O Capital de Marx : do fetichismo da mercadoria-dinheiro ao fetichismo do capital portador de juros

• Autor(a) principal: Warlen Nunes dos Santos
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/64963; https://orcid.org/0000-0001-9995-5525
• topic: Fetichismo da mercadoria; Capital portador de juros; Capital dinheiro; Karl Marx; Filosofia - Teses; Fetichismo - Teses; Marx, Karl, 1818-1883. Capital

Os estudos acerca do fetichismo em Marx vem sendo objeto de um intenso debate, a começar pela amplitude que o conceito assume dentro do pensamento filosófico. A presente dissertação se propõe a realizar uma análise da categoria do fetichismo conforme delineada por Marx em sua obra “O Capital”. O objetivo central é a exposição das três formas primordiais do fetichismo presentes no Livro I e a quarta forma do fetichismo contida no capital portador de juros no Livro III. O fetichismo, neste contexto, significa que as relações entre as pessoas aparecem como relações entre objetos, ocultando as características sociais das relações de produção ao atribuir-lhes qualidades inerentes aos objetos. Para explicitar o problema estabeleceu-se o exame do fetichismo associado à mercadoria, ao dinheiro e ao capital, sustentando a ideia de que o fetichismo do capital portador de juros (D-D') no Livro III é a expressão máxima da fetichização das relações sociais mercantis. Nesta forma, a totalidade das relações sociais é reduzida a uma dinâmica em que o dinheiro na forma de capital (D-D') se relaciona consigo mesmo, refletindo um estágio extremo de fetichização das relações sociais. A dissertação, portanto, conclui que a teoria do fetichismo em Marx pode ser compreendida como sendo a teoria geral das relações de produção na economia mercantil capitalista.