Limites e possibilidades sobre os processos de consciência de classe, de sujeito em formação, no/pelo trabalho associado

• Autor(a) principal: Custódio Jovencio Barbosa Filho
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AQPQ8A
• topic: Trabalho Associado; Consciência de classe; Experiências de Classe; Economia Popular Solidária; Lutas de Classe; Economia solidária; Educação para o trabalho; Trabalhadores Educação; Associações profissionais; Educação; Classes sociais; Conflito social; Consciencia de classe; Economia popular

A temática central deste estudo advém das muitas inquietações adquiridas, a partir de discussões teórico-práticas sobre o processo de consciência de classe, em especial da classe trabalhadora que tem atuado nos empreendimentos livre associados na perspectiva da Economia Popular Solidária. Para dirimir essas inquietações, foram feitos movimentos no sentido de responder: quais os limites e possibilidades sobre os processos de consciência de classe, de sujeitos em formação, no/pelo trabalho associado nos empreendimentos de Economia Popular Solidária na Grande Vitória no estado do Espírito Santo? Ao entender ser este o problema central de pesquisa, buscou-se, desvelar algumas questões que, para nós, eram desconhecidas, dentre elas: as aproximações dos empreendimentos da Ecosol, com a perspectiva do associativismo que, teve, de acordo com o conhecimento produzido historicamente, seu início na Europa no, pós, segunda revolução industrial em meados do século XIX. Categorias como: experiências de classe, lutas de classe e consciência de classe foram tomadas neste estudo, no sentido de elucidar os caminhos percorridos pela classe trabalhadora ao longo de sua trajetória histórica. No itinerário da pesquisa, utilizamos como aporte teórico metodológico o materialismo histórico e dialético e, como metodologia de produção de dados, as contribuições proporcionadas pela história oral. Das análises feitas aos dados produzidos em campo de abril de 2015 a dezembro de 2016, tem sido evidenciado que os trabalhadores livres associados envolvidos nos empreendimentos da Ecosol na Grande Vitória, nos limites de suas sobrevivências têm conseguido avançar para uma possível consciência de que pertence a uma classe que difere de outras classes de pessoas, em especial dos detentores dos meios de produção. Esta identificação, de acordo com nossa interpretação, vem ocorrendo a partir da participação destes trabalhadores nos espaços formativos do associativismo (Assembleia Geral, Comitês e Conselhos consultivos e deliberativos). Estes espaços têm fortalecido a participação democrática dos trabalhadores livre associados e proporcionado, na sua essencialidade pedagógica a ampliação da formação humana, com base no processo de auto-emancipação e autoconsciência.