Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/46486 https://orcid.org/0000-0002-6858-4589 |
Resumo: | Esta tese pretende apresentar uma reflexão crítica sobre os limites da agricultura capitalista, que pode ser superada por meio da consolidação da agroecologia. Apontamos as contradições dos aspectos econômicos, sociais e ambientais do agronegócio que se fundamenta na monocultura e no latifúndio, ocasionando a dependência econômica do Brasil e a destruição socioambiental. Apresentamos como contraponto a agroecologia, que deve constituir práticas de desconstrução do paradigma hegemônico do capital para não se tornar uma prática alternativa e auxiliar do sistema capitalista. Buscamos investigar a práxis agroecológica a partir do diálogo com as categorias trabalho, formação e emancipação humana. Para tanto, entrevistamos quatro agricultores agroecológicos, realizamos observação sistemática do IV Encontro Nacional de Agroecologia e do X Congresso Brasileiro de agroecologia e visitamos o Acampamento Maria da Conceição, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Esta tese está organizada em cinco capítulos. No primeiro, apresentamos o tema da pesquisa. No segundo capítulo, descrevemos a metodologia da investigação e a conformação da tese. Os capítulos 3 e 4 abordam a formação socioeconômica da agricultura capitalista no Brasil, desde o modelo agroexportador do Brasil Colônia, passando pela inserção das tecnologias da Revolução Verde até a conformação do agronegócio, numa perspectiva crítica de desconstrução da agricultura capitalista. No capítulo 5, discutimos a agroecologia a partir das categorias trabalho, formação e emancipação humana, tentando apreender o télos de sua práxis. Consideramos que a consolidação da agroecologia como novo paradigma agrícola está diretamente vinculado à possibilidade de suplantar “a falha metabólica” oriunda da agricultura capitalista. No entanto, a agroecologia tem sido reduzida à produção dos alimentos orgânicos, direcionados ao consumo elitizado. Por fim, concluímos que a agroecologia deve se conformar como práxis dos de baixo, com suas contradições, potencialidades e limitações. A agroecologia não é um movimento homogêneo. Assim como qualquer outro movimento gestado no interior da sociabilidade capitalista, numa relação profundamente desigual de acesso à terra, à formação e, sobretudo, de condições materiais para a sua reprodução, a agroecologia tem muitos aspectos contraditórios, mas, também, muitas perspectivas de radicalização, vinculadas a um novo projeto de sociedade, que permite repensar de forma estrutural a relação entre a sociedade e a natureza, na busca do equilíbrio entre a vida e as condições necessárias para a sua reprodução. Neste contexto, apontamos que a transição agroecológica, em escala global, não se fará sozinha, pois as determinações que garantem a sua concretização fazem parte das lutas históricas dos trabalhadores: o acesso à terra e a emancipação das relações de trabalho. Finalmente, se estamos diante de uma história em construção, precisamos apontar, como organizações sociais, para qual horizonte e projeto de sociedade se constrói a agroecologia. |
id |
UFMG_4bedc2982629c7a8396257a078f35b2b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/46486 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Hormindo Pereira da Souza Juniorhttp://lattes.cnpq.br/4152804305418122Adalberto Floriano Greco MartinsAntonio Julio de Menezes NetoGeraldo Marcio Alves dos SantosRoberta Sperandio Traspadinihttp://lattes.cnpq.br/3269515060212413Amanda Aparecida Marcatti2022-10-21T14:29:46Z2022-10-21T14:29:46Z2020-02-03http://hdl.handle.net/1843/46486https://orcid.org/0000-0002-6858-4589Esta tese pretende apresentar uma reflexão crítica sobre os limites da agricultura capitalista, que pode ser superada por meio da consolidação da agroecologia. Apontamos as contradições dos aspectos econômicos, sociais e ambientais do agronegócio que se fundamenta na monocultura e no latifúndio, ocasionando a dependência econômica do Brasil e a destruição socioambiental. Apresentamos como contraponto a agroecologia, que deve constituir práticas de desconstrução do paradigma hegemônico do capital para não se tornar uma prática alternativa e auxiliar do sistema capitalista. Buscamos investigar a práxis agroecológica a partir do diálogo com as categorias trabalho, formação e emancipação humana. Para tanto, entrevistamos quatro agricultores agroecológicos, realizamos observação sistemática do IV Encontro Nacional de Agroecologia e do X Congresso Brasileiro de agroecologia e visitamos o Acampamento Maria da Conceição, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Esta tese está organizada em cinco capítulos. No primeiro, apresentamos o tema da pesquisa. No segundo capítulo, descrevemos a metodologia da investigação e a conformação da tese. Os capítulos 3 e 4 abordam a formação socioeconômica da agricultura capitalista no Brasil, desde o modelo agroexportador do Brasil Colônia, passando pela inserção das tecnologias da Revolução Verde até a conformação do agronegócio, numa perspectiva crítica de desconstrução da agricultura capitalista. No capítulo 5, discutimos a agroecologia a partir das categorias trabalho, formação e emancipação humana, tentando apreender o télos de sua práxis. Consideramos que a consolidação da agroecologia como novo paradigma agrícola está diretamente vinculado à possibilidade de suplantar “a falha metabólica” oriunda da agricultura capitalista. No entanto, a agroecologia tem sido reduzida à produção dos alimentos orgânicos, direcionados ao consumo elitizado. Por fim, concluímos que a agroecologia deve se conformar como práxis dos de baixo, com suas contradições, potencialidades e limitações. A agroecologia não é um movimento homogêneo. Assim como qualquer outro movimento gestado no interior da sociabilidade capitalista, numa relação profundamente desigual de acesso à terra, à formação e, sobretudo, de condições materiais para a sua reprodução, a agroecologia tem muitos aspectos contraditórios, mas, também, muitas perspectivas de radicalização, vinculadas a um novo projeto de sociedade, que permite repensar de forma estrutural a relação entre a sociedade e a natureza, na busca do equilíbrio entre a vida e as condições necessárias para a sua reprodução. Neste contexto, apontamos que a transição agroecológica, em escala global, não se fará sozinha, pois as determinações que garantem a sua concretização fazem parte das lutas históricas dos trabalhadores: o acesso à terra e a emancipação das relações de trabalho. Finalmente, se estamos diante de uma história em construção, precisamos apontar, como organizações sociais, para qual horizonte e projeto de sociedade se constrói a agroecologia.The current thesis is a critical assessment of capitalist agriculture and its limits, that can be overcome through the consolidation of agroecology. The economic, social and environmental contradictions of the agribusiness, which is based on monoculture and latifundios (large landed estates) are pointed out. These aspects lead to economic dependence and environmental destruction in Brazil. Agroecology is shown as a counterpoint. In order to fulfill this role, it must develop practices opposite to the hegemonic paradigm of capital and avoid to become just an alternative and auxiliary element of the capitalist system. We aimed at assessing the agroecological practice based on the categories of labor and human formation and emancipation. Interviews were conducted with four agroecological farmers. We did a throughout observation of the 4th National Agroecological Encounter and the 10th Brazilian Agroecological Congress and visited the encampment Maria da Conceicao, associated to the Landless Workers' Movement (MST). The thesis is divided in five chapters. First, we present the research theme. On the second chapter we outline the methodology and the conformation of the thesis. Chapters three and four address the socioeconomic formation of capitalist agriculture in Brazil, since the colonial agro-export model, through the insertion of Green Revolution techniques until the conformation of the agribusiness, based on a critical perspective opposite to capitalist agriculture. On chapter five we discuss agroecology based on the categories of labor and human formation and emancipation, in order to understand the telos of its practices. The consolidation of agroecology as a new agricultural paradigm is directly related to the possibility of overcoming the “metabolic failure” that comes from capitalist agriculture. However, agriculture has been reduced to the production of organic food, consumed by elites. We concluded that agroecology must be a practice from below, since it is full of contradictions, potentialities and limitations. Agroecology is not a homogeneous movement, and as any other movement inside the capitalist sociability it is influenced by a deeply inequal access to land, to training and, above all, to material conditions for its reproduction, it carries many contradictions, but also many perspectives of radicalization, associated with a new project of society. This allows us to think in a structural manner the relation established between society and nature, in the search for balance between life and the necessary conditions for its reproduction. In this context, we highlight that agroecological transition, in a worldwide scale, is not going to happen by itself, since the elements that assure its fulfilment are part of historical workers struggle: access to land and the emancipation of work relations. If we are facing a history under construction, we need to point, as social organizations, to the horizon and to the project of society that allows the construction of agroecology.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEducaçãoEcologia agrícolaAgroindústria - Aspectos sociaisAgroindústria - Aspectos ambientaisTrabalhoTrabalhadores rurais - Formação profissional -Educação do campoTrabalhadores rurais - EmancipaçãoAgroecologiaTrabalhoFormaçãoEmancipaçãoFormação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinaçõesTraining and education in agroecology : between resistance and subordinationFormación y educación en agroecología : entre resistencia y subordinacióninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAMANDA_TESE.pdfAMANDA_TESE.pdfFormação e educação na agroecologia: entre resistências e subordinaçõesapplication/pdf3687863https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46486/3/AMANDA_TESE.pdf7c3225317756dd93d4f6b9bb1c010558MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46486/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/464862022-10-21 11:29:47.076oai:repositorio.ufmg.br:1843/46486TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-21T14:29:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Training and education in agroecology : between resistance and subordination Formación y educación en agroecología : entre resistencia y subordinación |
title |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
spellingShingle |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações Amanda Aparecida Marcatti Agroecologia Trabalho Formação Emancipação Educação Ecologia agrícola Agroindústria - Aspectos sociais Agroindústria - Aspectos ambientais Trabalho Trabalhadores rurais - Formação profissional - Educação do campo Trabalhadores rurais - Emancipação |
title_short |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
title_full |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
title_fullStr |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
title_full_unstemmed |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
title_sort |
Formação e educação na agroecologia : entre resistências e subordinações |
author |
Amanda Aparecida Marcatti |
author_facet |
Amanda Aparecida Marcatti |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Hormindo Pereira da Souza Junior |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4152804305418122 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Adalberto Floriano Greco Martins |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Antonio Julio de Menezes Neto |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Geraldo Marcio Alves dos Santos |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Roberta Sperandio Traspadini |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3269515060212413 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Amanda Aparecida Marcatti |
contributor_str_mv |
Hormindo Pereira da Souza Junior Adalberto Floriano Greco Martins Antonio Julio de Menezes Neto Geraldo Marcio Alves dos Santos Roberta Sperandio Traspadini |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Agroecologia Trabalho Formação Emancipação |
topic |
Agroecologia Trabalho Formação Emancipação Educação Ecologia agrícola Agroindústria - Aspectos sociais Agroindústria - Aspectos ambientais Trabalho Trabalhadores rurais - Formação profissional - Educação do campo Trabalhadores rurais - Emancipação |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Educação Ecologia agrícola Agroindústria - Aspectos sociais Agroindústria - Aspectos ambientais Trabalho Trabalhadores rurais - Formação profissional - Educação do campo Trabalhadores rurais - Emancipação |
description |
Esta tese pretende apresentar uma reflexão crítica sobre os limites da agricultura capitalista, que pode ser superada por meio da consolidação da agroecologia. Apontamos as contradições dos aspectos econômicos, sociais e ambientais do agronegócio que se fundamenta na monocultura e no latifúndio, ocasionando a dependência econômica do Brasil e a destruição socioambiental. Apresentamos como contraponto a agroecologia, que deve constituir práticas de desconstrução do paradigma hegemônico do capital para não se tornar uma prática alternativa e auxiliar do sistema capitalista. Buscamos investigar a práxis agroecológica a partir do diálogo com as categorias trabalho, formação e emancipação humana. Para tanto, entrevistamos quatro agricultores agroecológicos, realizamos observação sistemática do IV Encontro Nacional de Agroecologia e do X Congresso Brasileiro de agroecologia e visitamos o Acampamento Maria da Conceição, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Esta tese está organizada em cinco capítulos. No primeiro, apresentamos o tema da pesquisa. No segundo capítulo, descrevemos a metodologia da investigação e a conformação da tese. Os capítulos 3 e 4 abordam a formação socioeconômica da agricultura capitalista no Brasil, desde o modelo agroexportador do Brasil Colônia, passando pela inserção das tecnologias da Revolução Verde até a conformação do agronegócio, numa perspectiva crítica de desconstrução da agricultura capitalista. No capítulo 5, discutimos a agroecologia a partir das categorias trabalho, formação e emancipação humana, tentando apreender o télos de sua práxis. Consideramos que a consolidação da agroecologia como novo paradigma agrícola está diretamente vinculado à possibilidade de suplantar “a falha metabólica” oriunda da agricultura capitalista. No entanto, a agroecologia tem sido reduzida à produção dos alimentos orgânicos, direcionados ao consumo elitizado. Por fim, concluímos que a agroecologia deve se conformar como práxis dos de baixo, com suas contradições, potencialidades e limitações. A agroecologia não é um movimento homogêneo. Assim como qualquer outro movimento gestado no interior da sociabilidade capitalista, numa relação profundamente desigual de acesso à terra, à formação e, sobretudo, de condições materiais para a sua reprodução, a agroecologia tem muitos aspectos contraditórios, mas, também, muitas perspectivas de radicalização, vinculadas a um novo projeto de sociedade, que permite repensar de forma estrutural a relação entre a sociedade e a natureza, na busca do equilíbrio entre a vida e as condições necessárias para a sua reprodução. Neste contexto, apontamos que a transição agroecológica, em escala global, não se fará sozinha, pois as determinações que garantem a sua concretização fazem parte das lutas históricas dos trabalhadores: o acesso à terra e a emancipação das relações de trabalho. Finalmente, se estamos diante de uma história em construção, precisamos apontar, como organizações sociais, para qual horizonte e projeto de sociedade se constrói a agroecologia. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-02-03 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-10-21T14:29:46Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-10-21T14:29:46Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/46486 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0002-6858-4589 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/46486 https://orcid.org/0000-0002-6858-4589 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46486/3/AMANDA_TESE.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46486/4/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7c3225317756dd93d4f6b9bb1c010558 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589374057644032 |