Spectrum of ocular manifestations and visual outcomes of neurosyphilis among 53 patients
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2020-0332 http://hdl.handle.net/1843/55237 https://orcid.org/0000-0003-0057-0591 https://orcid.org/0000-0002-0755-9478 https://orcid.org/0000-0002-1290-7051 https://orcid.org/0000-0002-2304-2313 https://orcid.org/0000-0003-1224-5243 |
Resumo: | Introdução: Na era do ressurgimento da sífilis, a sífilis ocular ganhou grande atenção, pois sua prevalência está aumentando e ela pode causar cegueira e incapacidades. Objetivos: Investigar a apresentação clínica e o prognóstico da sífilis ocular. Métodos: Estudo prospectivo com 53 pacientes (90 olhos) com sífilis ocular diagnosticados na Santa Casa de Belo Horizonte, Brasil. Os diagnósticos foram feitos com base em manifestações clínicas da doença e marcadores sorológicos (um teste treponêmico e outro não treponêmico positivos ou dois testes treponêmicos positivos). Resultados: Trinta e cinco olhos (66%) eram de homens e a idade média foi de 45,3±12,0 anos. A co-infecção pelo HIV foi confirmada em 10 (18,9%) pacientes. O envolvimento ocular bilateral ocorreu em 68%. Neurite óptica foi diagnosticada em 51,7% dos olhos e uveíte, em 48,2%. A mediana do logaritmo do ângulo mínimo de resolução (logMAR) foi 1 (20/200 Snellen), enquanto que após a antibioticoterapia, a mediana foi 0,2 (20/30 Snellen). A baixa acuidade visual após o tratamento, definido como logMAR 1 (20/200 Snellen) ou pior, foi associada a: gravidade da acuidade visual na apresentação da doença (abaixo de logMAR 1.3-20/400 Snellen) (p = 0,001) e idade acima de 50 anos (p=0,001). Conclusões: O estudo confirmou o amplo espectro de manifestações clínicas da sífilis ocular. A forma mais frequente foi a neurite óptica, um diagnóstico diferencial importante das neurites inflamatórias. O diagnóstico precoce é essencial, é uma condição tratável e com excelente recuperação, na maior parte dos casos. |
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Spectrum of ocular manifestations and visual outcomes of neurosyphilis among 53 patientsEspectro de manifestações oculares e prognóstico visual da neurossífilis em 53 pacientesOcular syphilisNeurosyphilisOcular manifestationsOptic neuritisVisual outcomeSífilisNeurossífilisInfecções ocularesNeurite ópticaPrognósticoIntrodução: Na era do ressurgimento da sífilis, a sífilis ocular ganhou grande atenção, pois sua prevalência está aumentando e ela pode causar cegueira e incapacidades. Objetivos: Investigar a apresentação clínica e o prognóstico da sífilis ocular. Métodos: Estudo prospectivo com 53 pacientes (90 olhos) com sífilis ocular diagnosticados na Santa Casa de Belo Horizonte, Brasil. Os diagnósticos foram feitos com base em manifestações clínicas da doença e marcadores sorológicos (um teste treponêmico e outro não treponêmico positivos ou dois testes treponêmicos positivos). Resultados: Trinta e cinco olhos (66%) eram de homens e a idade média foi de 45,3±12,0 anos. A co-infecção pelo HIV foi confirmada em 10 (18,9%) pacientes. O envolvimento ocular bilateral ocorreu em 68%. Neurite óptica foi diagnosticada em 51,7% dos olhos e uveíte, em 48,2%. A mediana do logaritmo do ângulo mínimo de resolução (logMAR) foi 1 (20/200 Snellen), enquanto que após a antibioticoterapia, a mediana foi 0,2 (20/30 Snellen). A baixa acuidade visual após o tratamento, definido como logMAR 1 (20/200 Snellen) ou pior, foi associada a: gravidade da acuidade visual na apresentação da doença (abaixo de logMAR 1.3-20/400 Snellen) (p = 0,001) e idade acima de 50 anos (p=0,001). Conclusões: O estudo confirmou o amplo espectro de manifestações clínicas da sífilis ocular. A forma mais frequente foi a neurite óptica, um diagnóstico diferencial importante das neurites inflamatórias. O diagnóstico precoce é essencial, é uma condição tratável e com excelente recuperação, na maior parte dos casos.Background: In the era of the re-emergence of syphilis, ocular syphilis has gained attention because its prevalence has increased and it can cause blindness and disability. Objectives: To investigate the clinical presentation and prognosis of ocular syphilis. Methods: Prospective study on 53 patients (90 eyes) with ocular syphilis diagnosed at the Santa Casa of Belo Horizonte, Brazil. The diagnosis was based on clinical manifestations of the disease and on serological markers (positive serum treponemal and non-treponemal tests or two positive treponemal tests). Results: Thirty-five eyes (66%) were from men and the mean age was 45.3 ± 12.0 years. HIV coinfection was confirmed in 10 patients (18.9%). Forty-four (84.9%) had VDRL titers ≥ 1:32. Bilateral ocular involvement occurred in 68%. Optic neuritis was diagnosed in 51.7% of the eyes and uveitis in 48.2%. Regarding visual acuity, the median baseline logarithm of the minimum angle of resolution (logMAR) was 1(20/200 Snellen), while after antibiotic therapy, the median was 0.2 (20/30 Snellen). Poor visual acuity after treatment, defined as the bestcorrected visual acuity (BCVA; logMAR 1; 20/200 Snellen) or worse, was associated with severe BCVA at presentation (below logMAR 1.3; 20/400 Snellen) (p = 0.001) and age over 50 years (p = 0.001). Conclusions: This study confirms the wide spectrum of clinical manifestations of ocular syphilis. The most frequent form was optic neuritis, an important differential diagnosis from other causes of inflammatory neuritis. Early diagnosis is essential, given that this is a treatable condition with excellent visual recovery in most cases.Universidade Federal de Minas GeraisBrasilHCL - HOSPITAL DAS CLINICASMED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICAUFMG2023-06-22T21:50:40Z2023-06-22T21:50:40Z2021-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlepdfapplication/pdfhttps://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2020-03321678-4227http://hdl.handle.net/1843/55237https://orcid.org/0000-0003-0057-0591https://orcid.org/0000-0002-0755-9478https://orcid.org/0000-0002-1290-7051https://orcid.org/0000-0002-2304-2313https://orcid.org/0000-0003-1224-5243engArquivos de Neuro-PsiquiatriaTatiana Vaz Leite PintoAntônio Pereira Gomes NetoMatheus Nader CunhaLetícia Moreira BernardinoPaulo Pereira Christoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2023-06-22T21:50:41Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/55237Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2023-06-22T21:50:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Introdução: Na era do ressurgimento da sífilis, a sífilis ocular ganhou grande atenção, pois sua prevalência está aumentando e ela pode causar cegueira e incapacidades. Objetivos: Investigar a apresentação clínica e o prognóstico da sífilis ocular. Métodos: Estudo prospectivo com 53 pacientes (90 olhos) com sífilis ocular diagnosticados na Santa Casa de Belo Horizonte, Brasil. Os diagnósticos foram feitos com base em manifestações clínicas da doença e marcadores sorológicos (um teste treponêmico e outro não treponêmico positivos ou dois testes treponêmicos positivos). Resultados: Trinta e cinco olhos (66%) eram de homens e a idade média foi de 45,3±12,0 anos. A co-infecção pelo HIV foi confirmada em 10 (18,9%) pacientes. O envolvimento ocular bilateral ocorreu em 68%. Neurite óptica foi diagnosticada em 51,7% dos olhos e uveíte, em 48,2%. A mediana do logaritmo do ângulo mínimo de resolução (logMAR) foi 1 (20/200 Snellen), enquanto que após a antibioticoterapia, a mediana foi 0,2 (20/30 Snellen). A baixa acuidade visual após o tratamento, definido como logMAR 1 (20/200 Snellen) ou pior, foi associada a: gravidade da acuidade visual na apresentação da doença (abaixo de logMAR 1.3-20/400 Snellen) (p = 0,001) e idade acima de 50 anos (p=0,001). Conclusões: O estudo confirmou o amplo espectro de manifestações clínicas da sífilis ocular. A forma mais frequente foi a neurite óptica, um diagnóstico diferencial importante das neurites inflamatórias. O diagnóstico precoce é essencial, é uma condição tratável e com excelente recuperação, na maior parte dos casos. |
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