Caracterização dos efeitos da exposição ao etanol na resposta inflamatória gerada por aspergillus fumigatus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flávia Rayssa Braga Martins
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/57468
Resumo: O consumo do álcool causa inúmeros malefícios à saúde dos consumidores devido à toxicidade dos subprodutos de seu metabolismo, e é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de infecções pulmonares oportunistas. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os efeitos persistentes do consumo crônico e da exposição aguda ao etanol na resposta inflamatória gerada durante a infecção por A. fumigatus. Para avaliação dos efeitos persistentes do consumo crônico, camundongos C57/BL6Unib foram tratados com uma solução alcoólica (20% v/v) por 12 semanas, e sua medula óssea (MO) foi transplantada para camundongos controle, não tratados, após irradiação. Após 30 dias de recuperação, esses animais foram infectados por via intranasal com 1x108 conídios de A. fumigatus e após 48 horas foram eutanasiados. Os resultados mostram que os animais receptores de MO de animais tratados (quimera-EtOH) apresentaram um aumento da lesão pulmonar, hemorragia e morte celular. Nos pulmões, observamos uma produção aumentada de CXCL2, IL-6 e TNF-a nos animais quimera-EtOH, bem como uma diminuição na migração de neutrófilos para os alvéolos após a infecção, mesmo exibindo quantidades semelhantes de neutrófilos no sangue e nos pulmões. A fagocitose e depuração fúngica de neutrófilos ex vivo também estavam diminuídas nos animais quimera-EtOH. Apesar do efeito supressor expresso nos neutrófilos, os macrófagos derivados da medula óssea (BMDM) dos quimera EtOH apresentam maior capacidade depurativa e maior produção de TNF e CXCL2. Essas alterações persistem após transplante de medula óssea e vários ciclos hematopoiéticos, afetando diretamente a produção de células maduras e a resposta inflamatória adequada, o que nos leva a hipotetizar mecanismos epigenéticos que mantêm essas alterações nas células precursoras. Para avaliar o efeito da exposição aguda do etanol, expusemos a linhagem imortalizada de macrófagos, RAW 264.7, ao etanol por 48 horas. Observamos que as concentrações de 100 e 250 mM são tóxicas para as células, portanto, a seguir utilizamos concentrações não citotóxicas de etanol. Após 4 horas de estímulo, nossos dados demonstram que macrófagos expostos ao etanol apresentam capacidade diminuída de fagocitose dos conídios, depuração fúngica e produção de TNF-ɑ, que pode estar relacionada à reprogramação metabólica e aumento da glicólise, demonstrada pelo aumento significativo de lactato pelas células tratadas com etanol. Podemos concluir que, independentemente da quantidade e frequência das exposições ao etanol, a capacidade do sistema imunológico de lidar com a infecção causada por A. fumigatus é diminuída, o que pode explicar por que pessoas com histórico de consumo de etanol apresentam uma susceptibilidade a aspergilose pulmonar, e pode representar novos mecanismos alvo para o desenvolvimento de tratamentos paliativos ou terapêuticos para a população de alcoolistas.
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Após 30 dias de recuperação, esses animais foram infectados por via intranasal com 1x108 conídios de A. fumigatus e após 48 horas foram eutanasiados. Os resultados mostram que os animais receptores de MO de animais tratados (quimera-EtOH) apresentaram um aumento da lesão pulmonar, hemorragia e morte celular. Nos pulmões, observamos uma produção aumentada de CXCL2, IL-6 e TNF-a nos animais quimera-EtOH, bem como uma diminuição na migração de neutrófilos para os alvéolos após a infecção, mesmo exibindo quantidades semelhantes de neutrófilos no sangue e nos pulmões. A fagocitose e depuração fúngica de neutrófilos ex vivo também estavam diminuídas nos animais quimera-EtOH. Apesar do efeito supressor expresso nos neutrófilos, os macrófagos derivados da medula óssea (BMDM) dos quimera EtOH apresentam maior capacidade depurativa e maior produção de TNF e CXCL2. Essas alterações persistem após transplante de medula óssea e vários ciclos hematopoiéticos, afetando diretamente a produção de células maduras e a resposta inflamatória adequada, o que nos leva a hipotetizar mecanismos epigenéticos que mantêm essas alterações nas células precursoras. Para avaliar o efeito da exposição aguda do etanol, expusemos a linhagem imortalizada de macrófagos, RAW 264.7, ao etanol por 48 horas. Observamos que as concentrações de 100 e 250 mM são tóxicas para as células, portanto, a seguir utilizamos concentrações não citotóxicas de etanol. Após 4 horas de estímulo, nossos dados demonstram que macrófagos expostos ao etanol apresentam capacidade diminuída de fagocitose dos conídios, depuração fúngica e produção de TNF-ɑ, que pode estar relacionada à reprogramação metabólica e aumento da glicólise, demonstrada pelo aumento significativo de lactato pelas células tratadas com etanol. Podemos concluir que, independentemente da quantidade e frequência das exposições ao etanol, a capacidade do sistema imunológico de lidar com a infecção causada por A. fumigatus é diminuída, o que pode explicar por que pessoas com histórico de consumo de etanol apresentam uma susceptibilidade a aspergilose pulmonar, e pode representar novos mecanismos alvo para o desenvolvimento de tratamentos paliativos ou terapêuticos para a população de alcoolistas.Alcohol consumption causes numerous harm to the health of consumers due to the toxicity of its metabolism by-products, and is considered a risk factor for the development of opportunistic lung infections. The aim of the present study was to characterize the persistent effects of chronic consumption and acute exposure to ethanol on the inflammatory response during A. fumigatus infection. To assess the persistent effects of chronic consumption, C57/BL6Unib mice were treated with an alcoholic solution (20% v/v) for 12 weeks, and their bone marrow (BM) was transplanted into untreated control mice after irradiation. After 30 days of recovery, these animals were infected intranasally with 1x108 conidia of A. fumigatus and after 48 hours they were euthanized. The results show that the animals that received MO from treated animals (EtOH-chimera) showed an increased lung injury, hemorrhage and cell death. In the lungs, we observed an increased production of CXCL2, IL-6 and TNF-ɑ in the EtOH-chimera animals, besides a decrease in the of neutrophils to the alveoli after infection, even though they exhibited similar amounts of neutrophils in the blood and lungs. Phagocytosis and fungal clearance of ex vivo neutrophils were also decreased in EtOH-chimera animals. Despite the suppressive effect expressed on neutrophils, bone marrow-derived macrophages from the EtOH chimera have greater depurative capacity and greater production of TNF and CXCL2. These changes persist after bone marrow transplantation and several hematopoietic cycles, directly affecting the production of mature cells and an appropriate inflammatory response, which leads us to hypothesize epigenetic mechanisms that maintain these changes in precursor cells. To assess the effect of acute ethanol exposure, we exposed RAW 264.7 to ethanol for 48 hours. We observed that concentrations of 100 and 250 mM are toxic to cells, therefore, we use non-cytotoxic concentrations of ethanol below. After 4 hours of stimulation, our data demonstrate that macrophages exposed to ethanol have a reduced capacity for phagocytosis of conidia, fungal clearance and production of TNF-ɑ, which may be related to metabolic reprogramming and increased glycolysis, demonstrated by the significant increase in lactate by ethanol treated cells. We can conclude that, regardless of the amount and frequency of ethanol exposures, the immune system's ability to deal with the infection caused by A. fumigatus is diminished, which may explain why people with a history of ethanol consumption have a susceptibility to aspergillosis, and may represent new target mechanisms for the development of therapeutic treatments for the alcoholic population.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GenéticaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERALGenéticaInflamaçãoAspergiloseInfecçãoEtanolInflamaçãoÁlcoolAspergiloseInfecçãoCaracterização dos efeitos da exposição ao etanol na resposta inflamatória gerada por aspergillus fumigatusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Flávia Rayssa Braga Martins.pdfDissertação Flávia Rayssa Braga Martins.pdfapplication/pdf2281218https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/57468/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Fl%c3%a1via%20Rayssa%20Braga%20Martins.pdf0482c31ab2437a7b36d5002d2b0cdfeeMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/57468/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/574682023-08-04 12:59:44.121oai:repositorio.ufmg.br:1843/57468TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-08-04T15:59:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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