Correlação entre qualidade de vida e a fração exalada do óxido nítrico em crianças e adolescentes com asma

• Autor(a) principal: Flavia Thereza Rodrigues Barbosa
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9AQHDM
• topic: Questionário; Qualidade de vida; Fração exalada de óxido nítrico; Asma; Criança; Pneumologia; Saúde da criança

Objetivo: Avaliar a correlação entre uma pontuação de qualidade de vida e a fração exalada do óxido nítrico em crianças e adolescentes com asma não controlada ou parcialmente controlada. Métodos: Foi realizado um estudo transversal no Ambulatório de Pneumologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG (Belo Horizonte, Brasil), entre agosto de 2008 e agosto de 2010, envolvendo pacientes entre seis e dezoito anos de idade com asma não controlada ou parcialmente controlada em uso de corticóide inalatório em doses iguais ou equivalentes a 500 mcg de beclometasona. O diagnóstico e a classificação da asma foram feitos de acordo com os critérios da Global Initiative for Asthma. Os pacientes responderam ao Questionário de Qualidade de Vida em Asma Pediátrica (QVAP), proposto por Juniper. No escore utilizado, cuja pontuação varia de um a sete pontos, um ponto indica o máximo comprometimento da qualidade de vida; e, sete pontos, nenhum comprometimento. Valores inferiores ou iguais a quatro são indicativos de moderado comprometimento da qualidade de vida. Foi também realizada a medida da FeNO nos mesmos pacientes de acordo com os critérios da American Thoracic Society. Os limites superiores da normalidade da FeNO são de 15 ppb para crianças de quatro anos, com aumento médio de um ppb por ano e 25 ppb para os adolescentes. O equipamento utilizado foi o NIOX MINO® (Aerocrine, Suécia). Para o cálculo da correlação utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Dos 43 pacientes avaliados, cuja média de idade foi de 11,67 anos, 27 (62,8%,) eram do sexo masculino. A média da pontuação da QVAP foi de 4,99 pontos (variação de 2,09 a 6,78 pontos), enquanto que, o valor médio da FeNO foi de 41,06 ppb (variação de 8 a 179 ppb). Não houve correlação estatisticamente significativa entre a FeNO e a QVAP (Pearson r = 0,136, p = 0,384). Conclusão: A média obtida da FeNO foi mais elevada em relação aos valores esperados para a faixa etária estudada, o que corrobora com o fato da asma não estar controlada. Por outro lado, a média da pontuação dos questionários também foi alta, evidenciando ausência de prejuízo da qualidade de vida, a despeito do não controle da asma. A ausência de correlação entre essas variáveis indica que elas se comportam de forma diferente, provavelmente porque avaliam diferentes aspectos da doença.