O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASJFUA |
Resumo: | Nas últimas três décadas, a historiografia brasileira que trata do escravismo no período imperial vem recorrendo a fontes judiciais como via de acesso ao universo das relações cotidianas estabelecidas entre escravos, libertos, senhores e autoridades públicas. Os historiadores que consultaram esse tipo de documentação em virtude da insuficiência de fontes mais usuais como os documentos oficiais emitidos pelo Executivo e Legislativo e os jornais em registrar a voz de grupos marginalizados socialmente pretendiam, de acordo com as historiadoras Silva Lara e Joseli Mendonça, apreender a visão escrava da escravidão e entender como as ações dos escravos haviam contribuído para conformar as relações escravistas no Brasil1. As pesquisas que utilizaram essas fontes buscavam principalmente atribuir a escravos e libertos o status de agentes históricos ativamente engajados no processo de deslegitimação e desmantelamento do sistema escravista brasileiro. Esse esforço de redefinição do papel protagonista desempenhado por tais agentes se voltava contra a tese, bastante influente até a década de 1970, segundo a qual a violenta reificação imposta aos cativos e por eles incorporada, fenômeno constitutivo do sistema escravista de produção, definiria o processo de (de)formação identitária individual e social do ser escravo, cujo universo valorativo e vivencial teria sido estabelecido de forma heteronômica no interior das relações escravistas. |
id |
UFMG_3c3ab64502ce9f857fbedd23e4585557 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-ASJFUA |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Fernanda Salcedo RepolesGiordano Bruno Soares RobertoRicardo SontagRicardo Marcelo FonsecaDaniel Carvalho Ferreira2019-08-12T19:33:10Z2019-08-12T19:33:10Z2016-07-29http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASJFUANas últimas três décadas, a historiografia brasileira que trata do escravismo no período imperial vem recorrendo a fontes judiciais como via de acesso ao universo das relações cotidianas estabelecidas entre escravos, libertos, senhores e autoridades públicas. Os historiadores que consultaram esse tipo de documentação em virtude da insuficiência de fontes mais usuais como os documentos oficiais emitidos pelo Executivo e Legislativo e os jornais em registrar a voz de grupos marginalizados socialmente pretendiam, de acordo com as historiadoras Silva Lara e Joseli Mendonça, apreender a visão escrava da escravidão e entender como as ações dos escravos haviam contribuído para conformar as relações escravistas no Brasil1. As pesquisas que utilizaram essas fontes buscavam principalmente atribuir a escravos e libertos o status de agentes históricos ativamente engajados no processo de deslegitimação e desmantelamento do sistema escravista brasileiro. Esse esforço de redefinição do papel protagonista desempenhado por tais agentes se voltava contra a tese, bastante influente até a década de 1970, segundo a qual a violenta reificação imposta aos cativos e por eles incorporada, fenômeno constitutivo do sistema escravista de produção, definiria o processo de (de)formação identitária individual e social do ser escravo, cujo universo valorativo e vivencial teria sido estabelecido de forma heteronômica no interior das relações escravistas.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDireitoEscravos Emancipação BrasilBrasil História ImperioDireitoO juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALo_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdfapplication/pdf2095638https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASJFUA/1/o_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdf9fa1910a4823fc451ac55b9af9eac57cMD51TEXTo_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdf.txto_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdf.txtExtracted texttext/plain812064https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASJFUA/2/o_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdf.txte1d46c23dd15fe16ebb854b74408d800MD521843/BUOS-ASJFUA2019-11-14 19:39:22.226oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-ASJFUARepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:39:22Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
title |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
spellingShingle |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) Daniel Carvalho Ferreira Direito Direito Escravos Emancipação Brasil Brasil História Imperio |
title_short |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
title_full |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
title_fullStr |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
title_full_unstemmed |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
title_sort |
O juízo dos libertos: bacharéis da corte, escravidão e campo jurídico no Segundo Reinado (1850-1871) |
author |
Daniel Carvalho Ferreira |
author_facet |
Daniel Carvalho Ferreira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Fernanda Salcedo Repoles |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Giordano Bruno Soares Roberto |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Ricardo Sontag |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Ricardo Marcelo Fonseca |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Daniel Carvalho Ferreira |
contributor_str_mv |
Maria Fernanda Salcedo Repoles Giordano Bruno Soares Roberto Ricardo Sontag Ricardo Marcelo Fonseca |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direito |
topic |
Direito Direito Escravos Emancipação Brasil Brasil História Imperio |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Direito Escravos Emancipação Brasil Brasil História Imperio |
description |
Nas últimas três décadas, a historiografia brasileira que trata do escravismo no período imperial vem recorrendo a fontes judiciais como via de acesso ao universo das relações cotidianas estabelecidas entre escravos, libertos, senhores e autoridades públicas. Os historiadores que consultaram esse tipo de documentação em virtude da insuficiência de fontes mais usuais como os documentos oficiais emitidos pelo Executivo e Legislativo e os jornais em registrar a voz de grupos marginalizados socialmente pretendiam, de acordo com as historiadoras Silva Lara e Joseli Mendonça, apreender a visão escrava da escravidão e entender como as ações dos escravos haviam contribuído para conformar as relações escravistas no Brasil1. As pesquisas que utilizaram essas fontes buscavam principalmente atribuir a escravos e libertos o status de agentes históricos ativamente engajados no processo de deslegitimação e desmantelamento do sistema escravista brasileiro. Esse esforço de redefinição do papel protagonista desempenhado por tais agentes se voltava contra a tese, bastante influente até a década de 1970, segundo a qual a violenta reificação imposta aos cativos e por eles incorporada, fenômeno constitutivo do sistema escravista de produção, definiria o processo de (de)formação identitária individual e social do ser escravo, cujo universo valorativo e vivencial teria sido estabelecido de forma heteronômica no interior das relações escravistas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-07-29 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-12T19:33:10Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-12T19:33:10Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASJFUA |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASJFUA |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASJFUA/1/o_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASJFUA/2/o_ju_zo_dos_libertos___disserta__o___daniel_carvalho_ferreira.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9fa1910a4823fc451ac55b9af9eac57c e1d46c23dd15fe16ebb854b74408d800 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589414502268928 |