A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/42596 |
Resumo: | As organizações internacionais são sujeitos de direito internacional público criadas por Estados soberanos para o enfrentamento em conjunto de desafios comuns. Para que funcionem de maneira eficiente e independente, seus instituidores costumam outorgar-lhes privilégios e imunidades, a exemplo da imunidade de jurisdição. Em que pese tais benefícios serem previstos em tratados, a implementação das normas de imunidade perante os tribunais dos diversos Estados partes é marcada por diferenças interpretativas e adaptações. O estudo sistematizado dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law/International Law in Domestic Courts, busca aclarar como a imunidade jurisdicional das organizações internacionais vem sendo aplicada pelos tribunais nacionais, se é possível identificar padrões e tendências e quais fatores são relevantes para o reconhecimento ou o afastamento do benefício. A sistematização da presente pesquisa organizou as decisões das cortes domésticas sob diferentes parâmetros, como o tipo de relação jurídica subjacente à lide, ratio decidendi preponderantes e questões procedimentais essenciais, fornecendo referências cruzadas que permitissem identificar tendências e assim antecipar como uma invocação de imunidade seria decidida em uma dada jurisdição doméstica. Foi possível confirmar que os tribunais domésticos se encontram profundamente divididos quando confrontados com o direito do litigante a ter o seu caso decidido por um tribunal imparcial e a obrigação internacional assumida pelo Estado-juiz de observar a imunidade de jurisdição outorgada em tratado à organização. Em certas jurisdições foi percebida a tendência de condicionar a fruição da imunidade à existência de uma via alternativa para a resolução de disputas, notadamente as trabalhistas ou as de direito privado. Já em outros Estados prepondera a aplicação dos tratados ou da legislação doméstica, admitidas tão somente as exceções neles previstas, independentemente de essa situação poder resultar na negativa de acesso à justiça à parte autora. Numa terceira vertente há os tribunais que buscam limitar o campo de aplicação da imunidade recorrendo à sua natureza funcional e restringindo sua incidência aos atos reputados imprescindíveis para o funcionamento independente da organização, ou aplicando a doutrina da imunidade relativa, afastando assim a prerrogativa nas discussões sobre atos de natureza puramente comercial. |
id |
UFMG_3b14830b09729cb9f3ed74077f385ff4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/42596 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Aziz Tuffi Salibahttp://lattes.cnpq.br/5796728235487315Lucas Carlos LimaFernanda Araújo Kallás e Caetanohttp://lattes.cnpq.br/0917507377487485Bárbara Tuyama Sollero2022-06-22T15:29:06Z2022-06-22T15:29:06Z2021-08-25http://hdl.handle.net/1843/42596As organizações internacionais são sujeitos de direito internacional público criadas por Estados soberanos para o enfrentamento em conjunto de desafios comuns. Para que funcionem de maneira eficiente e independente, seus instituidores costumam outorgar-lhes privilégios e imunidades, a exemplo da imunidade de jurisdição. Em que pese tais benefícios serem previstos em tratados, a implementação das normas de imunidade perante os tribunais dos diversos Estados partes é marcada por diferenças interpretativas e adaptações. O estudo sistematizado dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law/International Law in Domestic Courts, busca aclarar como a imunidade jurisdicional das organizações internacionais vem sendo aplicada pelos tribunais nacionais, se é possível identificar padrões e tendências e quais fatores são relevantes para o reconhecimento ou o afastamento do benefício. A sistematização da presente pesquisa organizou as decisões das cortes domésticas sob diferentes parâmetros, como o tipo de relação jurídica subjacente à lide, ratio decidendi preponderantes e questões procedimentais essenciais, fornecendo referências cruzadas que permitissem identificar tendências e assim antecipar como uma invocação de imunidade seria decidida em uma dada jurisdição doméstica. Foi possível confirmar que os tribunais domésticos se encontram profundamente divididos quando confrontados com o direito do litigante a ter o seu caso decidido por um tribunal imparcial e a obrigação internacional assumida pelo Estado-juiz de observar a imunidade de jurisdição outorgada em tratado à organização. Em certas jurisdições foi percebida a tendência de condicionar a fruição da imunidade à existência de uma via alternativa para a resolução de disputas, notadamente as trabalhistas ou as de direito privado. Já em outros Estados prepondera a aplicação dos tratados ou da legislação doméstica, admitidas tão somente as exceções neles previstas, independentemente de essa situação poder resultar na negativa de acesso à justiça à parte autora. Numa terceira vertente há os tribunais que buscam limitar o campo de aplicação da imunidade recorrendo à sua natureza funcional e restringindo sua incidência aos atos reputados imprescindíveis para o funcionamento independente da organização, ou aplicando a doutrina da imunidade relativa, afastando assim a prerrogativa nas discussões sobre atos de natureza puramente comercial.International organizations are subjects of public international law created by sovereign states to jointly face common challenges. For their independent and efficient functioning, their creators usually grant them privileges and immunities, such as immunity from jurisdiction. Although these benefits are provided for in treaties, the implementation of immunity rules before the courts of the various States Parties is marked by interpretative differences and adaptations. The systematized study of cases gathered in the Oxford Reports on International Law/International Law in Domestic Courts collection seeks to clarify how the jurisdictional immunity of international organizations has been applied by national courts, whether it is possible to identify patterns and trends, and which factors are relevant for the recognition or rejection of the benefit. The systematization sought in the present research organized the decisions of domestic courts under different parameters, such as the type of legal relationship underlying the dispute, preponderant ratio decidendi, and procedural issues, providing cross references that would allow the identification of trends and thus anticipate how an invocation of immunity would be decided in a given domestic jurisdiction. It was possible to confirm that domestic courts are deeply divided when faced with the litigant's right to have his case decided by an impartial tribunal and the international obligation undertaken by the State-judge to observe the immunity from jurisdiction granted to the organization by treaty. In some jurisdictions, there has been a tendency to make the enjoyment of immunity conditional on the existence of an alternative means of dispute resolution, notably regarding labor or private law. In other States, the application of treaties or domestic legislation prevails, admitting only the exceptions provided for therein, regardless of whether this situation may result in denying the plaintiff access to justice. On a third side, there are the courts willing to limit the scope of immunity by resorting to its functional nature and restricting its incidence to acts deemed indispensable to the organization's independent operation, or by applying the doctrine of relative immunity, thus ruling out the prerogative in discussions about acts of a purely commercial nature.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFMGBrasilDIREITO - FACULDADE DE DIREITODireito internacional públicoOrganizações internacionaisObrigações internacionaisAcesso à justiçaImunidade de jurisdiçãoOrganizações internacionaisImunidade de jurisdiçãoTribunais domésticosObrigação internacionalAcesso à justiçaA imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic CourtsThe jurisdictional immunity of international organizations before domestic courts: a study of cases from the Oxford Reports on International Law - International Law in Domestic Courts collectioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDISSERTAÇÃO BÁRBARA SOLLERO-Versão Final com Ata Assinada.pdfDISSERTAÇÃO BÁRBARA SOLLERO-Versão Final com Ata Assinada.pdfapplication/pdf2048567https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42596/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20B%c3%81RBARA%20SOLLERO-Vers%c3%a3o%20Final%20com%20Ata%20Assinada.pdfb5d82fa0e4c14a400c63399ea473a55eMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42596/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/425962022-06-22 12:29:07.356oai:repositorio.ufmg.br:1843/42596TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-06-22T15:29:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
The jurisdictional immunity of international organizations before domestic courts: a study of cases from the Oxford Reports on International Law - International Law in Domestic Courts collection |
title |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
spellingShingle |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts Bárbara Tuyama Sollero Organizações internacionais Imunidade de jurisdição Tribunais domésticos Obrigação internacional Acesso à justiça Direito internacional público Organizações internacionais Obrigações internacionais Acesso à justiça Imunidade de jurisdição |
title_short |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
title_full |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
title_fullStr |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
title_full_unstemmed |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
title_sort |
A imunidade de jurisdição das organizações internacionais perante os tribunais domésticos: estudo dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law ‒ International Law in Domestic Courts |
author |
Bárbara Tuyama Sollero |
author_facet |
Bárbara Tuyama Sollero |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Aziz Tuffi Saliba |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5796728235487315 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Lucas Carlos Lima |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Fernanda Araújo Kallás e Caetano |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0917507377487485 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bárbara Tuyama Sollero |
contributor_str_mv |
Aziz Tuffi Saliba Lucas Carlos Lima Fernanda Araújo Kallás e Caetano |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Organizações internacionais Imunidade de jurisdição Tribunais domésticos Obrigação internacional Acesso à justiça |
topic |
Organizações internacionais Imunidade de jurisdição Tribunais domésticos Obrigação internacional Acesso à justiça Direito internacional público Organizações internacionais Obrigações internacionais Acesso à justiça Imunidade de jurisdição |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Direito internacional público Organizações internacionais Obrigações internacionais Acesso à justiça Imunidade de jurisdição |
description |
As organizações internacionais são sujeitos de direito internacional público criadas por Estados soberanos para o enfrentamento em conjunto de desafios comuns. Para que funcionem de maneira eficiente e independente, seus instituidores costumam outorgar-lhes privilégios e imunidades, a exemplo da imunidade de jurisdição. Em que pese tais benefícios serem previstos em tratados, a implementação das normas de imunidade perante os tribunais dos diversos Estados partes é marcada por diferenças interpretativas e adaptações. O estudo sistematizado dos casos reunidos no acervo Oxford Reports on International Law/International Law in Domestic Courts, busca aclarar como a imunidade jurisdicional das organizações internacionais vem sendo aplicada pelos tribunais nacionais, se é possível identificar padrões e tendências e quais fatores são relevantes para o reconhecimento ou o afastamento do benefício. A sistematização da presente pesquisa organizou as decisões das cortes domésticas sob diferentes parâmetros, como o tipo de relação jurídica subjacente à lide, ratio decidendi preponderantes e questões procedimentais essenciais, fornecendo referências cruzadas que permitissem identificar tendências e assim antecipar como uma invocação de imunidade seria decidida em uma dada jurisdição doméstica. Foi possível confirmar que os tribunais domésticos se encontram profundamente divididos quando confrontados com o direito do litigante a ter o seu caso decidido por um tribunal imparcial e a obrigação internacional assumida pelo Estado-juiz de observar a imunidade de jurisdição outorgada em tratado à organização. Em certas jurisdições foi percebida a tendência de condicionar a fruição da imunidade à existência de uma via alternativa para a resolução de disputas, notadamente as trabalhistas ou as de direito privado. Já em outros Estados prepondera a aplicação dos tratados ou da legislação doméstica, admitidas tão somente as exceções neles previstas, independentemente de essa situação poder resultar na negativa de acesso à justiça à parte autora. Numa terceira vertente há os tribunais que buscam limitar o campo de aplicação da imunidade recorrendo à sua natureza funcional e restringindo sua incidência aos atos reputados imprescindíveis para o funcionamento independente da organização, ou aplicando a doutrina da imunidade relativa, afastando assim a prerrogativa nas discussões sobre atos de natureza puramente comercial. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-08-25 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-06-22T15:29:06Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-06-22T15:29:06Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/42596 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/42596 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Direito |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
DIREITO - FACULDADE DE DIREITO |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42596/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20B%c3%81RBARA%20SOLLERO-Vers%c3%a3o%20Final%20com%20Ata%20Assinada.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42596/4/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b5d82fa0e4c14a400c63399ea473a55e cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589555267305472 |