Distribuição e demanda agregada na visão neo-estruturalista: teoria e aplicações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernardo Patta Schettini
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/AMSA-8EXQD2
Resumo: Esta dissertação analisou a relação entre distribuição funcional da renda e demanda agregada segundo a visão neo-estruturalista. Isso envolveu, além de uma revisão da literatura, exercícios empíricos com dados anuais para o Brasil (de 1953 a 2003) e trimestrais para os Estados Unidos e Japão (de 1970 e 1980, respectivamente, ao terceiro trimestre de 2009). No campo teórico, essa literatura se consolidou durante a década de 1980, tendo surgido na forma de fechamentos alternativos para um modelo subdeterminado que buscavam retratar principalmente as visões neo-Keynesiana, neomarxista e Steindliana com relação ao funcionamento da economia. A hipótese básica era a de que existia uma relação de equilíbrio entre, de um lado, salário real e taxa de lucro, e, de outro, consumo por trabalhador e acumulação de capital. Cada configuração fornecia um sinal para a correlação e uma cadeia de relações de causalidade lógica entre essas variáveis. A partir de meados da década de 1990, uma série de análises empíricas foi realizada com referência ao modelo de Bhaduri e Marglin (1990) que admite resultados em conformidade com as visões neomarxista e Steindliana supondo utilização da capacidade variável. As aplicações são baseadas em modelos autorregressivos de defasagens distribuídas, de cointegração ou vetores autorregressivos e, de uma maneira geral, indicam que o impacto da distribuição sobre a demanda agregada é pequeno ou nulo. Ademais, resultados qualitativamente distintos para uma mesma economia são encontrados na literatura. Os exercícios empíricos realizados nesse trabalho corroboram com essa impressão inicial, posto que não foi possível concluir com clareza qual foi a direção do impacto de uma mudança marginal na participação dos salários sobre a demanda agregada em nenhum dos três casos analisados.
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