Avaliação do conforto térmico em conjunto habitacional de interesse social: simulação computacional com o programa Solene Microclima

• Autor(a) principal: Natalia Carolina Sousa Nascentes
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MMMD-AYFNWC
• topic: Simulação do microclima; Índice de conforto térmico; Conforto térmico; Conforto térmico; Simulação (Computadores); Arquitetura e clima

Pesquisas demonstram que o desconforto térmico gera gasto de energia com resfriamento e/ou aquecimento, bem como queda no rendimento nas atividades humanas. O conforto térmico nas edificações está diretamente ligado ao desempenho térmico e relaciona-se com as propriedades térmicas dos materiais, com o sombreamento, entre outros fatores. As edificações usualmente utilizadas para as habitações de interesse social no Brasil têm demonstrado baixo desempenho térmico, na maioria dos casos devido a predominância de uma produção de baixo custo limitando o investimento em relação aos materiais. Em Belo Horizonte, conjuntos habitacionais de interesse social estão sendo implantados para substituir ocupações irregulares, em função de obras públicas e risco geológico. O objetivo deste trabalho é a avaliação do microclima gerado em um conjunto habitacional de interesse social, avaliando alternativas para a melhoria do conforto térmico interno nas unidades habitacionais e nas áreas comuns externas. A metodologia adotada foi estudo de caso por meio de simulação computacional, com foco na análise da situação atual e cenários que abordam questões como a influência da vegetação no piso, do sombreamento arbóreo e o albedo de superfície das fachadas. O programa utilizado para simulação foi o Solene Microclima, que foi validado através de medições em campo e testes estatísticos. Os resultados obtidos das simulações foram comparados com o modelo adaptativo de DeDear e Brager para o conforto interno, e o UTCI (Índice de conforto térmico Universal) para o exterior, calculados com base nas variáveis de resposta das simulações, tais como temperatura e umidade do ar, temperatura radiante e velocidade do vento. Verificou-se que os cenários de vegetação e alteração do albedo influenciaram os resultados de conforto térmico interno e externo no conjunto habitacional, principalmente por meio do sombreamento em áreas que recebem radiação solar direta. Contudo nota-se uma limitação na proposta do posicionamento das vegetações, bem como nas escolhas das espécies devido ao espaço restrito entre as edificações. Os resultados permitiram concluir, portanto, a importância da vegetação como estratégia de conforto e melhoria do desempenho térmico das edificações, a ser considerada ainda na fase de projeto.