A presente pesquisa tem como objetivo principal compreender quais os sentidos atribuídos à experiência escolar por jovens surdos matriculados em uma escola estadual de Ensino Médio. Para tanto, este estudo parte de algumas questões norteadoras, tais como: qual a relação entre os sujeitos jovens presentes na sala de aula (surdos e ouvintes)? Qual a relação dos alunos surdos com o professor? Qual significado atribuem a frequentar a escola? Qual a relação que estabelecem com o conhecimento escolar? Para a realização da pesquisa, optamos por utilizar o estudo de caso (BECKER, 1993) que contempla a observação participante, entrevistas com roteiro semiestruturado (BURGESS, 2010) e aplicação de questionário. A escola fica localizada na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, e faz parte da rede estadual de ensino. Foram acompanhadas duas turmas em um período de aproximadamente 7 meses, com um total de 10 surdos, sendo 7 do sexo feminino e 3 do sexo masculino. A observação aponta, dentre outros aspectos, que, devido à estrutura escolar, os surdos estabelecem relações muito limitadas em relação aos alunos ouvintes, sendo esta relação marcada pelo preconceito em uma das salas acompanhadas. No que diz respeito aos professores, a relação é precária e conta com a mediação do intérprete em quase todas as situações. Por sua vez, a relação com o conhecimento escolar parece adquirir um caráter pragmático, visto que as metodologias aplicadas direcionam a importância para o passar de ano e não para o conhecimento em si. Desse modo, uma atividade feita em sala, por exemplo, só ganha importância se for pontuada, o que parece dificultar a criação de sentido do conhecimento e, consequentemente, das aulas. Diante desta realidade, constatamos limitações em vários aspectos da política de inclusão, o que parece acarretar perdas significativas na vida escolar dos alunos surdos, tanto no que diz respeito aos conteúdos quanto à sua sociabilidade. Por fim, parece haver uma pretensa inclusão, quando, na verdade, há indícios de que estes alunos são excluídos dentro da instituição escolar |
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Juarez Tarcisio DayrellMonica Maria Farid RahmeJuliana Batista dos ReisElidea Lucia Almeida BernardinoRonice Muller de QuadrosThais Alvim Victorino2019-08-10T07:41:58Z2019-08-10T07:41:58Z2018-05-10http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4ZP9ZA presente pesquisa tem como objetivo principal compreender quais os sentidos atribuídos à experiência escolar por jovens surdos matriculados em uma escola estadual de Ensino Médio. Para tanto, este estudo parte de algumas questões norteadoras, tais como: qual a relação entre os sujeitos jovens presentes na sala de aula (surdos e ouvintes)? Qual a relação dos alunos surdos com o professor? Qual significado atribuem a frequentar a escola? Qual a relação que estabelecem com o conhecimento escolar? Para a realização da pesquisa, optamos por utilizar o estudo de caso (BECKER, 1993) que contempla a observação participante, entrevistas com roteiro semiestruturado (BURGESS, 2010) e aplicação de questionário. A escola fica localizada na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, e faz parte da rede estadual de ensino. Foram acompanhadas duas turmas em um período de aproximadamente 7 meses, com um total de 10 surdos, sendo 7 do sexo feminino e 3 do sexo masculino. A observação aponta, dentre outros aspectos, que, devido à estrutura escolar, os surdos estabelecem relações muito limitadas em relação aos alunos ouvintes, sendo esta relação marcada pelo preconceito em uma das salas acompanhadas. No que diz respeito aos professores, a relação é precária e conta com a mediação do intérprete em quase todas as situações. Por sua vez, a relação com o conhecimento escolar parece adquirir um caráter pragmático, visto que as metodologias aplicadas direcionam a importância para o passar de ano e não para o conhecimento em si. Desse modo, uma atividade feita em sala, por exemplo, só ganha importância se for pontuada, o que parece dificultar a criação de sentido do conhecimento e, consequentemente, das aulas. Diante desta realidade, constatamos limitações em vários aspectos da política de inclusão, o que parece acarretar perdas significativas na vida escolar dos alunos surdos, tanto no que diz respeito aos conteúdos quanto à sua sociabilidade. Por fim, parece haver uma pretensa inclusão, quando, na verdade, há indícios de que estes alunos são excluídos dentro da instituição escolarThe present research aims mainly at understanding what are the meanings assigned to the school experience by young deaf people enrolled in a high public school. For this purpose, this study arises from some guiding principles, such as: what is the relationship between the subjects attend classroom (deaf and hearing)? What is the relationship between the deaf students and their teacher? Which meaning do they assigned to attend school? What relationship do they assigned to the school knowledge? We opted for this research accomplishment, a (BECKER, 1993) case study, which considers the participant observation, interviews with semi-structured script (BURGESS, 2010) and a questionnaire application. The school is located in the city of Belo Horizonte, state of Minas Gerais which is a public school. The sample was composed by two classes which were followed-up in a period of roughly 7 months, a total of 10 deaf students from those 7 were women and 3 male. The monitoring points out, among other aspects, the deaf students set very limited relationships comparing to the other hearings due to the school structure and this, relationship is highlighted by the prejudice in one of the followed-up class. Concerning to the teachers, the relationship is poor and is done by the interpreter mediation in almost all the situations. The relationship with the school knowledge seems to have a pragmatic nature, since the applied methodologies direct the importance to be approved and not towards to knowledge itself. Therefore, some activity done in class, for instance, only become important if it is scored, what seems to difficult the setting-up of the meaning of knowledge and, consequently, the classes. Face to this reality, we have found limitations in several aspects of the inclusion policies, what seems to entail significant losts at the school deaf students life, as concerning to the contents as well as to their sociability. Finally, it seems to have alleged inclusion, when, actually, there are evidences these students are excluded inside the school institutionUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGSurdos EducaçãoEducaçãoEducação inclusivaEducação especialDeficientes auditivos EducaçãoProfessores e alunosEnsino médioSurdezEducação inclusivaJuventudeEnsino médioEla não olha pra gente: o coditiano escolar de jovens surdos no ensino médioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_thais_alvim_2018.pdfapplication/pdf1131209https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4ZP9Z/1/disserta__o_thais_alvim_2018.pdfae3a0d916f33e88eaae0eafe79df9bc3MD51TEXTdisserta__o_thais_alvim_2018.pdf.txtdisserta__o_thais_alvim_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain376120https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4ZP9Z/2/disserta__o_thais_alvim_2018.pdf.txt684b4ceb14019bbe76eaa5aa06439582MD521843/BUOS-B4ZP9Z2019-11-14 08:51:31.7oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B4ZP9ZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:51:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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