Freqüência do Cryptosporidium SP (Tyzzer,1907) em bezerros lactentes na bacia leiteira de Pará de Minas, M.G. 1991

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adriana Mello Garcia
Data de Publicação: 1993
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PKLM8
Resumo: A freqüência da infecção pelo Cryptosporidium sp (TYZZER,1907), foi determinada em bezerros lactentes da bacia leiteira de Pará de Minas, MG. A infecção foi relacionada com consistência das fezes, práticas de manejo e também com a presença de enteropatógenos. Para determinar a freqüência Cryptosporidium, foram colhidas amostras de fezes, em 33 propriedades, de todos os bezerros de 2 a 60 dias de idade. De cada amostra foi feito um esfregaço fecal, adicionado de uma gota ovoalbumina e corado pelo método de Ziehl-Neelsen modificado, com visualização dos oocistos sob imersão (x1000). Oocistos foram observados em 69,7% das propriedades. A freqüência geral da infecção pelo Cryptosporidium nos animais foi de 19,5%. Quando os bezerros foram distribuídos por faixa etária, observou-se que a freqüência da infecção foi de 10,0% nos animais de 2 a 7 dias, 19,1% nos animais de 8 a 15 dias, 24,0% nos animais de 16 a 30 dias e 18,4% nos animais de 31 a 60 dias de idade. Por ocasião da colheita, as fezes foram classificadas de acordo com sua consistência, em diarréicas e não diarréicas. Além disso, foram registradas as informações referentes ao manejo dos bezerros, incluindo tipos de produtos usados para cura de umbigo, tempo no qual o bezerro permanece com sua mãe para ingestão de colostro e o local de permanência desses animais. Do total de amostras colhidas, 42,2% foram consideradas diarréicas e 90,9% das propriedades tinham pelo menos um animal com diarréia. Entretanto não foi observado nenhuma relação estatisticamente significativa entre a presença da infecção por Cryptosporidium e diarréia. A maioria das propriedades (74,4%) usava produtos organofosforados puro ou associados para curar umbigo, 19,4% usavam iodo e 6,5% não realizavam a prática da cura de umbigo. Não foi observado relação estatisticamente significativa entre o tipo de produto usado para cura de umbigo e a presença da infecção pelo Cryptosporidium. Em todas as propriedades os bezerros ingeriam o colostro, sendo que em 61,9% delas, os animais permaneciam até 24 horas com suas mães, 14,3% os animais permaneciam 48 horas e 23,8% mais de 48 horas com suas mães para uma melhor ingestão do colostro. Não foi observada relação estatisticamente significativa entre o tempo de permanência do bezerro com a mãe para a ingestão do colostro e a presença da infecção pelo Cryptosporidium. O local de permanência dos bezerros pôde ser divido em três sistemas distintos. Primeiro, o sistema preso onde os animais permaneciam em bezerreiros coletivos nas adjacências do curral todo dia, adotado em 36,4% das propriedades. Segundo, o sistema misto onde os animais ficavam parte do dia soltos piquetes e à tarde eram recolhidos para bezerreiros coletivos utilizado em 39,4% das propriedades e terceiro, o sistema solto onde os animais permaneciam todo o tempo soltos em piquetes que incluiu 24,2% das propriedades. Estes sistemas de criação também não estiveram relacionados com a presença da infecção pelo Cryptosporidium. Entre os enteropatógenos diagnosticados, Campylobacter foi o mais freqüente (54,2%), seguido de Eimerio (52,2%) e Salmonella (23,6%), ficando o Cryptosporidium em quarto lugar (22,2%). Os outros agentes envolvidos foram helmintos (19,4%) e Escherichia coli enterotoxigênica. Quando o Cryptosporidium esteve associado com um único agente, este foi o Campylobacter. Nas demais associações dois ou mais agentes sempre estiveram presentes. Não foi observado relação estatisticamente significativa entre a presença dos enteropatógenos diagnosticadose a presença de diarréia.
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