Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriela Brasil Mokarin
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/66433
https://orcid.org/0000-0002-6857-2158
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem como objetivo geral descrever a maternagem atípica de mães que têm filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco nas vivências relacionadas ao estresse e ao autoestigma. O estudo se concentra no contexto brasileiro. Por meio de uma investigação quantitativa e qualitativa, buscamos compreender as complexidades, desafios e estratégias adotadas por mães de pessoas com TEA, e como essas experiências influenciam seu nível de estresse e autoestigma. As participantes foram selecionadas por meio de uma divulgação em redes sociais específicas sobre TEA, utilizando um formulário online no Google Forms®. Inicialmente, um questionário contendo 18 questões foi divulgado de forma online nas redes sociais, direcionado a mães de crianças diagnosticadas com TEA. Além disso, foram aplicadas duas escalas estruturadas: (a) Affiliate Stigma Scale e (b) Escala de Estresse Parental (EEPa). Embora as escalas não tenham sido normatizadas, foram adaptadas e validadas para o contexto do português brasileiro. Posteriormente, foram selecionadas aleatoriamente seis mães dentre as 398 participantes, três com níveis de estresse mais alto e três com níveis de estresse mais baixos, aferidos em protocolo aplicado em etapa anterior. As entrevistas foram conduzidas com base em um roteiro semidirigido, com duração média de quarenta minutos. Por meio de análise de conteúdo das entrevistas, foram encontradas nove categorias neste estudo, a saber: sobrecarga, adoecimento, apoio, identificação, preocupações, dificuldades, isolamento, constrangimentos, preconceito, autoestigma, estigma, romantização, militância, estratégias de enfrentamento, acesso, estresse, desigualdade e anulação. Os resultados revelaram que as mães desempenham um papel social crucial na defesa dos direitos e tratamentos adequados para seus filhos, empregando estratégias de resistência e engajamento social, sendo que 79,8% das entrevistadas apresentaram um baixo nível de estresse, o que indica necessidade de novos estudos que englobem a dimensão da resiliência no cenário de estresse constante. Outros resultados relevantes incluem a identificação de 5% da amostra com crianças que não frequentam a escola; a distribuição desigual de responsabilidades referentes ao cuidado entre pais e mães; a busca de informações, principalmente por meio da internet, possivelmente, sem o suporte de orientações formais de equipes de saúde. Os resultados evidenciaram que a vivência da discriminação e do estigma estão intimamente ligados a consequências emocionais negativas relacionadas ao cuidado de crianças com TEA, bem como ao isolamento social enfrentado por mulheres e famílias nessa situação.
id UFMG_3c730c986447938197c6dde3e2e5faf9
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/66433
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria Luísa Magalhães Nogueirahttp://lattes.cnpq.br/0658721467035688Ana Amélia Cardoso RodriguesAdriana Dias Gomide AraújoRosangela Gomes da Mota de Souzahttp://lattes.cnpq.br/4534489170690868Gabriela Brasil Mokarin2024-03-22T21:40:31Z2024-03-22T21:40:31Z2023-10-04http://hdl.handle.net/1843/66433https://orcid.org/0000-0002-6857-2158Esta dissertação de mestrado tem como objetivo geral descrever a maternagem atípica de mães que têm filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco nas vivências relacionadas ao estresse e ao autoestigma. O estudo se concentra no contexto brasileiro. Por meio de uma investigação quantitativa e qualitativa, buscamos compreender as complexidades, desafios e estratégias adotadas por mães de pessoas com TEA, e como essas experiências influenciam seu nível de estresse e autoestigma. As participantes foram selecionadas por meio de uma divulgação em redes sociais específicas sobre TEA, utilizando um formulário online no Google Forms®. Inicialmente, um questionário contendo 18 questões foi divulgado de forma online nas redes sociais, direcionado a mães de crianças diagnosticadas com TEA. Além disso, foram aplicadas duas escalas estruturadas: (a) Affiliate Stigma Scale e (b) Escala de Estresse Parental (EEPa). Embora as escalas não tenham sido normatizadas, foram adaptadas e validadas para o contexto do português brasileiro. Posteriormente, foram selecionadas aleatoriamente seis mães dentre as 398 participantes, três com níveis de estresse mais alto e três com níveis de estresse mais baixos, aferidos em protocolo aplicado em etapa anterior. As entrevistas foram conduzidas com base em um roteiro semidirigido, com duração média de quarenta minutos. Por meio de análise de conteúdo das entrevistas, foram encontradas nove categorias neste estudo, a saber: sobrecarga, adoecimento, apoio, identificação, preocupações, dificuldades, isolamento, constrangimentos, preconceito, autoestigma, estigma, romantização, militância, estratégias de enfrentamento, acesso, estresse, desigualdade e anulação. Os resultados revelaram que as mães desempenham um papel social crucial na defesa dos direitos e tratamentos adequados para seus filhos, empregando estratégias de resistência e engajamento social, sendo que 79,8% das entrevistadas apresentaram um baixo nível de estresse, o que indica necessidade de novos estudos que englobem a dimensão da resiliência no cenário de estresse constante. Outros resultados relevantes incluem a identificação de 5% da amostra com crianças que não frequentam a escola; a distribuição desigual de responsabilidades referentes ao cuidado entre pais e mães; a busca de informações, principalmente por meio da internet, possivelmente, sem o suporte de orientações formais de equipes de saúde. Os resultados evidenciaram que a vivência da discriminação e do estigma estão intimamente ligados a consequências emocionais negativas relacionadas ao cuidado de crianças com TEA, bem como ao isolamento social enfrentado por mulheres e famílias nessa situação.This master's dissertation aims to provide a comprehensive description of atypical mothering experiences among mothers of children diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD), with a specific focus on their encounters with stress and self-stigma. The study is centered within the Brazilian context and employs a mixed-methods approach to explore the intricacies, challenges, and coping strategies adopted by mothers of individuals with ASD, and how these experiences impact their levels of stress and self-stigma.Participants were recruited through targeted outreach on social media platforms related to ASD, utilizing an online survey created with Google Forms®. Initially, an 18-item questionnaire was distributed online through social media channels, targeting mothers of children diagnosed with ASD. Additionally, two structured scales were applied: (a) the Affiliate Stigma Scale and (b) the Parental Stress Scale (EEPa). While these scales had not been standardized, they were adapted and validated for the Brazilian Portuguese context. Subsequently, six mothers were randomly selected from the 398 participants, consisting of three with higher stress levels and three with lower stress levels, as assessed in a previous protocol. Semi-structured interviews, lasting approximately forty minutes on average, were conducted based on a prepared script. Through content analysis of the interviews, nine categories emerged in this study, including overload, health issues, support, identification, concerns, difficulties, isolation, constraints, prejudice, self-stigma, stigma, romanticization, advocacy, coping strategies, access, stress, inequality, and annulment.The results revealed that mothers play a crucial social role in advocating for the rights and appropriate treatment for their children, employing resistance strategies and social engagement. Notably, 79.8% of the interviewed mothers exhibited low levels of stress, suggesting the need for further studies encompassing the dimension of resilience in the context of constant stress. Other significant findings include the identification of 5% of the sample having children who do not attend school, uneven distribution of caregiving responsibilities between fathers and mothers, and the primary source of information being the internet, possibly without the support of formal healthcare teams. The results underscore the close association between experiences of discrimination and stigma and negative emotional consequences related to caring for children with ASD, as well as the social isolation faced by women and families in this situation.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologia - TesesTranstornos do espectro autista - TesesStress (Psicologia) - TesesTranstorno do Espectro Autista (TEA)MaternagemAutoestigmaEstigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismoStigma and stress in mothering people with autism spectrum disorderinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDISSERTAÇAO UFMG.pdfDISSERTAÇAO UFMG.pdfapplication/pdf1867484https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66433/1/DISSERTA%c3%87AO%20UFMG.pdf628934d99fb429fb477c53d01b91eed6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66433/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66433/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/664332024-03-22 18:40:31.66oai:repositorio.ufmg.br:1843/66433TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-03-22T21:40:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Stigma and stress in mothering people with autism spectrum disorder
title Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
spellingShingle Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
Gabriela Brasil Mokarin
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Maternagem
Autoestigma
Psicologia - Teses
Transtornos do espectro autista - Teses
Stress (Psicologia) - Teses
title_short Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
title_full Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
title_fullStr Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
title_full_unstemmed Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
title_sort Estigma e estresse na maternagem de pessoas com transtorno do espectro do autismo
author Gabriela Brasil Mokarin
author_facet Gabriela Brasil Mokarin
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Luísa Magalhães Nogueira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0658721467035688
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Ana Amélia Cardoso Rodrigues
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Adriana Dias Gomide Araújo
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rosangela Gomes da Mota de Souza
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4534489170690868
dc.contributor.author.fl_str_mv Gabriela Brasil Mokarin
contributor_str_mv Maria Luísa Magalhães Nogueira
Ana Amélia Cardoso Rodrigues
Adriana Dias Gomide Araújo
Rosangela Gomes da Mota de Souza
dc.subject.por.fl_str_mv Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Maternagem
Autoestigma
topic Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Maternagem
Autoestigma
Psicologia - Teses
Transtornos do espectro autista - Teses
Stress (Psicologia) - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Psicologia - Teses
Transtornos do espectro autista - Teses
Stress (Psicologia) - Teses
description Esta dissertação de mestrado tem como objetivo geral descrever a maternagem atípica de mães que têm filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco nas vivências relacionadas ao estresse e ao autoestigma. O estudo se concentra no contexto brasileiro. Por meio de uma investigação quantitativa e qualitativa, buscamos compreender as complexidades, desafios e estratégias adotadas por mães de pessoas com TEA, e como essas experiências influenciam seu nível de estresse e autoestigma. As participantes foram selecionadas por meio de uma divulgação em redes sociais específicas sobre TEA, utilizando um formulário online no Google Forms®. Inicialmente, um questionário contendo 18 questões foi divulgado de forma online nas redes sociais, direcionado a mães de crianças diagnosticadas com TEA. Além disso, foram aplicadas duas escalas estruturadas: (a) Affiliate Stigma Scale e (b) Escala de Estresse Parental (EEPa). Embora as escalas não tenham sido normatizadas, foram adaptadas e validadas para o contexto do português brasileiro. Posteriormente, foram selecionadas aleatoriamente seis mães dentre as 398 participantes, três com níveis de estresse mais alto e três com níveis de estresse mais baixos, aferidos em protocolo aplicado em etapa anterior. As entrevistas foram conduzidas com base em um roteiro semidirigido, com duração média de quarenta minutos. Por meio de análise de conteúdo das entrevistas, foram encontradas nove categorias neste estudo, a saber: sobrecarga, adoecimento, apoio, identificação, preocupações, dificuldades, isolamento, constrangimentos, preconceito, autoestigma, estigma, romantização, militância, estratégias de enfrentamento, acesso, estresse, desigualdade e anulação. Os resultados revelaram que as mães desempenham um papel social crucial na defesa dos direitos e tratamentos adequados para seus filhos, empregando estratégias de resistência e engajamento social, sendo que 79,8% das entrevistadas apresentaram um baixo nível de estresse, o que indica necessidade de novos estudos que englobem a dimensão da resiliência no cenário de estresse constante. Outros resultados relevantes incluem a identificação de 5% da amostra com crianças que não frequentam a escola; a distribuição desigual de responsabilidades referentes ao cuidado entre pais e mães; a busca de informações, principalmente por meio da internet, possivelmente, sem o suporte de orientações formais de equipes de saúde. Os resultados evidenciaram que a vivência da discriminação e do estigma estão intimamente ligados a consequências emocionais negativas relacionadas ao cuidado de crianças com TEA, bem como ao isolamento social enfrentado por mulheres e famílias nessa situação.
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-10-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-03-22T21:40:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-03-22T21:40:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/66433
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-6857-2158
url http://hdl.handle.net/1843/66433
https://orcid.org/0000-0002-6857-2158
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66433/1/DISSERTA%c3%87AO%20UFMG.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66433/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66433/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 628934d99fb429fb477c53d01b91eed6
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589264355622912