Uso de medicamentos não antirretrovirais e polifarmácia entre pessoas vivendo com HIV em início de terapia antirretroviral em Belo Horizonte, Brasil
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28301 http://hdl.handle.net/1843/61082 https://orcid.org/0000-0002-5656-0109 https://orcid.org/0000-0003-3505-4626 https://orcid.org/0000-0001-7002-4428 https://orcid.org/0000-0001-8224-2289 https://orcid.org/0000-0001-9609-7035 https://orcid.org/0000-0002-4340-0659 |
Resumo: | O aumento da expectativa de vida dos indivíduos vivendo com HIV contribuiu para a manifestação de comorbidades devido a múltiplos fatores, como a infecção pelo HIV, o uso de antirretrovirais e o envelhecimento. A utilização de outros medicamentos e a polifarmácia podem comprometer a adesão ao tratamento antirretroviral devido a potenciais interações medicamentosas e reações adversas. Foi conduzido um estudo de coorte com indivíduos vivendo com HIV que iniciaram terapia antirretroviral (TARV) em três serviços de assistência especializada em HIV/aids em Belo Horizonte, para descrever o uso de medicamentos não antirretrovirais e a polifarmácia entre indivíduos virgens de tratamento no período de 12 meses após o início da TARV. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, de prontuários clínicos e em sistemas informatizados com dados sobre a dispensação de antirretrovirais e exames laboratoriais de carga viral e contagem de linfócitos TCD4+. Foram incluídos 433 indivíduos, dos quais 70,0% tiveram registro de utilização de medicamentos não antirretrovirais concomitantemente à TARV e 7,9% de polifarmácia em 12 meses de tratamento. Os subgrupos terapêuticos mais utilizados foram antibacterianos para uso sistêmico (29,6%), antihistamínicos para uso sistêmico (7,1%), antimicobacterianos (4,8%), antimicóticos (4,8%) e psicanalépticos (4,4%). Os medicamentos mais utilizados foram sulfametoxazol e trimetoprima (10,8%), benzilpenicilina benzatina (6,3%), loratadina (5,7%), azitromicina (4,8%) e fluconazol (4,7%). A utilização de medicamentos não antirretrovirais nos 12 primeiros meses de tratamento foi elevada, com uma parcela importante em polifarmácia. Os medicamentos mais utilizados correspondem às indicações de profilaxia e tratamento de infecções oportunistas e toxicidades dos antirretrovirais. |
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Foi conduzido um estudo de coorte com indivíduos vivendo com HIV que iniciaram terapia antirretroviral (TARV) em três serviços de assistência especializada em HIV/aids em Belo Horizonte, para descrever o uso de medicamentos não antirretrovirais e a polifarmácia entre indivíduos virgens de tratamento no período de 12 meses após o início da TARV. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, de prontuários clínicos e em sistemas informatizados com dados sobre a dispensação de antirretrovirais e exames laboratoriais de carga viral e contagem de linfócitos TCD4+. Foram incluídos 433 indivíduos, dos quais 70,0% tiveram registro de utilização de medicamentos não antirretrovirais concomitantemente à TARV e 7,9% de polifarmácia em 12 meses de tratamento. Os subgrupos terapêuticos mais utilizados foram antibacterianos para uso sistêmico (29,6%), antihistamínicos para uso sistêmico (7,1%), antimicobacterianos (4,8%), antimicóticos (4,8%) e psicanalépticos (4,4%). Os medicamentos mais utilizados foram sulfametoxazol e trimetoprima (10,8%), benzilpenicilina benzatina (6,3%), loratadina (5,7%), azitromicina (4,8%) e fluconazol (4,7%). A utilização de medicamentos não antirretrovirais nos 12 primeiros meses de tratamento foi elevada, com uma parcela importante em polifarmácia. Os medicamentos mais utilizados correspondem às indicações de profilaxia e tratamento de infecções oportunistas e toxicidades dos antirretrovirais.The increase in life expectancy of individuals living with HIV has contributed to the manifestation of comorbidities due to multiple factors, such as HIV infection, use of antiretroviral drugs and aging. The use of other drugs and polypharmacy can compromise adherence to antiretroviral treatment due to potential drug interactions and adverse reactions. A cohort study was conducted with individuals living with HIV who started antiretroviral therapy (ART) in three specialized HIV/AIDS care services in Belo Horizonte, to describe the use of non-antiretroviral drugs and polypharmacy among treatment-naïve individuals in the period 12 months after starting ART. Data were collected through interviews, clinical records and computerized systems with data on the dispensing of antiretrovirals and laboratory tests of viral load and TCD4+ lymphocyte count. A total of 433 individuals were included, of which 70.0% had a record of using non-antiretroviral drugs concomitantly with ART and 7.9% of polypharmacy within 12 months of treatment. The most used therapeutic subgroups were antibacterials for systemic use (29.6%), antihistamines for systemic use (7.1%), antimycobacterials (4.8%), antimycotics (4.8%) and psychoanaleptics (4, 4%). The most used drugs were sulfamethoxazole and trimethoprim (10.8%), benzathine benzylpenicillin (6.3%), loratadine (5.7%), azithromycin (4.8%) and fluconazole (4.7%). The use of non-antiretroviral drugs in the first 12 months of treatment was high, with an important share in polypharmacy. The most used drugs correspond to indications for prophylaxis and treatment of opportunistic infections and antiretroviral toxicities.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFAR - DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SOCIALFARMACIA - FACULDADE DE FARMACIAResearch, Society and DevelopmentHIVAntirretroviraisPolimedicaçãoUso de MedicamentosDrug UtilizationPolypharmacyAntiretroviral TherapyHIVUso de medicamentos não antirretrovirais e polifarmácia entre pessoas vivendo com HIV em início de terapia antirretroviral em Belo Horizonte, BrasilUse of non-antiretroviral drugs and polypharmacy among people living with HIV starting antiretroviral therapy in Belo Horizonte, BrazilUso de medicamentos no antirretrovirales y polifarmacia entre personas que viven con el VIH que nician la terapia antirretroviral en Belo Horizonte, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28301Victor César da SilvaJullye Campos MendesMicheline Rosa SilveiraThalita Amorim ViolanteThalyta Joana de OliveiraMaria Das Graças Bragaapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; 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