Análise geomorfológica da Bacia Hidrográfica do Rio Mearim-MA a partir do quadro geológico regional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alex de Sousa Lima
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9E9KY8
Resumo: O relevo é o reflexo de muitas transformações ocorridas em tempos pretéritos, sob um conjunto de processos que se entrelaçam e se combinam até resultar em um produto dinâmico, aparentemente estático. Dessa forma, entende-se que a bacia hidrográfica seja uma unidade ideal para se compreender como tais transformações ocorrem. Nesse sentido, adotou-se a Bacia Hidrográfica do Rio Mearim-MA como objeto de estudo para a compreensão desses processos atuantes na dinâmica do relevo. O objetivo desta pesquisa foi o de caracterizar e compreender os aspectos geomorfológicos da referida bacia com base na evolução geológica da bacia sedimentar do Grajaú-São Luís. A metodologia pautou-se na análise e discussão do quadro geológico regional a partir da literatura, com a utilização complementar de tabelas, mapas, perfis e blocosdiagramas elaborados com a finalidade de se obter melhor visualização das informações pertinentes às formas do relevo. Inicialmente, analisaram-se as características hipsométricas e as declividades, através dos mapas e das tabelas, que permitiram considerar que a bacia do rio Mearim encontra-se em condições onde os processos de agradação se sobressaem sobre a degradação do relevo, sobretudo no baixo curso. Os resultados e as discussões dos perfis e dos blocos-diagramas apontaram para uma diferenciação entre o baixo e o médio curso, assim como para as porções leste e oeste da bacia. Também indicaram para uma individualização em duas áreas para o baixo curso. A análise morfométrica permitiu constatar que há energia insuficiente para formar novos canais, reflexo da baixa declividade da bacia. O índice de sinuosidade indica influência dos falhamentos, devido aos extensos cursos retilíneos. Propôs-se o modelo evolutivo da bacia do rio Mearim em cinco estágios: estágio I, Albiano, formação da pelo-drenagem; estágio II, Campaniano, ativação do falhamento e erosão regressiva; estágio III, Oligoceno Superior, rebaixamento do nível do mar e acentuação do processo erosivo; estágio IV, Mioceno Médio, desmantelamento da cobertura ferro-aluminosa e captura do Lineamento do rio Grajaú; e, estágio V, Plio-Pleistoceno, implantação das planícies e diferenciação das porções leste e oeste da bacia. A partir dos resultados obtidos foi possível destacar cinco unidades geomorfológicas, sendo elas: Unidade I, Alto Mearim-Grajaú; Unidade II, Relevo Dissecado do Médio Mearim; Unidade III, Superfície Dissecada do Pindaré; Unidade IV, Relevo Dissecado do Baixo Curso; e, Unidade V, Planície Flúvio-Lacustre e Marinha. Baseado nos resultados constatou-se que houve neotectonismo no baixo curso, responsável pela configuração das drenagens e das planícies flúvio-lacustres.
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A metodologia pautou-se na análise e discussão do quadro geológico regional a partir da literatura, com a utilização complementar de tabelas, mapas, perfis e blocosdiagramas elaborados com a finalidade de se obter melhor visualização das informações pertinentes às formas do relevo. Inicialmente, analisaram-se as características hipsométricas e as declividades, através dos mapas e das tabelas, que permitiram considerar que a bacia do rio Mearim encontra-se em condições onde os processos de agradação se sobressaem sobre a degradação do relevo, sobretudo no baixo curso. Os resultados e as discussões dos perfis e dos blocos-diagramas apontaram para uma diferenciação entre o baixo e o médio curso, assim como para as porções leste e oeste da bacia. Também indicaram para uma individualização em duas áreas para o baixo curso. A análise morfométrica permitiu constatar que há energia insuficiente para formar novos canais, reflexo da baixa declividade da bacia. O índice de sinuosidade indica influência dos falhamentos, devido aos extensos cursos retilíneos. Propôs-se o modelo evolutivo da bacia do rio Mearim em cinco estágios: estágio I, Albiano, formação da pelo-drenagem; estágio II, Campaniano, ativação do falhamento e erosão regressiva; estágio III, Oligoceno Superior, rebaixamento do nível do mar e acentuação do processo erosivo; estágio IV, Mioceno Médio, desmantelamento da cobertura ferro-aluminosa e captura do Lineamento do rio Grajaú; e, estágio V, Plio-Pleistoceno, implantação das planícies e diferenciação das porções leste e oeste da bacia. A partir dos resultados obtidos foi possível destacar cinco unidades geomorfológicas, sendo elas: Unidade I, Alto Mearim-Grajaú; Unidade II, Relevo Dissecado do Médio Mearim; Unidade III, Superfície Dissecada do Pindaré; Unidade IV, Relevo Dissecado do Baixo Curso; e, Unidade V, Planície Flúvio-Lacustre e Marinha. Baseado nos resultados constatou-se que houve neotectonismo no baixo curso, responsável pela configuração das drenagens e das planícies flúvio-lacustres.The relief is reflective of many transformations occurred in past times, under a set of processes that intertwine and combine to result in a dynamic product apparently static. Thus, it is understood that the watershed is an ideal unit to understand how such transformations occur. Accordingly, we adopted the River Basin Mearim - MA as an object of study for understanding the dynamics of these processes acting relief. The objective of this research was to characterize and understand the geomorphological aspects of the basin based on the geological evolution of the sedimentary basin of the St. Louis-Grajaú The methodology was based on the analysis and discussion of the regional geological framework from the literature, with complementary use of tables, maps, profiles and block-diagrams drawn in order to obtain better visualization of relevant information to the forms of relief. Initially, we analyzed the characteristics hypsometric and slope, through the maps and tables, which allowed considering the river basin Mearim is in conditions where the processes of aggradation excel on the degradation of relief, especially in the lower course. Results and discussions profiles and block - diagrams indicated a differentiation between low and medium distances, as well as the eastern and western portions of the basin. Also indicated for individualization in two areas to the lower course. The morphometric analysis have revealed that there is insufficient energy to form new channels, reflecting the low slope of the basin. The sinuosity index indicates the influence of faulting due to extensive courses straight. Proposed to the evolutionary model of river basin Mearim in five stages: stage I, Albian, formation of by - draining, stage II, Campanian, activation of faulting and regressive erosion, stage III, Late Oligocene, lowering of sea level and accentuation of the erosion process, stage IV, Middle Miocene, dismantling coverage aluminous and iron - capture Grajaú river Lineament, and stage V, Plio-Pleistocene, deployment plains and differentiation of the eastern and western portions of the basin. From the results we highlight five geomorphological units, as follows: Unit I , High - Mearim Grajaú; Unit II, Relief Dissected Middle Mearim; Unit III, the Dissected Surface Pindaré; Unit IV, dissected relief of the Lower Course, and, Unit V, Plain fluviallacustrine environment and Navy. Based on the results it was found that there was neotectonics in the lower course, responsible for the configuration of the drainage and fluvial-lacustrine plains.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMearim, Rio, Bacia (MA)RelevoBacias sedimentaresBacias hidrográficasBacia SedimentarRelevoBacia Hidrográfica do Rio MearimAnálise geomorfológica da Bacia Hidrográfica do Rio Mearim-MA a partir do quadro geológico regionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALgeografia_alex_de_sousa_lima_tese.pdfapplication/pdf13709732https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9E9KY8/1/geografia_alex_de_sousa_lima_tese.pdfd21f7175f3ad7e04325e20e866efc95eMD51TEXTgeografia_alex_de_sousa_lima_tese.pdf.txtgeografia_alex_de_sousa_lima_tese.pdf.txtExtracted texttext/plain302936https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9E9KY8/2/geografia_alex_de_sousa_lima_tese.pdf.txt9287e601ebad2c1b237b40e27d38ed5bMD521843/IGCC-9E9KY82019-11-14 10:50:41.708oai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-9E9KY8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:50:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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