Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matheus Serri Moulin de Oliveira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34433
Resumo: No Estado do Espírito Santo, a busca por água subterrânea vem crescendo consideravelmente frente aos eventos de escassez que marcaram os últimos anos. No entanto, a carência de conhecimentos hidrogeológicos compromete a locação de poços e a previsão da qualidade das águas, especialmente nos terrenos de rochas cristalinas. Este trabalho teve como objetivo a avaliação das características hidrogeoquímicas e isotópicas do Sistema Aquífero Cristalino na Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim (BHRI), situada no sul do Estado do Espírito Santo, buscando a compreensão das variações e condicionantes que influenciam a recarga e qualidade da água subterrânea, contribuindo também para o entendimento do seu modelo conceitual de circulação. Na porção da Alta BHRI onde ocorrem as maiores altitudes e relevo mais acidentado, as águas subterrâneas são bicarbonatadas mistas e pouco mineralizadas (244,60 μS.cm-1), com elementos providos pelo intemperismo de rochas silicáticas ígneas e metamórficas. Na porção da Média BHRI, onde as temperaturas são mais elevadas, altitudes menores e relevo mais suave, as águas subterrâneas são predominantemente sódicas mistas ou mistas cloretadas e progressivamente mais mineralizadas (991,38 μS.cm-1), devido a contribuição de rochas silicáticas em associação com litotipos carbonáticos e maior evaporação durante a recarga. A assinatura isotópica da água da chuva é definida pela equação δ²H = 8,49δ 18O + 18,97, mostrando fracionamento das massas de ar em condição de não equilíbrio físico-químico por meio dos efeitos de quantidade de precipitação, altitude e continentalidade. A assinatura isotópica da água subterrânea é semelhante a água da chuva, indicando infiltração rápida com variações conforme condições climáticas, especialmente nas áreas mais quentes onde os desvios isotópicos da água de alguns poços se afastam da linha meteórica local. Na porção da Alta BHRI a assinatura isotópica é próxima da água da chuva e os tempos de renovação menores que 25,75 anos. Na porção da Média BHRI a assinatura isotópica é mais enriquecida e os tempos de renovação de até 85 anos. Existe uma tendência de maior mineralização, enriquecimento isotópico e tempos de renovação que confere a circulação da água subterrânea das regiões topograficamente elevadas rumo às porções mais baixas sob influência principalmente do relevo. O uso e ocupação do solo exercem influência pontual na qualidade da água, especialmente em locais próximos a atividades industriais ou agrícolas. Este trabalho propõe um modelo que mostra que a recarga do sistema aquífero cristalino acontece em toda área de estudo, sendo a circulação governada por linhas de fluxo de escala local até regional.
id UFMG_42946359e096c5edbf0cdce1e1d75df1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34433
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Fabricio de Andrade Caxitohttp://lattes.cnpq.br/0090865315012529Mirna Aparecida Neveshttp://lattes.cnpq.br/4696981882395783Rubens Martins MoreiraRodrigo Sérgio de Paulahttp://lattes.cnpq.br/8537128128954946Matheus Serri Moulin de Oliveira2020-11-27T14:19:49Z2020-11-27T14:19:49Z2020-08-31http://hdl.handle.net/1843/34433No Estado do Espírito Santo, a busca por água subterrânea vem crescendo consideravelmente frente aos eventos de escassez que marcaram os últimos anos. No entanto, a carência de conhecimentos hidrogeológicos compromete a locação de poços e a previsão da qualidade das águas, especialmente nos terrenos de rochas cristalinas. Este trabalho teve como objetivo a avaliação das características hidrogeoquímicas e isotópicas do Sistema Aquífero Cristalino na Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim (BHRI), situada no sul do Estado do Espírito Santo, buscando a compreensão das variações e condicionantes que influenciam a recarga e qualidade da água subterrânea, contribuindo também para o entendimento do seu modelo conceitual de circulação. Na porção da Alta BHRI onde ocorrem as maiores altitudes e relevo mais acidentado, as águas subterrâneas são bicarbonatadas mistas e pouco mineralizadas (244,60 μS.cm-1), com elementos providos pelo intemperismo de rochas silicáticas ígneas e metamórficas. Na porção da Média BHRI, onde as temperaturas são mais elevadas, altitudes menores e relevo mais suave, as águas subterrâneas são predominantemente sódicas mistas ou mistas cloretadas e progressivamente mais mineralizadas (991,38 μS.cm-1), devido a contribuição de rochas silicáticas em associação com litotipos carbonáticos e maior evaporação durante a recarga. A assinatura isotópica da água da chuva é definida pela equação δ²H = 8,49δ 18O + 18,97, mostrando fracionamento das massas de ar em condição de não equilíbrio físico-químico por meio dos efeitos de quantidade de precipitação, altitude e continentalidade. A assinatura isotópica da água subterrânea é semelhante a água da chuva, indicando infiltração rápida com variações conforme condições climáticas, especialmente nas áreas mais quentes onde os desvios isotópicos da água de alguns poços se afastam da linha meteórica local. Na porção da Alta BHRI a assinatura isotópica é próxima da água da chuva e os tempos de renovação menores que 25,75 anos. Na porção da Média BHRI a assinatura isotópica é mais enriquecida e os tempos de renovação de até 85 anos. Existe uma tendência de maior mineralização, enriquecimento isotópico e tempos de renovação que confere a circulação da água subterrânea das regiões topograficamente elevadas rumo às porções mais baixas sob influência principalmente do relevo. O uso e ocupação do solo exercem influência pontual na qualidade da água, especialmente em locais próximos a atividades industriais ou agrícolas. Este trabalho propõe um modelo que mostra que a recarga do sistema aquífero cristalino acontece em toda área de estudo, sendo a circulação governada por linhas de fluxo de escala local até regional.The groundwater demand in the state of Espírito Santo (Brazil), is growing up considerably due to the events of drought in recent years. However, the lack of hydrogeological knowledge compromises water-well location and the prediction of the quality of water, mainly where crystalline rocks occur. This work aimed to evaluate the hydrogeochemical characteristics of the Crystalline Aquifer System in the Itapemirim watershed (IRW), located in the Southern part of Espírito Santo, looking for the role that plays the conditioners and variables in the groundwater recharge and quality, also contributing to the understanding of its conceptual model of circulation. . In the High IRW portion where the highest altitudes and the most rugged terrain occur, groundwater is mixed and little mineralized (244.60 μS.cm-1), with elements provided by the weathering of igneous and metamorphic silicate rocks. In the Medium IRW portion, where temperatures are higher, lower altitudes and smoother relief, groundwater is predominantly sodic mixed or mixed chlorinated and progressively more mineralized (991.38 μS.cm-1), due to the contribution of rocks silicates in association with carbonate lithotypes and greater evaporation during recharge. The isotopic signature of rainwater is defined by the equation δ²H = 8.49δ 18O + 18.97, showing fractionation of air masses in a condition of non-physical-chemical balance. The isotopic signature of groundwater is similar to rainwater, indicating rapid recharge with variations according to climatic conditions, especially in the warmer areas where isotopic deviations of groundwater from some wells depart from the local meteorological line. The isotopic signature is close to rainwater and renewal times less than 25.75 years. Besides that, the isotopic signature is more enriched and the renewal times of up to 85 years. There is a trend towards greater mineralization, isotopic enrichment and renewal times, which gives groundwater circulation in topographically elevated regions towards the lower portions under the influence mainly of the relief. Land use and occupation have a punctual influence on water quality, especially in places close to industrial or agricultural activities. This work proposes a model that shows that the recharging of the crystalline aquifer system occurs in the entire study area, with the circulation governed by flow lines from local to regional scale.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorFINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, Financiadora de Estudos e ProjetosporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessQuímica da águaHidrogeologiaRochas cristalinas - Espírito SantoHidrogeoquímicaHidrogeologia isotópicaRochas cristalinasModelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao_hdr_bhri_matheus_serri_vF (corrigida).pdfDissertacao_hdr_bhri_matheus_serri_vF (corrigida).pdfapplication/pdf4637057https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34433/1/Dissertacao_hdr_bhri_matheus_serri_vF%20%28corrigida%29.pdffb0ee2334ae9fc884fd104f4ac7542f9MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34433/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34433/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/344332020-11-27 11:19:49.37oai:repositorio.ufmg.br:1843/34433TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-11-27T14:19:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
title Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
spellingShingle Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
Matheus Serri Moulin de Oliveira
Hidrogeoquímica
Hidrogeologia isotópica
Rochas cristalinas
Química da água
Hidrogeologia
Rochas cristalinas - Espírito Santo
title_short Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
title_full Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
title_fullStr Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
title_full_unstemmed Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
title_sort Modelo de recarga e circulação da água subterrânea utilizando dados hidroquímicos e isotópicos de 18O, 2H e 3H em rochas cristalinas do sul do estado do Espírito Santo
author Matheus Serri Moulin de Oliveira
author_facet Matheus Serri Moulin de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fabricio de Andrade Caxito
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0090865315012529
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Mirna Aparecida Neves
dc.contributor.advisor-co2.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4696981882395783
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Rubens Martins Moreira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rodrigo Sérgio de Paula
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8537128128954946
dc.contributor.author.fl_str_mv Matheus Serri Moulin de Oliveira
contributor_str_mv Fabricio de Andrade Caxito
Mirna Aparecida Neves
http://lattes.cnpq.br/4696981882395783
Rubens Martins Moreira
Rodrigo Sérgio de Paula
dc.subject.por.fl_str_mv Hidrogeoquímica
Hidrogeologia isotópica
Rochas cristalinas
topic Hidrogeoquímica
Hidrogeologia isotópica
Rochas cristalinas
Química da água
Hidrogeologia
Rochas cristalinas - Espírito Santo
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Química da água
Hidrogeologia
Rochas cristalinas - Espírito Santo
description No Estado do Espírito Santo, a busca por água subterrânea vem crescendo consideravelmente frente aos eventos de escassez que marcaram os últimos anos. No entanto, a carência de conhecimentos hidrogeológicos compromete a locação de poços e a previsão da qualidade das águas, especialmente nos terrenos de rochas cristalinas. Este trabalho teve como objetivo a avaliação das características hidrogeoquímicas e isotópicas do Sistema Aquífero Cristalino na Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim (BHRI), situada no sul do Estado do Espírito Santo, buscando a compreensão das variações e condicionantes que influenciam a recarga e qualidade da água subterrânea, contribuindo também para o entendimento do seu modelo conceitual de circulação. Na porção da Alta BHRI onde ocorrem as maiores altitudes e relevo mais acidentado, as águas subterrâneas são bicarbonatadas mistas e pouco mineralizadas (244,60 μS.cm-1), com elementos providos pelo intemperismo de rochas silicáticas ígneas e metamórficas. Na porção da Média BHRI, onde as temperaturas são mais elevadas, altitudes menores e relevo mais suave, as águas subterrâneas são predominantemente sódicas mistas ou mistas cloretadas e progressivamente mais mineralizadas (991,38 μS.cm-1), devido a contribuição de rochas silicáticas em associação com litotipos carbonáticos e maior evaporação durante a recarga. A assinatura isotópica da água da chuva é definida pela equação δ²H = 8,49δ 18O + 18,97, mostrando fracionamento das massas de ar em condição de não equilíbrio físico-químico por meio dos efeitos de quantidade de precipitação, altitude e continentalidade. A assinatura isotópica da água subterrânea é semelhante a água da chuva, indicando infiltração rápida com variações conforme condições climáticas, especialmente nas áreas mais quentes onde os desvios isotópicos da água de alguns poços se afastam da linha meteórica local. Na porção da Alta BHRI a assinatura isotópica é próxima da água da chuva e os tempos de renovação menores que 25,75 anos. Na porção da Média BHRI a assinatura isotópica é mais enriquecida e os tempos de renovação de até 85 anos. Existe uma tendência de maior mineralização, enriquecimento isotópico e tempos de renovação que confere a circulação da água subterrânea das regiões topograficamente elevadas rumo às porções mais baixas sob influência principalmente do relevo. O uso e ocupação do solo exercem influência pontual na qualidade da água, especialmente em locais próximos a atividades industriais ou agrícolas. Este trabalho propõe um modelo que mostra que a recarga do sistema aquífero cristalino acontece em toda área de estudo, sendo a circulação governada por linhas de fluxo de escala local até regional.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-11-27T14:19:49Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-11-27T14:19:49Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-08-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34433
url http://hdl.handle.net/1843/34433
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34433/1/Dissertacao_hdr_bhri_matheus_serri_vF%20%28corrigida%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34433/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34433/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv fb0ee2334ae9fc884fd104f4ac7542f9
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589413323669504