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Telma de Souza BirchalNewton Bignotto de SouzaMaria das Graças de SouzaMaria Celia Veiga Franca2019-08-12T06:04:17Z2019-08-12T06:04:17Z2003-04-11http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9R8JPQPara trabalhar os conceitos de razão e coração (sentimento) no pensamento de Rousseau, tentamos mostrar que ele elabora um conceito novo de razão, cuja função é diferente da sugerida por seus contemporâneos. Mais ainda, propusemos a hipótese de que,além de designar um lugar novo para a razão, sua maior inovação acontece quando propõe um outro conceito de sentimento, dando-lhe uma função c uma importância que até então não possuía. Neste sentido, partimos da suposição da existência de um dualismo entro razão e sentimento na filosofia de Rousseau, mas chegamos enfim à conclusão de que não há este dualismo, mas deve haver antes uma íntima união ou hamionia entre eles para que a moralidade humana seja alcançada. A moral rousseauniana é também muito inovadora, porser uma moral do sentimento, que nem por isso exclui a razão, já que seu conceito de sentimento é bastante amplo e chega a englobar inclusive a razão. A moral em Rousseau demanda então a presença de razão e de sentimento, mas exige ainda um terceiro fator: a descoberta, por parte do indivíduo, da religião. No entanto, para atingir sua finalidade, não basta que o indivíduo se tome moral, ele deve ainda fazer a passagem para a sociabilidade o para a civilidade. Poderíamos então dizer que a plenitude da natureza humana cm Rousseau é alcançada quando o indivíduo atinge a moralidade, a sociabilidade e a civilidade, através da harmonia da razão e do sentimento. Esta seria então a plenitude da natureza do homem social, que não pode incluir nem a criança, nem o homem selvagem, já que eles não desenvolvem os elementos apontados acima, mas se limitam ao amor de si e à razãosensitiva. Poderíamos então afirmar que a criança e o homem selvagem não estão aptos para atingir a plenitude da natureza humana? Acreditamos que Rousseau não faz essa afirmação, mas propõe a existência de duas naturezashumanas; a do homem social - queengloba razão, sentimento, moralidade, sociabilidade e civilidade - e a do homem selvagem e da criança - que é bem mais simples que a do homem social e compreende o amor de si e a razão sensitiva. Rousseau demonstra claramente sua preferência pela primeira, mas não despreza a segunda, pois, levando em conta o estado desnaturado e corrompido a que legaram os homens, a natureza simples do homem selvagem seria ainda preferível.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFilosofia francesa Séc XVIIIRazãoFilosofiaFilosofia moderna Séc XVIIIRousseau, Jean-Jacques, 1712-1779 ÉmileRousseauFilosofiaÉmileRazão e coração na antropologia de Rousseau: uma leitura de Émileinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_mariaceliaveigafranca.pdfapplication/pdf15251883https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9R8JPQ/1/dissertacao_mariaceliaveigafranca.pdf912d74a081b60c461685fd758d9eb882MD51TEXTdissertacao_mariaceliaveigafranca.pdf.txtdissertacao_mariaceliaveigafranca.pdf.txtExtracted texttext/plain329619https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9R8JPQ/2/dissertacao_mariaceliaveigafranca.pdf.txt0017a8f903abe27a3db881426d02aa3bMD521843/BUBD-9R8JPQ2019-11-14 11:22:19.158oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9R8JPQRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:22:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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