Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Cristina Rodrigues de Souza
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36620
https://orcid.org/0000-0002-9733-9670
Resumo: O estudo multiescalar na análise das áreas de influência das cavernas tem sido discutido e foram estabelecidos critérios de investigação em níveis locais e regionais para fins de licenciamento ambiental. Verifica-se a importância de análises aprofundadas sobre o alcance da área influenciada pelas cavernas, principalmente para fins científicos. Por isso, este trabalho tem como objetivo analisar em domínio multiescalar o contexto litoestrutural e geomorfológico associado às cavernas desenvolvidas em rochas carbonáticas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/ Araguaia, Paranã e São Vicente. Os procedimentos metodológicos utilizados consistiram nas seguintes etapas: a) revisão bibliográfica; b) estudo das características fisiográficas e sua relação com a distribuição das cavernas na bacia hidrográfica do rio Tocantins/ Araguaia; c) interpretação dos principais fatores associados ao desenvolvimento do relevo cárstico na bacia hidrográfica do rio Paranã; d) levantamento das características e fatores de desenvolvimento da Lapa São Vicente I e; e) interpretação das escalas espaciais no estudo geomorfológico das bacias hidrográficas estudadas. Verifica-se que na bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia as cavernas desenvolvidas em rochas carbonáticas estão associadas às litologias pertencentes ao Grupo Bambuí e Grupo Xambioá ou ao contato entre rochas do Grupo Bambuí e Grupo Paranoá. Nessa escala de estudo constata-se que as cavernas se desenvolvem em áreas com falhas, dobras e fraturas. A maioria das cavernas se desenvolve em áreas dos Patamares do São Francisco, Planalto Central e Planalto dos Guimarães. A bacia hidrográfica do rio Paranã possui conjuntos de cavernas vinculados às rochas carbonáticas do Grupo Bambuí, Formação Lagoa do Jacaré. As áreas de patamares, caracterizadas por declividades entre 8 e 45%, e a sua posição geográfica próxima ao front de cuesta favorecem o desenvolvimento das cavernas. Nessa escala de estudo, as cavernas se desenvolvem em áreas fraturadas, mas não é possível realizar considerações sobre as contribuições estruturais na determinação do padrão planimétrico espeleológico. Na bacia hidrográfica do rio São Vicente é possível identificar diferentes fases de evolução do relevo cárstico: 1) relevo cárstico composto por maciços, sumidouro, ressurgência, lapiás e cavernas, onde há predomínio de dissolução e erosão remontante; 2) relevo plano a suave ondulado, intercalado por mogotes e drenagem superficial; 3) relevo plano, contendo planícies, solos profundos, drenagem superficial e com predomínio de processos deposicionais. Nessa área, a maioria das cavernas localiza-se na Serra do Calcário, que é composta por conjuntos de maciços de calcários, dolomitos, margas e brechas da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí. Os acamamentos litológicos são os principais tipos de estruturas que favorecem a infiltração da água e a formação da Lapa São Vicente I. A morfologia planimétrica da Lapa São Vicente I mostra que o seu desenvolvimento resulta, principalmente, da atividade geoquímica exercida pela atuação do rio São Vicente nas rochas carbonáticas friáveis e porosas que formam a Serra do Calcário. Verifica-se que a escala espacial analisada é proporcional ao nível de detalhamento das informações geomorfológicas obtidas. Nas bacias hidrográficas dos rios São Vicente e Paranã se observa que as cavernas estão diretamente associadas ao desenvolvimento do relevo do seu entorno, especialmente porque as cavernas, sumidouros e maciços carbonáticos funcionam como níveis de base que controlam os processos de expansão dessas bacias. A bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia, por sua vez, recebe influências indiretas das cavernas, uma vez que eventos geotectônicos exercem controles predominantes na dinâmica do relevo dessa área. Contudo, a expansão da bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia na sua parte sudeste está associada à estruturação do front de Cuesta de Goiás, Tocantins e Bahia (Serra Geral de Goiás e Tocantins), desenvolvimento das cavernas e do relevo cárstico. Sugere-se que estudos multiescalares em áreas cársticas contemplem: unidade geomorfológica, unidade espeleológica e unidades hidrográficas.
id UFMG_4bfd2958cda6005aad53221b2db8bc6d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36620
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Vilma Lúcia Macagnan Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/0055074066500262Fábio Soares de OliveiraAllaoua SaadiLeonardo Cristian RochaLuiz Eduardo Panisset TravassosLuis Felipe Soares Cheremhttp://lattes.cnpq.br/363658823033733Fernanda Cristina Rodrigues de Souza2021-06-30T13:26:57Z2021-06-30T13:26:57Z2020-09-04http://hdl.handle.net/1843/36620https://orcid.org/0000-0002-9733-9670O estudo multiescalar na análise das áreas de influência das cavernas tem sido discutido e foram estabelecidos critérios de investigação em níveis locais e regionais para fins de licenciamento ambiental. Verifica-se a importância de análises aprofundadas sobre o alcance da área influenciada pelas cavernas, principalmente para fins científicos. Por isso, este trabalho tem como objetivo analisar em domínio multiescalar o contexto litoestrutural e geomorfológico associado às cavernas desenvolvidas em rochas carbonáticas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/ Araguaia, Paranã e São Vicente. Os procedimentos metodológicos utilizados consistiram nas seguintes etapas: a) revisão bibliográfica; b) estudo das características fisiográficas e sua relação com a distribuição das cavernas na bacia hidrográfica do rio Tocantins/ Araguaia; c) interpretação dos principais fatores associados ao desenvolvimento do relevo cárstico na bacia hidrográfica do rio Paranã; d) levantamento das características e fatores de desenvolvimento da Lapa São Vicente I e; e) interpretação das escalas espaciais no estudo geomorfológico das bacias hidrográficas estudadas. Verifica-se que na bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia as cavernas desenvolvidas em rochas carbonáticas estão associadas às litologias pertencentes ao Grupo Bambuí e Grupo Xambioá ou ao contato entre rochas do Grupo Bambuí e Grupo Paranoá. Nessa escala de estudo constata-se que as cavernas se desenvolvem em áreas com falhas, dobras e fraturas. A maioria das cavernas se desenvolve em áreas dos Patamares do São Francisco, Planalto Central e Planalto dos Guimarães. A bacia hidrográfica do rio Paranã possui conjuntos de cavernas vinculados às rochas carbonáticas do Grupo Bambuí, Formação Lagoa do Jacaré. As áreas de patamares, caracterizadas por declividades entre 8 e 45%, e a sua posição geográfica próxima ao front de cuesta favorecem o desenvolvimento das cavernas. Nessa escala de estudo, as cavernas se desenvolvem em áreas fraturadas, mas não é possível realizar considerações sobre as contribuições estruturais na determinação do padrão planimétrico espeleológico. Na bacia hidrográfica do rio São Vicente é possível identificar diferentes fases de evolução do relevo cárstico: 1) relevo cárstico composto por maciços, sumidouro, ressurgência, lapiás e cavernas, onde há predomínio de dissolução e erosão remontante; 2) relevo plano a suave ondulado, intercalado por mogotes e drenagem superficial; 3) relevo plano, contendo planícies, solos profundos, drenagem superficial e com predomínio de processos deposicionais. Nessa área, a maioria das cavernas localiza-se na Serra do Calcário, que é composta por conjuntos de maciços de calcários, dolomitos, margas e brechas da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí. Os acamamentos litológicos são os principais tipos de estruturas que favorecem a infiltração da água e a formação da Lapa São Vicente I. A morfologia planimétrica da Lapa São Vicente I mostra que o seu desenvolvimento resulta, principalmente, da atividade geoquímica exercida pela atuação do rio São Vicente nas rochas carbonáticas friáveis e porosas que formam a Serra do Calcário. Verifica-se que a escala espacial analisada é proporcional ao nível de detalhamento das informações geomorfológicas obtidas. Nas bacias hidrográficas dos rios São Vicente e Paranã se observa que as cavernas estão diretamente associadas ao desenvolvimento do relevo do seu entorno, especialmente porque as cavernas, sumidouros e maciços carbonáticos funcionam como níveis de base que controlam os processos de expansão dessas bacias. A bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia, por sua vez, recebe influências indiretas das cavernas, uma vez que eventos geotectônicos exercem controles predominantes na dinâmica do relevo dessa área. Contudo, a expansão da bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia na sua parte sudeste está associada à estruturação do front de Cuesta de Goiás, Tocantins e Bahia (Serra Geral de Goiás e Tocantins), desenvolvimento das cavernas e do relevo cárstico. Sugere-se que estudos multiescalares em áreas cársticas contemplem: unidade geomorfológica, unidade espeleológica e unidades hidrográficas.Multiscale research on the cave’s areas of influence has been discussed and investigation criteria established, at local and regional levels, for the purposes of environmental licensing. The importance of in-depth analyses on the reach of the areas influenced by the caves is stated, mainly for scientific purposes. Therefore, this work aims to analyze, in a multiscale way, the lithostructural and geomorphological context associated with caves developed from carbonate rocks in the hydrographic basins of the Tocantins/Araguaia, Paranã and São Vicente rivers. The methodological procedures used consisted of the following steps: a) a bibliographic review; b) a study of physiographic characteristics and their relationship with cave distribution in the Tocantins/Araguaia River hydrographic basin; c) interpretation of the main factors linked to the development of karst relief in the Paranã River hydrographic basin; d) research on the characteristics and development factors of the São Vicente I grotto; e) interpretation of spatial scales in the geomorphological research on the studied hydrographic basins. It has been observed that the caves developed in carbonate rocks in the Tocantins/Araguaia river basin are associated with lithologies belonging to the Bambuí Group and the Xambioá Group or to the contact between rocks of the Bambuí Group and the Paranoá Group. In this study’s scale, the caves appear to develop in areas with faults, folds and fractures. Most of the caves develop in areas such as São Francisco, Planalto Central and Planalto dos Guimarães plateaus. The Paranã River hydrographic basin has sets of caves linked to the carbonate rocks of the Bambuí Group, Lagoa do Jacaré Formation. The plateau areas, characterized by declivities of between 8% and 45%, and their geographical position close to the cuesta front, lend themselves to the development of the caves. In this study’s scale, the caves develop in fractured areas, but it is not possible to make assumptions about the structural contributions in determining the speleological planimetric pattern. In the São Vicente River hydrographic basin, different phases of evolution of the karst relief can be identified: 1) karst relief composed of massifs, sinkhole, resurgence, lapies and caves, where there is a predominance of dissolution and upwards erosion; 2) flat to smooth wave relief, interspersed with mogotes and surface drainage; 3) flat relief with plains, deep soils, superficial drainage and predominance of depositional processes. In this area, most of the caves are located in the Serra do Calcário, which is made up of clusters of limestone, dolomites, marls and breaches in the Sete Lagoas Formation, Bambuí Group. The lithological beddings are the main types of structures that allow water infiltration and the formation of the São Vicente I grotto. The planimetric morphology of São Vicente I grotto shows that its development comes mainly from the geochemical activity exerted by the action of the São Vicente river upon the friable and porous carbonate rocks that form Serra do Calcário. The analyzed spatial scale is proportional to the level of detail of the geomorphological information obtained. In the hydrographic basins of the São Vicente and Paranã rivers, it has been observed that the caves are directly associated with the development of the surrounding relief, especially because the caves, sinkholes and carbonate massifs function as base levels that control the expansion processes of these basins. The hydrographic basin of the Tocantins/Araguaia river, in turn, is indirectly influenced from the caves, since geotectonic events exercise the predominant controls over the dynamics of the relief in this area. However, the expansion of the Tocantins/Araguaia river hydrographic basin, in the southeastern part, is associated with the structuring of the front cuesta of Goiás, Tocantins and Bahia (Serra Geral de Goiás and Tocantins), the development of the caves and the karst relief. It is therefore suggested that multiscale studies in karst areas include: a geomorphological unit, a speleological unit and hydrographic units.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessGeomorfologiaEspeleologiaRelevoCarsteTocantins, Rio, BaciaAraguaia, Rio, BaciaGeomorfologiaEscalaEspeleologiaGrupo BambuíRelevo CársticoAnálise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São VicenteMultiescalar analysis of the context of caves in the hydrographic basins of the rivers Tocantins/Araguaia, Paranã and São Vicenteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_fernanda_fim.pdftese_fernanda_fim.pdfTeseapplication/pdf19908226https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36620/1/tese_fernanda_fim.pdf2c97015a42df5ab5d13660ba2754ee7eMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36620/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36620/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/366202021-06-30 10:26:58.008oai:repositorio.ufmg.br:1843/36620TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-30T13:26:58Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Multiescalar analysis of the context of caves in the hydrographic basins of the rivers Tocantins/Araguaia, Paranã and São Vicente
title Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
spellingShingle Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
Fernanda Cristina Rodrigues de Souza
Geomorfologia
Escala
Espeleologia
Grupo Bambuí
Relevo Cárstico
Geomorfologia
Espeleologia
Relevo
Carste
Tocantins, Rio, Bacia
Araguaia, Rio, Bacia
title_short Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
title_full Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
title_fullStr Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
title_full_unstemmed Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
title_sort Análise multiescalar do contexto das cavernas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/Araguaia, Paranã e São Vicente
author Fernanda Cristina Rodrigues de Souza
author_facet Fernanda Cristina Rodrigues de Souza
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vilma Lúcia Macagnan Carvalho
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0055074066500262
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Fábio Soares de Oliveira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Allaoua Saadi
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Leonardo Cristian Rocha
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Luiz Eduardo Panisset Travassos
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Luis Felipe Soares Cherem
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/363658823033733
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernanda Cristina Rodrigues de Souza
contributor_str_mv Vilma Lúcia Macagnan Carvalho
Fábio Soares de Oliveira
Allaoua Saadi
Leonardo Cristian Rocha
Luiz Eduardo Panisset Travassos
Luis Felipe Soares Cherem
dc.subject.por.fl_str_mv Geomorfologia
Escala
Espeleologia
Grupo Bambuí
Relevo Cárstico
topic Geomorfologia
Escala
Espeleologia
Grupo Bambuí
Relevo Cárstico
Geomorfologia
Espeleologia
Relevo
Carste
Tocantins, Rio, Bacia
Araguaia, Rio, Bacia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Geomorfologia
Espeleologia
Relevo
Carste
Tocantins, Rio, Bacia
Araguaia, Rio, Bacia
description O estudo multiescalar na análise das áreas de influência das cavernas tem sido discutido e foram estabelecidos critérios de investigação em níveis locais e regionais para fins de licenciamento ambiental. Verifica-se a importância de análises aprofundadas sobre o alcance da área influenciada pelas cavernas, principalmente para fins científicos. Por isso, este trabalho tem como objetivo analisar em domínio multiescalar o contexto litoestrutural e geomorfológico associado às cavernas desenvolvidas em rochas carbonáticas nas bacias hidrográficas dos rios Tocantins/ Araguaia, Paranã e São Vicente. Os procedimentos metodológicos utilizados consistiram nas seguintes etapas: a) revisão bibliográfica; b) estudo das características fisiográficas e sua relação com a distribuição das cavernas na bacia hidrográfica do rio Tocantins/ Araguaia; c) interpretação dos principais fatores associados ao desenvolvimento do relevo cárstico na bacia hidrográfica do rio Paranã; d) levantamento das características e fatores de desenvolvimento da Lapa São Vicente I e; e) interpretação das escalas espaciais no estudo geomorfológico das bacias hidrográficas estudadas. Verifica-se que na bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia as cavernas desenvolvidas em rochas carbonáticas estão associadas às litologias pertencentes ao Grupo Bambuí e Grupo Xambioá ou ao contato entre rochas do Grupo Bambuí e Grupo Paranoá. Nessa escala de estudo constata-se que as cavernas se desenvolvem em áreas com falhas, dobras e fraturas. A maioria das cavernas se desenvolve em áreas dos Patamares do São Francisco, Planalto Central e Planalto dos Guimarães. A bacia hidrográfica do rio Paranã possui conjuntos de cavernas vinculados às rochas carbonáticas do Grupo Bambuí, Formação Lagoa do Jacaré. As áreas de patamares, caracterizadas por declividades entre 8 e 45%, e a sua posição geográfica próxima ao front de cuesta favorecem o desenvolvimento das cavernas. Nessa escala de estudo, as cavernas se desenvolvem em áreas fraturadas, mas não é possível realizar considerações sobre as contribuições estruturais na determinação do padrão planimétrico espeleológico. Na bacia hidrográfica do rio São Vicente é possível identificar diferentes fases de evolução do relevo cárstico: 1) relevo cárstico composto por maciços, sumidouro, ressurgência, lapiás e cavernas, onde há predomínio de dissolução e erosão remontante; 2) relevo plano a suave ondulado, intercalado por mogotes e drenagem superficial; 3) relevo plano, contendo planícies, solos profundos, drenagem superficial e com predomínio de processos deposicionais. Nessa área, a maioria das cavernas localiza-se na Serra do Calcário, que é composta por conjuntos de maciços de calcários, dolomitos, margas e brechas da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí. Os acamamentos litológicos são os principais tipos de estruturas que favorecem a infiltração da água e a formação da Lapa São Vicente I. A morfologia planimétrica da Lapa São Vicente I mostra que o seu desenvolvimento resulta, principalmente, da atividade geoquímica exercida pela atuação do rio São Vicente nas rochas carbonáticas friáveis e porosas que formam a Serra do Calcário. Verifica-se que a escala espacial analisada é proporcional ao nível de detalhamento das informações geomorfológicas obtidas. Nas bacias hidrográficas dos rios São Vicente e Paranã se observa que as cavernas estão diretamente associadas ao desenvolvimento do relevo do seu entorno, especialmente porque as cavernas, sumidouros e maciços carbonáticos funcionam como níveis de base que controlam os processos de expansão dessas bacias. A bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia, por sua vez, recebe influências indiretas das cavernas, uma vez que eventos geotectônicos exercem controles predominantes na dinâmica do relevo dessa área. Contudo, a expansão da bacia hidrográfica do rio Tocantins/Araguaia na sua parte sudeste está associada à estruturação do front de Cuesta de Goiás, Tocantins e Bahia (Serra Geral de Goiás e Tocantins), desenvolvimento das cavernas e do relevo cárstico. Sugere-se que estudos multiescalares em áreas cársticas contemplem: unidade geomorfológica, unidade espeleológica e unidades hidrográficas.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-09-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-06-30T13:26:57Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-06-30T13:26:57Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36620
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-9733-9670
url http://hdl.handle.net/1843/36620
https://orcid.org/0000-0002-9733-9670
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36620/1/tese_fernanda_fim.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36620/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36620/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2c97015a42df5ab5d13660ba2754ee7e
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589313280081920